Capítulo 90.

78 2 0
                                    

Ethan

– Vou só colocar as coisas ali dentro e podemos ir. – digo a Bruna enquanto caminhamos para a parte dos balneários.

– Não tomas banho aqui? – ela questiona curiosa.

– Tomo em casa, mas vou despir o equipamento antes de ir. – respondo e dou-lhe um beijo rápido nos lábios.

Mas claro que esse beijo rápido se começa a prolongar. Deixo o saco das bolas no chão, ao nosso lado, e coloco a mão na sua bochecha. No momento em que o contacto pele com pele é feito, ela inspira fundo.

Forço o seu corpo a recuar enquanto tem o meu colado a ela. Os lábios não se descolam por nada e a adrenalina de podermos ser vistos aqui é o que me faz querê-la ainda mais.

Desço os beijos para o seu pescoço e a voz ofegante e doce sussurra ao meu ouvido num pequeno gemido.

– Vamos parar, Ethan. Pode aparecer alguém. – tenta alertar, mas a minha mão escorrega para o seu peito e ela junta os lábios quando a minha mão ousa apertar o peito por cima da blusa.

– Não vou parar. Vou aproveitar o momento enquanto posso. – afirmo e ela encara-me nos olhos.

Beijo os seus lábios novamente e ela geme entre o beijo. A minha mão curiosa adentra pela blusa fina que me faz agradecer a qualidade do tecido. Conseguia sentir o mamilo duro por cima da lã, mas por dentro a sensação é melhor ainda.
Não só por me despertar mais a ereção, como por me proporcionar um sorriso que me obriga a deixar os lábios dela para o colocar na boca assim que levanto a blusa.

O calor junta-se ao da minha língua e a combinação é para lá de hipnotizante. No momento em que o puxo por entre os dentes, o resmungo que ela solta quando não o tenho na minha boca é o que me obriga a voltar a fazê-lo. Novamente, ouço o resmungo.

Aproveito o facto das calças dela serem fáceis de abrir porque isso poupa-me tempo e energia. Não contenho os dedos desejosos e deslizo-os pela pele que me queima até chegar ao paraíso que me faz sugar o mamilo dela com mais força.

Sinto-a completamente molhada enquanto se esfrega em mim. Não introduzi nenhum dedo, apenas me delicio com os lábios lubrificados e que pulsam contra mim.
O espaço apertado reduz os meus movimentos, mas nem por isso que vou deixar de a fazer gemer para mim enquanto faço o que quero com os meus dedos no seu corpo.

O grito animado dos rapazes no balneário a algumas portas dali é o que abafa o gemido que ela solta quando acabo por lhe fazer a vontade e introduzo dois dedos de uma vez.

Mordo o lábio quando ela remexe o quadril na minha mão. As unhas fincam-se no meu ombro e continuo com as provocações da minha boca e dos meus dedos.
A dupla sensação faz-me sentir-lhe o pré-orgasmo e começo a abrir as minhas calças.

Quase respiro de alívio quando tenho a ereção livre e não tenho que pensar num acidente para não me vir nas calças. Mas o meu tempo está contado, então, viro-a de costas para mim e puxo as calças dela para baixo.

Não pensamos, não respiramos, não raciocinamos. Entro nela como se fosse uma necessidade. Os gemidos dela são abafados pela minha mão e os meus pelo pescoço dela.

Dois segundos, é o tempo que lhe dou para se dar conta de que estou dentro dela e que a estou a foder dentro do estádio onde ela se cruzou comigo, onde treino quase todos os dias e onde faço jogadas importantes, mas, neste momento, a minha jogada mais importante é fazer com que ela se venha antes de alguém chegar.

Afasto o meu quadril ligeiramente do seu traseiro e volto a entrar com força.
Faço-o outra vez, e outra, e outra. Até que as nádegas estão a atingir um rubor que me agrada mais do que vir a ganhar o Super Bowl.

Levo a minha mão a percorrer a sua barriga, até chegar ao clitóris e o estimular levemente, para depois aumentar o estímulo conforme forço o meu quadril contra ela.

Não demora muito e ela começa a contrair as coxas e a virar o rosto de um lado para o outro enquanto o tem encostado ao braço apoiado na parede.

Ela morde a blusa e sinto-a apertar-me várias vezes. Estamos quase lá, e no momento em que ela se vem por completo, saio de dentro dela e estimulo-me para as costas dela até me vir também.

O papel que ela me entrega uns segundos depois ajuda a limpar o sémen na sua pele.
Quando bem limpa, limpo-a e ela estremece.

– Como vês, estamos sãos e salvos. – pisco o olho enquanto ela fecha as calças dela e me encara.

– Imagina que um dos teus colegas de equipa nos encontrava. – ela suspira.

– Tinha duas hipóteses. Ou ficava a ver até se fartar e sair, ou se juntava a nós. – dou de ombros e atiro o papel ao lixo do corredor.

– Até parece que querias que ele se juntasse a nós. – ela revira os olhos e aproximo-me dela, coloco a mão no seu rosto e digo, com os lábios perto dos seus.

– Nunca permitiria isso! – e beijo-a novamente.

– É melhor arrumares as coisas antes que comecemos outra vez o que não devemos fazer aqui. – alerta e afasta-me.

– Vou deixar passar porque a seguir vamos acabar nisto outra vez. – digo e ela limpa a garganta enquanto coloco a rede das bolas no armazém e vou para o balneário para levar o meu saco de desporto.

Assim que entro para trocar de roupa, os rapazes encaram-me com uma expressão sorridente e maliciosa.
Merda.

– O que é que foi? – pergunto, na defensiva.

– Aquela é que é a famosa Bruna? A tua namorada de infância? – Derick brinca e eu faço-lhe o dedo do meio.

– Não sabes mesmo manter a boca fechada, não é? – acuso John e ele dá de ombros.

– Já todos sabiam que andavas com alguém, eu só lhes matei a curiosidade. – ele defende-se. – Não tenho culpa de nada.

– Pois claro que não. Diz-me uma coisa, as revistas de fofocas também estão a par da minha vida? – cruzo os braços e ele dá uma gargalhada.

– Relaxa, meu menino. Ninguém aqui tem interesse em falar com revistas de fofocas, até fugimos delas se for preciso. – John aproxima-se de mim e beija a minha bochecha enquanto retiro o equipamento. Pelo menos não usamos as proteções todas. – Arg, sabes mesmo a mulher.

Os restantes soltam uma gargalhada e eu bato-lhe com a mão na cabeça. Ele resmunga alguns palavrões quando lhe viro costas.

Com o saco de desporto ao ombro, roupa trocada e um sorriso aberto, apareço no corredor para chegar até Bruna, que me espera na porta.
Assim que me vê, franze as sobrancelhas.

– Qual a razão do sorriso de orelha a orelha? – questiona curiosa.

– Os rapazes são uns engraçadinhos, é o que é. – nego com a cabeça e ela sorri.

– Júnior!

Sou impedido de começar o meu caminho quando a voz do treinador entoa atrás de mim.
Sinto o corpo gelar e viro-me para saber se a sua expressão é tão séria quanto a voz.
Fico surpreso por isso não acontecer.

.

.

Ui!!
Vota e comenta :)

Jogada do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora