6. Infalível

143 24 66
                                    


Cherry estava satisfeita. Entrou no Conforto dos médicos e o viu deitado. Os lábios rosados do Pediatra pareciam pintados. Macau é um homem bonito. O corpo escultural não parece pertencer a um médico que ainda dobra três ou quatro plantões antes de ser expulso pelos chefes. Ela sorriu ao ver que ele já tinha se livrado das roupas. Um lençol fino cobria a sua pélvis, onde ela podia ver a única peça de roupa que o homem usava: uma cueca anatômica vermelho-rubi.

- É. Não vai ser um sacrifício ser casada com você, gatinho. Você é muito gostoso.

- Se não gostar, reclame com seu irmão. O seu herói me rejeitou. Sobrou para você.

O homem moveu-se de novo na cama. Parece agitado e ela o abraçou, mas ele se afastou dela. Ela passou a mão pelo cabelo de forma sensual e aproximou-se do homem deitado e sorriu realizada. Colocou a mão no bolso do uniforme e retirou dali uma seringa. Preparou-a e a depositou na mesinha de cabeceira, onde estava o estetoscópio do pediatra. Sorriu ao acariciar o aparelho, aquelas miniaturas coladas ali davam ao instrumento um ar delicado e infantil que por certo encantava seus pequenos pacientes.

- É lindo, Macau, mas vou dar fim nele. Sei que quem lhe deu isso foi aquele dragão de Comodo.

O médico gemeu lascivo. Parecia responder outro tipo de conversa. A mulher gostou. Ia ser mais fácil do que imaginava.

- Sabe, Macau, você deveria ter se interessado por mim. Seria mais fácil. Mas você tinha que ser igual aos seus outros parentes.

O homem gemeu e moveu-se na cama, sempre afastando-se da voz forte dela. Ela sorriu ardilosa e continuou.

- O meu plano não era realmente dormir com você, sabe? A Yihwa que me convenceu que preciso estar marcada por sua paixão para ser convincente. Então, não me importo com que nome você me chame hoje, eu só saio de cima de você, grávida.

- Eu estimulei meus óvulos. Você só precisa se depositar um pouco em mim.

A mulher despiu-se toda, sem nenhum pudor. O corpo bonito e esguio exposto no ambiente. Sentou-se na cama, puxou a seringa da mesinha e se preparou para injetar no homem ali deitado.

- Macau, esse remédio aqui vai aumentar seu desejo. Depois dele você vai cobrir até uma égua. Então, sim, você vai me fecundar e eu terei seu nome e seu filho de uma vez. Bem-vindo à minha vida, Macau. Em instantes você vai despertar e me possuir. Estou ansiosa por isso.

O riso dela era tudo, menos humano. Sua sensualidade exacerbarda também era estranha. Não há nada de doçura em suas palavras e seus carinhos são invasivos. Mesmo preparando-o para a injeção, ela brinca grosseiramente com seu corpo.

Sem demora a mulher aplicou a injeção no homem e esperou que o resultado fosse o esperado. Macau não reagiu logo. Continuou adormecido e gemendo algo estranho. Cherry esperou um minuto mais e quando ela se virou na cama para abraçá-lo, ele ergueu-se e saiu pelo outro lado.

Cherry estranhou, mas se aproximou do homem, que nem a olhava, parecendo aéreo, dopado pelo líquido que ela injetou. Quando ela foi tocá-lo, a porta foi aberta e Jimmy entrou. Atrás dele vinha o novo médico, a dra Coates e, para seu desespero, Pete.

- Nos encontramos de novo, aranha de poeira. - A voz sibilante de Pete Saengtham era puro ódio.

Cherry começou a chorar e acusar Macau de ter lhe assediado. Pete voou no pescoço da mulher nua à sua frente, mas seu ataque foi bloqueado por Jimmy. Sammy tentava cobrir a enfermeira, mas ela estava possessa. Macau e dr Pruk olham abismados para a ardilosa mulher. Pete berrava, pedindo para o soltarem para ele pisar na cabeça da maluca.

Não era amor...  #TemMacauOnde histórias criam vida. Descubra agora