Cap 16 - Conselhos Confusos

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{Presente}

—Ele acordou?

—Não, ainda não.

—Certeza de que ele está bem?

—Soobin, não seja burro.

—Ele está melhor.

—Quer mais um pouco da poção?

—Calem a boca.

Vozes baixas podiam ser ouvidas pelos ouvidos de Beomgyu, que estava despertando de um sono conturbado. Seus olhos doeram um pouco ao abrir, estava deitado em uma cama, Taehyun estava sentado no chão o observando atentamente enquanto despertava. Atrás dele Soobin, Hueningkai e Yeonjun também o observavam, de pé.

—O que? — sua garganta doeu e sua voz não passava de um sussurro rouco.

—Não fale nada. — Taehyun advertiu. — Quero que me mostre exatamente onde dói.

Beomgyu olhou para si mesmo, ele estava limpo e o machucado em sua coxa curado. Ele mexeu os braços e as pernas, prestando atenção onde sentia dor, seus punhos e tornozelos estavam enfaixados. Tocou os próprio rosto, sentiu um curativo na bochecha.

—Esse machucado foi meio fundo, talvez fique uma marca. — Taehyun disse gentilmente.

Os outros apenas observavam preocupados, mas sorriam vez ou outra. Beomgyu mostrou os locais que sentia dor e depois bebeu um líquido de gosto horrível para melhorar sua garganta. Os garotos percebiam bem, meio tristes, mas bem.

Taehyun tinha olheiras agora, o que era estranho. Mas Beomgyu seguiu o conselho dos outros e continuou deitado para melhorar logo, não podia ficar assim por muito tempo. Quando acordou já se sentia muito melhor, e sua voz tinha voltado ao normal.

Saiu do cômodo em que estava chegando na sala, Hueningkai trocava as armas de lugar, perguntando para si mesmo quais seriam mais vantajosas. Beomgyu não entendeu o que eles tinham planejado, mas perguntaria assim que possível. O loiro levantou o olhar para ele e sorriu, percebendo sua presença.

—Está se sentindo melhor? — perguntou. Beomgyu apenas balançou a cabeça positivamente e sorriu. — Quase que nos mata do coração. Principalmente o Taehyun.

Quando pronunciou a última frase ele pareceu perceber que não deveria ter dito, então voltou a organizar as armas meio sem jeito. Beomgyu ficou confuso, não entendeu o que teve de errado com o loiro, mas deu de ombros. Andou até a porta que estava aberta.

Não parecia muito seguro a porta de uma torre estar aberta desse jeito, mas se aproximou mesmo assim, tendo a vista do reino, ao menos das partes mais altas. Tentou ver o que tinha em baixo, mas estava tão longe que não conseguiu. Kai pareceu perceber sua tentativa frustrada de observar o chão e disse:

—Yeonjun e Soobin foram até o Palácio dar par do que houve com você. O Taehyun está lá em baixo, fazendo sei lá o que.

—Posso descer? — perguntou tentando ver a escada que um dia subiu para chegar ali.

—Toque em alguma pedra e imagine uma escada. — Hueningkai explicou de forma simples, sem nem ao menos olhar para Beomgyu.

Beomgyu se ajoelhou e tocou uma das pedras da torre, sentiu a superfície fria em sua mão. Fechou os olhos, imaginou a escada que viu Hueningkai conjurar outro dia, uma escada de pedras que ia do começo ao fim da torre. Ouviu um som alto e abriu os olhos, as pedras da torre se mexiam formando a escada que imaginou. Sorriu vitorioso e começou a descer.

Quando chegou ao pé da torre respirou fundo, sentindo o cheiro de grama fresca. Olhou em volta e viu Taehyun, seus cabelos cinzas balançando com o vento, sua auréola mudando de verde para rosa e para cinza. Beomgyu sorriu e se aproximou, parando alguns passos atrás do meio fada.

Fairytale | TaegyuOnde histórias criam vida. Descubra agora