Enquanto Pete se organiza para sair o mais rápido de Bangcoc, a vida na casa de Tem segue um ritmo próprio.Já são quase três meses que Macau está morando na casa de Tem, e ele despertou, ainda nos braços do seu protetor e o olhou curioso.
Seria tão fácil amar alguém como ele... Tem é um homem bom e cordato. Não fica apontando seus defeitos. Não reclama de suas atitudes e tem lhe apoiado incondicionalmente.
Tem despertou e antes de abrir os olhos, implicou com ele, com carinho:
- Pode olhar, eu não ligo... Bom dia...
Macau sentiu seu rosto queimar e tentou se soltar dos braços do homem. Tem o segurou forte. E de repente algo aconteceu dentro de Macau. De repente, ele pensou que não deveria se esconder. Ele tinha que fazer algo por si. Dias antes o irmão tinha lhe perguntado sobre como eles estavam e do nada sugeriu que ele abrisse o coração para Tem.
Então, ele ergueu o rosto e acariciou a face do outro, que abriu os olhos, curioso.- Tem... se eu lhe beijar... ainda poderei dormir na cama com você?
- Meu pequeno, não sei se é seguro você me beijar...
Macau entendeu que Tem realmente o queria. Então, decidiu:
- Quer saber, Tem? Eu quero beijar você e só não vou dormir na sua cama de novo se você me expulsar de sua casa.
Dito isso, Macau ergueu de vez o corpo na cama, buscou o rosto de Tem e beijou seus lábios. O outro não correspondeu, mas não se afastou. O jovem médico insistiu no beijo e quebrou a força de vontade do homem mais velho.
Beijaram-se como se isso fosse o certo a ser feito. Como se sempre tivessem feito isso. A vontade de Macau deixou de ser lúdica e de repente ele arrastou os dedos pelo corpo do homem que o protegeu até ali. O gemido de Tem era delicioso. Sua respiração forte e o jovem percebeu que ele tentava se controlar.
O beijo. Ou os beijos, terminaram com Macau correndo para se arrumar para o trabalho. Tem ficou na cama se esforçando para se acalmar e tentando colocar ordem em sua vida. O médico terminou de se vestir, jogou o estetoscópio, o receituário e o guarda-pó na maleta e voltou para a cama, puxou o rosto de Tem e o beijou com carinho. Agradeceu e partiu.
Tem passou o dia tenso. Teria que conversar com o jovem. Eles não podiam ficar juntos. Ele não vai iludir o rapaz. Já Macau ligou para Pete e fez perguntas específicas sobre sexo e sobre como se preparar. O cunhado explicou, acreditando que seu Príncipe tinha encontrado um amor. Por último ele ligou para o irmão e disse que ouviu seu conselho, mas não entrou em detalhes.
Mesmo sem pacientes, Macau cumpriu o seu horário. Chegou em casa, seguiu as orientações de Pete. Não sabia como levar Tem para a cama, mas faria algo a respeito. O homem mais velho chegou depois dele e se trancou no quarto.
Na hora do jantar, Macau o chamou. Ele nunca tinha feito nada para Tem. Mas nessa noite se esmerou em fazer o jantar. O outro morador da casa saiu de seu quarto e se assustou com a mesa posta. Comeram, a princípio calados, mas aos poucos Tem esqueceu seu medo de ser tentado e os dois riram juntos, cúmplices de uma amizade que nasceu devagar e que os alimenta.
Lavaram a louça rindo. Ambos envolto por algo indelével, uma escritura invisível que os unia e que eles não percebiam.
Ao fim, com tudo organizado, subiram e então Tem percebeu que era a primeira noite em que não viu um segundo sequer de sofrimento no rosto do outro. Mas veria agora. Hoje ele dormiria em seu quarto. Entretanto, quando passou pela porta de Macau e ele parou e lhe estendeu a mão, Tem titubeou.
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Não era amor... #TemMacau
FanficMacau e Khun ainda estão ligados ao mesmo homem. Mas o primo que ele admira e ama não sabe que Top se sente especial com o amor do nong. O pediatra escolheu fazer o final de sua residência longe do médico porque quer que o primo mais velho seja feli...