Epílogo (parte 1)

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— Violetta Beaumont. — fui anunciada, enquanto descia as escadas do castelo. Arabella se agarrou ao meu braço de um lado, enquanto mamãe se apoiava ao outro. Descemos juntas, vendo Cecília e Apolo sorrirem do trono.
Ela apoiava a mão à barriga.

— Não acredito que a Ceci está grávida, finalmente. — Bella disse em meu ouvido, emocionada.

— Espalharam a notícia à toa, dizendo que ela estava doente. — disse mamãe, me olhando com ternura. — Estou tão feliz que esteja de volta, minha filha. Esperei por você todos os dias. Nunca perdi as esperanças.

— Eu sei mãe, me perdoe por tudo que a fiz passar. Por tudo que fiz vocês passarem. — olhei para Bella, que sorriu.

— As mulheres Beaumont precisam ficar juntas, sabe disso. Não conseguimos suportar a sua partida. Já temos a falta de papai...

— Não vamos mais pensar nisso. — Cecília se levantou do trono, me abraçando forte. — O importante é que ela está de volta.

— Estou feliz que está bem, cunhadinha. — Apolo me abraçou, sussurrando em meu ouvido. — Conseguiu a aventura que queria?

— Se eu te contar, você jamais acreditaria.

— Você só está aqui a uma semana, não nos contou por onde estava e o que fez, tem certeza que está se sentindo confortável com o baile? Não queremos que pense que estamos obrigando...

— Eu estou bem. — interrompi minha mãe, olhando para os convidados.

Era o meu baile. O baile que a minha família havia feito em minha homenagem, comemorando a minha volta. Meu aniversário de 21 anos. Não era um fardo para mim. Não mais.

Era exatamente onde eu deveria estar.

— Obrigada, por tudo que fizeram por mim. Nunca fui grata o suficiente. Sempre fui tomada por orgulho, murmurei e reclamei quando deveria ter agradecido. Fui uma decepção para o papai...

— Filha, nunca mais repita isso. Você nunca foi uma decepção para o seu pai. Ele a amava mais que tudo. — minha mãe segurou em meus ombros, me olhando com amor. — Você amadureceu. Ele estaria muito orgulhoso da mulher que se tornou agora.

— Deus a abençoe nesse dia, Vossa Alteza Real. — disse o Reverendo Estevão, aparecendo diante de nós e se curvando. O agradeci.

— Muito obrigada por ter vindo, Reverendo. — disse Cecília, conforme ele sorria e saía, dando lugar ao próximo da fila.

— Ele está mais careca. — sussurrou Arabella. Mamãe a pinicou.

— Ele está na família real de Beaumont a mais de cinquenta anos, fazendo todas as cerimônias da família e comparecendo a todos os eventos. Tenha respeito.

— Alteza, minhas felicitações pelo vosso aniversário. — era George, com o cabelo ruivo desgrenhado e o cavanhaque mal formado. Para a minha surpresa, Flávia Margareth estava apoiada ao seu braço.

— Muito obrigada.

— Eu tenho a impressão de que vi você em algum lugar. — Flávia virou a cabeça de lado. — Deve ser algo de minha mente. Pretende fugir de novo, querida?

— Não, nunca mais. — sorri falsamente para ela, que segurou firme a mão de George como se ele fosse escapar a qualquer instante.

— Bom, de qualquer forma, é uma pena que não tenha se casado.

— Eu não estou mais disponível. — George me olhou de cima a baixo.

— É uma pena, George. — tentei não rir.

Irrefutável SentimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora