Cap 11 - Beco Sem Saída

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Yeonjun abriu os olhos com calma, a luz que entrava pela janela de seu quarto iluminava o cômodo. Ele se sentiu dolorido enquanto tentava sentar em sua confortável cama, olhou em volta. Era de manhã.

—Merda. — resmungou coçando os olhos. Suas mãos estavam arranhadas, e tinham alguns curativos em seu corpo.

As lembranças da batalha eram repassadas em sua mente, teria que ver como seus amigos estavam. Ele sabia que levaria uma bronca enorme de sua mãe, mas não valeria de nada se seus amigos não estivessem bem. Quando ele tentou abrir a porta sentiu sua mão queimar.

—AI! — o príncipe se afastou um pouco massageando o local. A maçaneta brilhava em uma vermelho incandescente, mas logo voltou a sua cor dourada de sempre. — Não acredito, merda!

A porta estava enfeitiçada para que não pudesse sair de seu quarto, estava preso. Yeonjun bateu com as mãos na porta furioso, mas elas também queimaram, gritou um xingamento e começou a andar em círculos pelo quarto. Quando tentou abrir a janela viu que também estava trancada, mas não enfeitiçada.

—Duvidam na minha capacidade. — resmungou baixo e pegou uma caneta tinteiro que tinha. A mais resistente.

Conseguiu abrir a fechadura forçando a trava com a caneta. Saiu para a varanda que ficava depois da janela e olhou para baixo, talvez tivesse vindo a cabeça porque não se incomodaram em enfeitiçar a janela. O quarto de Yeonjun ficava em um patamar muito alto do castelo, e as paredes de fora não tinham ornamentos grandes o suficiente para que ele escalasse até em baixo.

Ele não teve tempo para pensar em um plano de fuga quando ouviu o som de magia vindo da porta. Yeonjun correu para fechar a janela e voltar para o quarto antes que alguém visse. Um guarda real entrou no cômodo.

—Sua Majestade o aguarda. — ele disse em um tom cordial. — Irei acompanhá-lo, vossa Alteza.

Yeonjun não teve escolha a não ser acompanhar o guarda. A sala do trono era um grande salão com pilastras enormes, o chão era de mármore, assim como o resto do castelo, e no final dele um único trono de pedra branca e nele minha mãe sentava. Ela vestia um vestido aberto na frente, mostrando sua calça muito bem costurada, ela tinha seus cabelos pretos presos em tranças e seus longos dedos, como os meus, abraçavam o apoio de braço.

Ela tinha uma expressão séria, as pernas cruzadas. Yeonjun não teve coragem de olhar em seus olhos e atravessou o salão de cabeça baixa, o guarda já não estava ao seu lado. Quando parou na pé do degrau do trono fez uma reverência até encostar o joelho no chão. Ficou naquela posição até ouvir a grande porta do cômodo abrir. Olhou para trás vendo seu amigo, Taehyun, entrar. Uma faixa branca cobria seu ombro e costelas.

Ele se ajoelhou ao seu lado, Yeonjun viu sua expressão chateada. É minha culpa, pensou.

—Levantem-se. — a voz da Rainha era baixa e firme.

Os dois levantaram, sem olhá-la nos olhos.

—Olhem para mim. — quando eles levantaram a cabeça viram uma expressão julgadora os observando. — O que acharam que poderiam fazer atravessando a fronteira?

Eles não responderam.

—O que passou na sua cabeça, Yeonjun? Arriscar a vida de seus amigos para que? — quanto mais ela falava o coração de Yeonjun apertava. — Quer ajudar a custo de que meu filho? Da vida deles? Sem falar no humano.

Yeonjun não conseguiu manter o olhar e abaixou a cabeça. Taehyun ainda sustentava o olhar firme, ele sempre conseguia.

—Quando iria me contra sobre ele? Ou não ia?

Fairytale | TaegyuOnde histórias criam vida. Descubra agora