Quantidade de palavras: 2768
_____________________________________O choque foi tanto que nem a respondi.
- Aloou? É tanta surpresa sua mãe vir te visitar? E quem é esse do seu lado?
Eu olhei para meu avô, ele parecia perturbado. Olhei para Aoto, ele parecia surpreso.
- Eu... Não... O que você está fazendo aqui?
Eu não queria acreditar no que estava na minha frente.
- Viemos te fazer uma visita, filho, queremos acertar tudo.
- Não há nada para acertar pai! Vocês acham que é justo o que vocês fizeram com meu avô?! Não, não, o que ELA fez com meu avô?! Ele não tinha nada a ver com tudo aquilo! Ele foi parar no hospital!
Apontei para minha mãe, ela tentou manter a postura.
- É por isso que viemos, meu amor. Queremos pedir desculpas.
- Desculpas não vão mudar o futuro do vovô! Vocês têm noção de quanto ralei para pagar tudo para no final nada valer a pena!?
- Haruki! Se controle!
Aoto acariciou meu braço, tentando me tranquilizar. Apenas ele para me fazer manter a calma.
- Quem diabos é ele?!
Minha mãe repetiu a pergunta. Não sabia o que responder.
- Ele é... Ele é meu... amigo...
Tanto meu avô quanto Aoto me olharam surpresos.
- Vocês estão morando juntos? Ou ele também resolveu te visitar?
- Moramos juntos. Seu filho me ajudou a me livrar de alguns problemas.
Aoto deu um passo à frente. O tom de sua voz era mórbido, não expressava sentimento algum. Seu rosto escureceu, estava impassível, estava estranhamente comum.
- Vou para meu quarto. Com licença.
Continuou, andando de cabeça baixa para o pequeno quartinho mal decorado.
- Sente-se, Haruki, vamos conversar.
Eu ia atrás de Aoto, mas não podia fugir desse inesperado e não muito bem-vindo encontro familiar.
Briguei com eles inúmeras vezes, gritei, me revoltei, implorei para irem embora. Mas eles continuavam firmes.
- Haruki. Se acalme. Hoje entendemos que te forçar a ser alguém que você não é é completamente errado. Na época estávamos cegos, não sabíamos quem você era e não queríamos aceitar nada além de quem queríamos que você fosse. Você é diferente de quem esperávamos, mas não podemos deixar de te respeitar e de te tratar como nosso filho.
Disse meu pai calmamente, nem sei por que havia se metido nessa briga para início de conversa. Ele nem estava em casa no dia que passei a odiar meus pais mais do que nunca. Não era culpa dele, mas ele havia assumido tudo junto com minha mãe.
- Eu não deveria ter brigado com seu avô por ter te defendido. Ele estava certo. Nada do que eu fizer vai perdoar o que fiz com você e meu pai, eu só espero que entenda que quero que voltemos a ser uma família.
Minha mãe me fez ter certeza que meus pais são péssimos em pedidos de desculpas.
- Vão precisar de muito mais que uma frase bonita para obterem meu perdão. Nunca falei para estragarem minha vida. Podem ficar, mas qualquer deslize vocês nunca mais irão pôr os pés nesta casa e nem olhar para minha cara ou para a do vovô novamente, entenderam?
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#‹𝑶𝒍𝒉𝒂𝒓 𝑪𝒂𝒓𝒎𝒆𝒔𝒊𝒎˚₊
Romance• Iniciada: 27/09/2022 • Terminada: ??? Aoto é um rapaz que resolveu fugir de casa e ir morar com seu ficante da época, no qual, com o tempo, se mostrou completamente agressivo e controlador. Mas, o que aconteceu com ele? O que aconteceu? Em u...