Macau Theerapanyakul
Macau Theerapanyakul
Trabalhar não o cansa o suficiente. Macau tenta de tudo para se reerguer. As tarefas do hospital são executadas rapidamente. As visitas aos pacientes é sempre a mesmice. Estar triste e ser responsável pela CTI Infantil não era minimamente aceitável. Perder tantos seres inocentes ao longo dos dias o deprimiu mais. Ver a face da morte assombrar aquelas criaturinhas indefesa estava enfraquecendo-o.
Seu suporte era Tem. Um abrigo inesperado. Todas as vezes que ouvia Macau chorar, invadia o quarto e o consolava. Aos poucos as conversas à mesa não eram centradas nas dores do jovem médico. Eram casos de Vegas e Tem na caserna. Eles que estudaram juntos a infância e adolescência toda, também serviram ao Exército na mesma época e as histórias eram hilárias. O contrabando de comida civil para o quartel. Os superiores confundindo os gêmeos travessos que saiam escondidos para namorar. Fora de casa a vida seguia sem novidades.
Os dias foram passando e Macau pouco a pouco melhorava. Ainda se sentia perdido. Ainda chorava à noite. Ainda dormia com Tem.
O trabalho no consultório, diferente do que imaginava, não era cansativo o suficiente. Em alguns dias nem mesmo tinha pacientes. Tentava ler ou ouvir músicas, mas tudo o que era atividade individual o levava para o fundo do poço.
Não conseguia entender porque sentia tanto. Foi escolha dele deixar Top. Foi escolha dele ir para Phuket. Foi escolha dele ficar com o clínico geral e não dormir com ele. Foi escolha dele ir morar com Tem. Ele só não escolheu sofrer. E todas as suas escolhas levaram a isso.
Vegas liga e ele finge uma felicidade que não sente. Pretexta plantões longos toda vez que o irmão ameaça vir vê-lo. Sabe que não virá só. E vindo Tankhun, vem Top e ele sentirá tudo de novo. Fugir dessa dor tem sido uma batalha inglória. O médico volta e meia o chama nas redes e ele vive de bloquear seus contatos.
Para seu desespero uma enfermeira se diz apaixonada por ele e por mais que ele insiste em se declarar comprometido, ela o persegue. Desde Phuket ele evita declarar sua sexualidade. Não quer encontrar nenhum novo problema. O que o salva é uma das médicas que o ajuda. Na verdade, ele conhece Sammy desde a graduação. Mais velha que ele, eles cursaram algumas disciplinas juntos e ela sabe muito sobre ele, por isso sempre o protege da sonsa que o persegue.
Na verdade, Macau desconfia que a tal mulher está seguindo-o e quase falou com Tem, mas tem receio de ser criticado, afinal todos acham a moça um anjo. Um dos diretores chegou a mostrar apoio ao pretenso relacionamento que a mulher insiste em desejar.
As únicas horas em que ele pensa em ter o irmão por perto é quando a mulher se aproxima. Pete lhe daria um corretivo rapidinho. Fugir do assédio de Top lhe tirou esses prazeres. Ficar longe do irmão. Não brincar e nem paparicar Venice e Nuea. Não receber o amor de Pete. Não ver os três primos amados. Kim foi o que mais sentiu sua ausência. Ele também é o único que sabe do passado de Macau com Top.
Na verdade, ele decidiu viver e namorar em Phuket porque Kimham desconfiava que ele ainda gostava de Top e quis contar tudo para Tankhun. Namorou Wishian e fez questão de apresentá-lo ao primo. As desconfianças de Kim fizeram Shian acreditar que o primo o amava e o cirurgião foi muito atencioso na frente dele e isso serviu bem aos propósitos de Cau.
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Não era amor... #TemMacau
FanfictionMacau e Khun ainda estão ligados ao mesmo homem. Mas o primo que ele admira e ama não sabe que Top se sente especial com o amor do nong. O pediatra escolheu fazer o final de sua residência longe do médico porque quer que o primo mais velho seja feli...