Capítulo 8 ⚤

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O dia amanheceu nublado, e um pouco mais frio que o de costume, já que em Brasília o clima era mais quente a maioria dos dias.

Simone já havia levantado, sempre acordara mais cedo que a loira, já que a mesmo tinha um sono pesado. Levantou e preparou o café da manhã, como soraya não desceu ela resolveu levar no quarto, esperou pacientemente a loira acordar. Por sorte a garrafa do café era térmica porque pela demora de acordar já estaria gelado.

Enquanto admirava sua loira deitada, agora em seus braços, colocou uma mecha de cabelo que insistia em cair no rosto dela atrás da orelha e acariciou o rosto da menor. Lentamente foi abrindo os olhos e a primeira coisa que viu foi o rosto se sua amada, se espreguiçou na cama e bocejou.

— bom dia So, minha linda até acordando — disse toda boba admirando a outra.

— bom dia sisa — a voz saiu rouca e aveludada — meu rosto deve ta todo amassado.

— tá mesmo, mas você continua linda, tá com fome?

— eu tô, e você já tomou café?

— não, eu tava esperando você acordar, aqui olha — pegou a bandeija que estava na mesa de cabeceira enquanto soraya se rescostava na cama para Simone colocar a bandeija.

— aí Simone, tudo isso é tão..novo pra mim, eu não tô acostumada a ser tratada assim — Sorriu para a morena.

Soraya se sentiu tão feliz por um simples gesto, o peito de Simone apareceu uma espécie de tristeza em ver que sua loira não estava apta ao que por ela faria todos os dias de sua vida. A forma incrível de como esqueciam seus próprios nomes quando tinham a companhia uma da outra, o mundo lá fora, as críticas que não pareciam nada diante de ter uma a outra por perto.

— Sisa, você realmente me quer?

— olha pra mim Soraya, eu te quero desde sempre... — pegou uma das mãos da menor e beijou o dorso levemente — eu quero que o mundo saiba que você é minha, se um dia eu chegar a ser presidente desse país que só quero você como a minha primeira dama. Eu sei que tem muita gente que não aceita a adversidade mesmo estando no século XXI.

— nem nada e nem ninguém vai tirar você de mim, mesmo que tente — os olhos da mais nova já estavam inundando.

— aí Simone, você tá querendo me fazer chorar uma hora dessas, nossa senhora — a forma que ela falou arrancou gargalhadas gostosas da morena.

Mas nenhuma daquelas palavras eram mentira, até mesmo ela chegavam a se perguntar, como... como que conseguiram reprimir aquele sentimento por tantos anos, apenas por medo e dúvidas. Vale a pena se arriscar, mesmo que você já tenha um NÃO garantido, ainda sim tem aqueles 2% de chance de ter aquele SIM, e soraya fez, ela se arriscou, pensou oque seria se caso não tivesse falado nada dentro daquele gabinete, perderia quem tanto sonhou ter, agora provavelmente estaria sozinha trancada no quarto, não sentiria essa felicidade estonteante invadir seu interior.

Não teria sua morena ao seu lado falando coisas bonitas e com tanta certeza, perderia a única oportunidade de ser feliz... mas ela seria?

Se não tivesse se arriscado teria que viver uma mentira por todos os anos anos consecutivos de sua vida, pode parecer a coisa mais improvável para algumas pessoas, perceber que o amor de sua vida estaria todo tempo ao seu lado e não foi notado, mas naquele último minuto você se dar conta de sim sempre foi ELA.

A sensação do abraço de Simone no fia de sua despedida como senadora fora o mesmo que recebera a vinte anos atrás, quando se despedia como aluna da faculdade.

COLOSSAL || SIMORAYA Onde histórias criam vida. Descubra agora