Maio de 1821 – Grécia – Trípoli
Acordei com o barulho de um ronco leve, e um cheiro de grama e cavalo no quarto. O dia estava amanhecendo e começando a clarear o quarto. Sentei na cama e ouvi novamente a respiração alta, olhei para o chão e lá estava aquele homem enorme, sem camisa, com os cabelos curtos e bagunçados, dormindo tranquilamente de barriga para cima. Meu coração acelerou e pensamentos pecaminosos percorreram o meu corpo. A vontade de me juntar a ele e beijar cada parte de seu corpo era muito grande.
Dimitri ocupava meu quarto todo, sua presença era reconfortante e deixava o ambiente quente. Até dormindo ele era incrivelmente lindo e sexy. Ele estava deitado no tapete e coberto da cintura para baixo, um dos seus braços estava embaixo do travesseiro, enquanto a sua outra mão repousava em cima do seu sexo. E seu peito forte subia e descia em um ritmo lento. Aquilo era incrivelmente hipnotizante. Senhor! Como eu queria esse homem para mim!
— Você vai ficar me olhando sem dizer nada, moça? — perguntou ele abrindo os olhos.
— Estou pensando, no que a sua namorada faria se pegasse o namorado dela dentro do meu quarto.
— Creio que não seria nada agradável. — disse ele se sentando.
— Pensei que fosse proibido homens dormirem aqui.
— Depois que eu fiz uma doação generosa para essa pensão, Dona Ayres me deixou dormir aqui às vezes. E ainda me deu um travesseiro e esse cobertor.
— E que devo a honra de sua presença? — perguntei com uma certa ironia.
— Como eu não consegui vir na parte da tarde, resolvi dormir aqui para você não ficar sozinha.
Ah, Dimitri! Se eu não estivesse com tanta raiva de você e com vontade de te dar um murro por você estar comprometido com aquela vaca, eu teria me jogado em seus braços e feito amor com você!
— Bom... é melhor levantarmos. Hoje eu começo o trabalho no hospital.
— Sim, hoje vai ser o seu primeiro dia. Você está nervosa?
— Não, estou ansiosa para começar logo. Acho melhor você se vestir primeiro.
Dimitri deu uma risada gostosa e se levantou. Ele estava vestido só com a calça creme de dormir que era feita de um tecido fino que parecia que ele não estava vestindo nada, e eu não conseguia parar de olhar! Droga!
— Como de costume a Senhorita não está vestida. — disse ele se vestindo.
— Velhos hábitos não mudam. — respondi me espreguiçando.
— A Senhorita vai ficar olhando me vestir?
— Você invadiu o meu quarto e dormiu praticamente nu e quer privacidade?
Ele me olhou com um sorrisinho sem vergonha no rosto que eu tive que me controlar para não me derreter.
— Se vista moça, te espero lá embaixo. — disse ele me dando um beijo na testa, depois saiu e fechou a porta.
Senhor! Me dê forças para conseguir me afastar desse homem!
Levantei, me vesti, fiz uma trança em meu cabelo e coloquei minha arma carregada atrás das minhas costas, escondida, e minha adaga dentro da minha bota. Sai do quarto e desci as escadas.
O refeitório da pensão estava cheio de mulheres comendo e conversando eufóricas enquanto olhavam para um homem alto, forte de ombros largos, cabelos curtos dourados que estava cozinhando com um pano de prato em cima do ombro.
Ah, Dimitri! Você era uma tentação mesmo! Me sentei em uma mesa e fiquei olhando-o preparar omeletes, bacon, cortar o pão e o queijo e servir a mulherada encantada com sua presença. Quando ele se virou e me viu, sorriu e secou as mãos no pano de prato.
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Koúkla Mou - Livro 4 - Encontros e Desencontros
RomanceEsse livro ainda está em processo de criação. Gostaria que vocês comentassem para eu saber se estão gostando. Muito obrigada bjs