Após passar por diversos portões e aberturas, atravessar cômodos escuros e desviar de animais e criaturas, eles estavam começando a pensar que nunca achariam Beomgyu naquela imensidão. Não até o Soobin arregalar os olhos e começar a guiá-los pelos lugares, nenhum deles questionou nada, já que não tinham muitas escolhas melhores.
Quando passaram por uma passagem estreita pode-se ouvir sons de sinos badalando baixinho, apenas se você prestasse bem atenção poderia ouvir. Então todos entenderam do que se tratava, Soobin estava seguindo sua fada que tentava falar com ele.
Logo um vulto pequeno e branco passou por eles antes de perceber que não conseguia vê-los, a fada ficou confusa até Yeonjun conseguir fazer com que ela visse os outros. Os sons de sinos seguiram de um abraço em Soobin, ele estava feliz em reencontrar sua fada, ela falava diversas coisas para ele, e que os outros só podiam ouvir sinos.
Soobin logo se apressou em seguir o caminho que ela indicava, eles passaram por alguns corredores e chegaram a uma porta de ferro trancada. HuenigKai chegou perto dela e colocou uma de suas facas curvas na fechadura, que abriu sem dificuldade, mas ele pareceu tonto depois do gesto.
Um cômodo quadrado surgiu diante deles, com pilastras em sua extensão e o que parecia uma plataforma mais altas no centro. Taehyun quase caiu de joelhos quando viu o que se encontrava no topo da plataforma, preso em cordas magicas e com o semblante cansado estava Beomgyu. Ele tinha o corpo sujo e cheio de arranhões, sangue em suas roupas e um corte fundo na coxa, seu rosto parecia tão abatido que Taehyun teve que segurar a vontade de correr até ele.
Todos pareceram surpresos com o estado do Beomgyu, mas não puderam nem ao menos chegar perto quando viram outra porta ser aberta. Prenderam a respiração diante de quem saiu de dentro, o Corsha se adiantou até Beomgyu que tinha os olhos fechados. Os outros se afastaram e se esconderam de trás das pilastras, tentando não fazer o mínimo som.
—Beomgyu, humano inútil. — a voz grave do Corsha quebrou o silêncio.
Beomgyu se sentia tonto quando ouviu uma voz chamar seu nome, abriu os olhos devagar tendo a visão de Corsha parado em sua frente. As fendas em seus olhos quase fechadas, o nariz dilatado e as mãos compridas escondidas embaixo da capa que usava. O humano nem ao menos se incomodou em ficar com medo, já não sentia seus pés e a ponta de seus dedos, seus dentes batendo de frio. Era como se seu corpo ficasse dormente aos poucos.
—Vejo que não gostou do clima em seus aposentos. — o sorriso voltou a estampar o rosto do Corsha. — Está cada vez mais fraco, mas, por favor, permaneça acordado.
Aquelas mãos compridas com garras segurou o queixo de Beomgyu, que observou aquelas fendas de perto. Uma luz fraca saia delas, não entendeu o que era, mas que não era humano tinha certeza. Taehyun, que estava invisível do outro lado do salão, fechou as mãos em punhos, os nós dos dedos brancos e uma imensa vontade de matar o Corsha se continuasse tocando em Beomgyu.
Yeonjun estava de um lado do cômodo junto com Taehyun, já Soobin estava com Hueningkai do outro lado, todos atrás de pilastras. Apenas observando o que o Corsha faria com Beomgyu, torcendo para conseguirem sair dali com o humano vivo.
—Não pode dormir, sabe por quê? — o homem se afastou de Beomgyu.
O humano fez balançou a cabeça negativamente e conseguiu murmurar um "não" baixinho. Seu corpo doía quase que por inteiro.
—Quero que veja a morte de seus amigos em primeira mão. — Beomgyu viu o Corsha tirar uma das mãos debaixo da capa e fazer um movimento com os dedos.
Quando o fez um grito de dor irrompeu alto do lado do salão e Soobin apareceu de repente. Beomgyu arregalou os olhos enquanto via o amigo ser arrastado pelo chão por um feitiço, tentou se soltar e ajudar o amigo, mas a corta que o segurava apertou mais forte. O Corsha fez com que Soobin flutuasse no ar, preso.
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Fairytale | Taegyu
FanfictionParte 1 • duologia "Into the Magic land" Fantasiar uma vida imaginária lendo livros de contos de fadas era o que o pequeno Choi Beomgyu mais gostava de fazer. Seu melhor amigo, Choi Soobin, lia para ele todas as noites os mais diferentes livros de f...