Capítulo 2 ⚤

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Depois que já estávam no carro, Simone deu partida no veículo. Soraya estava praticamente hipnotizada vendo Tebet ao volante, sensações inexplicável invadindo sua extensão corporal.

A senadora mais velha mantia sua feição séria na estrada na mas sempre olhava para a ex aluna pelo canto do olho.

Estava concentrada em dirigir, com as mãos apetando o volante com mais força que o normal.

— então senadora soray...— tentou falar, porém fora i terrompida por soraya.

— só soraya, Simone, deixe as formalidades para o trabalho — ela assentiu, carregando um sorriso doce nos lábios, daqueles que hipnotizava a mais nova.

— me desculpe, SORAYA — brincou, arrancando a risada de Thronicke.

— mas então, me diga oque te preocupa tanto com a minha saída do senado? — soraya respirou fundo e encarou o chão do veículo.

— ah Simone... nossa convivência sempre fui muito boa lá dentro, melhor desde sempre foi, não se compara a minha relação com os outros senadores. Eu tenho muito carinho por você. — Sorriu sem mostrar os dentes.

— eu ainda não me sinto muito preparada, mas infelizmente a minha candatura está se encerrando esse ano.

— não se preocupe, ainda nos veremos no avião, nas viagens a negócios, obviamente com menos frequência que o normal — enquato falava, colocou uma das mãos na parte exposta da coxa de Soraya sem perceber.

Soraya por uma fração se segundos prendeu a respiração sentindo aquela mão em um breve carinho, apenas não respirava.

— tá fazendo calor né — indagou soraya tirando o sobretudo branco que usava.

— posso ligar o ar? — disse já ligando sem nem esperar uma resposta de Tebet, que apenas sorriu e foi deslizando a mão da coxa de soraya até não terem mais contato.

E pode respirar livremente outra vez, se quer entendia o porquê de tanto nervosismo.

O caminho foi um pouco mais tranquilo, estava um silêncio confortável para as duas, vez ou outra falavam de assuntos aleatórios.

Depois de entrar no condomínio jamais visitado antes, Simone estacionou em frente a uma casa relativamente grande, com dois andares e um jardim muito bem cuidado na frente.


— muito obrigado Simone, eu não sei nem como te agradecer, por hoje é por tudo... — disse enquanto arrumava a bolsa para sair do veículo.

— não precisa agradecer, foi um prazer soraya.

— te convidaria pra entrar mas o cesar parece um bicho preguiça e já deve esta dormindo — Simone riu diante do comentário da ex aluna.

— não se preocupe, já está um pouco tarde mesmo.

As perguntas começaram a invadir os pensamentos. Por que se sentiam tão bem e tão nervosas quando estavam uma perto da outra?

Quando ia se despedir com dois beijos no rosto as duas viraram em sentidos contrários e os lábios de Simone acabou encostando nos labios de Soraya.

— me desculpe soraya, não foi minha inten.. — tentou falar mas foi interrompida pela loira.

— não se preocupe Simone — falou com um sorriso e levemente envergonhada.

Se despediram como devidamente e logo Soraya saiu do carro.

Simone observou a senadora mais nova sair do carro, observando cada movimento, cada curva, o andar elegante que possuía até mesmo depois de um dia exaustivo no senado. Estava com o olhar tão fixado na mulher de costas que ao menos piscava os olhos.

Deu partida no carro somente depois de vê-la segura, fechar e trancar a porta.

Soraya entrou em casa com um sorriso tão genuino que nem sabia o motivo. Se encostou na na porta e tocou a boca com as pontas dos dedos justamente onde os lábios de sua ex professora havia encostado.

Respirou fundo sentindo novamente aquele frio na barriga, o mesmo que sentiu quando sentiu a mão quente e firme da outra senadora em cima da sua coxa. Fechou os olhos, imaginando novamente aquela morena mas logo foi despertada por César que a chamou enquanto ia até a cozinha. Soraya levou a mão até o peito como resultado do susto.

— que susto César!

— se assustou com que?.. bom, não importa, porque chegou mais tarde que o normal? — perguntou enquanto bebericava a água em um copo de vidro.

— eu não cheguei tarde, não tenho culpa se você dorme tão cedo — disse colocando a bolsa sobre o sofá.

— cadê a Dedé? — Soraya perguntou se referindo a Deusdete.

— tá lá em cima, no seu lado da cama, ela tá com saudade de você — deu ombros e subiu as escadas em direção ao quarto deles.

Soraya tomou um banho quente, relaxando os músculos tensos, optou por não lavar o cabelo e prendeu em um coque frouxo fazendo alguns fios presentes alí em seu rosto ainda molhado.

Vestiu uma camisola preta de cetim e se deitou ao lado oposto do marido. Dormiu praticamente abraçada entre os lençois e sua cachorrinha no meio.

Por outro lado, Simone já não conseguira dormir. Estava no escritório de sua casa, um óculos de descanso ao rosto lendo um livro.

— Insônia novamente? — Eduardo perguntou da porta.

— infelizmente — respondeu Simone, ainda sem tirar os olhos dos livros.

— quer conversar um pouco? - disse sentando na poltrona de frente a até então, esposa.

— Eduardo..— fez uma pausa e Respirou fundo e retirou os óculos, encarando o marido seriamente — prescisamos conversar, o nosso divórcio está quase finalizado e até agora não falamos nada com as Marias, você disse que ficaria encarregado disso.

— eu sei Simone, eu sei, mas não se preocupe tanto assim, elas são adultas, vão entender a nossa separação.

— mesmo assim Eduardo, sendo adultas ou não, elas tem o direito de saber, passamos muitos anos juntos, construindo nossa família. Você sabe que mesmo divorciados você sempre será uma parte de mim.

— Simone podemos repensar isso...

— Não Eduardo! Já chega! Não existe mais amor entre nós a muito tempo, além do mais eu am.. — se calou antes que falasse mais do que deveria.

— você oque Simone? — perguntou curioso.

— eu? Eu quero dizer que já te amei, e lutei por nossa família, não dá mais!

— tudo bem Simone — levantou e afagou o ombro da morena — não se preocupe, eu assinarei o divórcio — prontamente saiu do escritório.

O divórcio de Simone e Eduardo já deveria ocorrer há muito tempo, porém Simone muitas vezes esteve em desistência por suas filhas, para que não tivesse uma família desestruturada. Transbordou, não poderia suportar a ideia de passar o resto da vida ao lado de um homem no qual não amava, não de uma forma afetiva.

Principalmente agora que mais que nunca, não parava de pensar na Ex aluna...

[...]

Os dias estavam se passando cada vez mais rápidos, principalmente para os trabalhadores, debaixo do sol de rachar de Brasília. Todos com muito trabalho para resolver o quanto antes.

No senado federal, como sempre com muitas sessões, leis... mas, oque realmente importava pra soraya eram os dias se passando e a saída de Simone se aproximando dia a dia.

O incômodo tomava conta dela. Entre Simone e soraya não havia estranheza, se tratavam bem, como sempre foi, como se nada tivesse acontecido.

Quando na verdade tentavam não transparecer o quando na verdade aquele nervoso de está perto uma da outra só aumentou, evitavam o contato físico a qualquer custo. Não podiam simplesmente ouvir as vontades internas que nem elas conseguiam identificar por si própria.

COLOSSAL || SIMORAYA Onde histórias criam vida. Descubra agora