Maio de 1821 – Grécia – Trípoli
Quando chegamos em casa, Dimitri desceu do seu cavalo e me ajudou a descer do que eu estava montada, me segurando firme pela cintura. Nos olhamos e ele colocou uma mecha do meu cabelo, que tinha desprendido, para trás da minha orelha.
— Melhor eu levar os cavalos para o estábulo e cuidar deles. — disse Alekos.
— Eu vou com você, primo. — disse Manus.
Entramos, estava tudo escuro. Me deitei no sofá de olhos fechados. Como eu estava me sentindo cansada.
— O que você está pensando, moça?
Respirei fundo e abri os olhos. Ele tinha acendido algumas vejas, e me olhava com lindos olhos azuis, cansados, mas cheios de carinho. Os seus cabelos estavam um pouco bagunçados e a camisa com a gola em V, mais aberta do que de costume, e ele segurava um copo com uísque.
— No quanto meu corpo está cansado. — respondi.
— Faz mais de um ano que você está aqui na Grécia, Koúkla. Pensei que já havia se acostumado com a nossa rotina de perigos e correrias.
— Eu também pensei que sim, Baby, só que não.
— O que a Senhorita estaria fazendo agora se estivesse no futuro?
— Hum... depende. Eu nem sei que dia é hoje.
Ele riu.
— Sexta-feira.
— Estaria assim... estirada no sofá, cansada da correria da semana. Comendo pizza, tomando coca cola, e assistindo algum filme ou série.
— Sozinha?
— Sozinha. De pijama, depois de um bom banho quentinho.
— Parece ser bem tranquilo. Você já levou algum homem para o seu apartamento? — perguntou ele virando sua dose e enchendo mais o copo.
— Mais que pergunta é essa?
— A Senhorita fala que não deixou ninguém para trás, que não namorou. Mas eu acho difícil de acreditar que uma bela mulher, corajosa, inteligente, e segura de si, não tinha ninguém a cortejando... querendo protegê-la, casar e fazer vários filhos em você.
O que? Como? Eu me sentei ereta no sofá, tentando entender o que estava acontecendo. Me abanei por causa do calor que me deu.
— Bom... eu acho que... os homens da minha época não são mais tão intensos assim...
— Então a Senhorita me acha intenso?
— Claro que sim...
— Quem foi o último homem que você beijou na sua época?
— Porque você quer saber?
— Porque tudo que diz a seu respeito me interessa, moça. — respondeu ele me olhando atento.
— E se tiver sido uma mulher. — respondi me divertindo.
Ele sorriu para mim.
— Senhorita, eu vou preparar alguma coisa para comermos, você quer algo? — perguntou Manus, acabando com aquele clima gostoso entre nós dois.
— Primeiro vamos para o seu quarto, eu vou trocar o seu curativo. — disse Dimitri.
— Acho melhor eu comer primeiro. — falei me levantando e indo para a cozinha.
Eu não tinha cabeça e nem força para lidar com um Dimitri charmoso e possessivo, e com o amor que não podíamos expressar. Ah, se a vida me desse ousadia! Ele nunca sairia da minha cama entre as minhas pernas!
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Koúkla Mou - Livro 4 - Encontros e Desencontros
RomanceEsse livro ainda está em processo de criação. Gostaria que vocês comentassem para eu saber se estão gostando. Muito obrigada bjs