22. Mulheres o Sexo Frágil!

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Junho de 1821 – Grécia – Karpenissi

Já era de tarde e o sol estava bem forte, Dimitri tinha me dado o seu chapéu porque meu rosto estava ficando vermelho. Paramos algumas vezes pelo caminho, para comermos e descansar os cavalos. Dona Rânia e a Pomposa me olhavam com desprezo todas as vezes que nossos olhares se cruzavam.

Minhas costas doíam por causa da montaria e eu estava ficando com muito sono. Fora o calor que estava demais, eu já tinha aberto alguns botões da minha camisa e levantado a saia para arejar minhas pernas, o próximo passo seria tirar aquela roupa toda e ficar de camisola!

Koúkla? Você está bem? — perguntou Dimitri cavalgando ao meu lado.

— Vou ficar quando chegarmos e tomar banho refrescante.

— Isso se a Senhorita não cair de sono em cima de Mávro.

— Nossa, eu estou bem cansada.

— Entra na carruagem moça, tem espaço lá dentro.

— Prefiro cair aqui de cima.

— Porque a Senhorita tem que ser tão teimosa?

— Não é teimosia, só não quero ter que olhar para sua mãe e para sua noiva!

Uma das coisas boas de voltar para a casa dos pais de Dimitri era rever Aleksa e Alekos, e Irini e as crianças. E também tinha Haras, Yannes, Manus e Mixales. Estava morrendo de saudades de todos eles.

Depois de mais algumas horas de cavalgada chegamos ao sítio dos pais de Dimitri, eu via de longe a grande casa. O sol já tinha se posto e eu me sentia quebrada. Dimitri e Tasos desmontaram dos cavalos, eu continuei em cima de Mávro.

— Você não vai descer, moça?

— Eu vou seguir para a casa de Aleksa, ficarei mais à vontade lá.

— Eu a acompanho. — disse Dimitri.

— Acho melhor Tasos, me acompanhar.

— Sim, primo. Ficaremos hospedados lá em casa. Essas três mulheres não podem ficar juntas, senão, é briga na certa.

— Hoje a noite faremos o resgate dos rapazes, e colocaremos meu plano em ação. — falei.

— A Senhorita já tem um Plano?

— Sim, já pensei em tudo.

— Essa mulher tem a mente mais maquiavélica que eu já conheci! — disse Tasos.

— Venha nos ver de noite.

Eu e Tasos fomos em direção a casa dos gêmeos, quando chegamos ele me ajudou a descer de Mávro e levou os cavalos para o estábulo. Eu bati na porta e uma mulher abriu, eu a conhecia, trabalhava na casa. Ela me deixou entrar e me encaminhou até a sala, e foi chamar Aleksa.

— Quem é vivo sempre aparece, Gata. — disse ela vindo até mim.

— Que saudades, Ale!

Nos abraçamos apertado. Ela era uma mulher linda, morena de cabelos lisos, longos e bem negros, olhos castanhos escuro e esbanjava charme e sensualidade. Estava com um vestido vinho muito bonito.

— Como você está?

— Estou melhor agora e você?

— Estou bem vendo você bem. — respondeu ela.

Tasos chegou e cumprimentou sua irmã. Eles eram bem parecidos.

— Quando Tio Haras me disse que os rapazes tinham sido presos, eu sabia que vocês viriam ajudá-los.

Koúkla Mou - Livro 4 - Encontros e DesencontrosOnde histórias criam vida. Descubra agora