Junho de 1821 – Grécia – Parga
Paramos em frente a uma casa branca enorme, que ficava de frente para o mar com água azul cristalina, com vários barcos ancorados. A rua era movimentada, e todas as casas tinham cores alegres. Tudo tão lindo em perfeita harmonia combinando com o dia maravilhoso de sol que fazia. Que vontade de colocar um biquíni e sair nadando.
— Tatá, você tem algum aviso sobre seus tios? — perguntei.
— Só não chame nossa Tia Vanda de senhora. Ela não gosta.
Tasos me ajudou a descer da carroça e Dimitri bateu na porta, não demorou muito e uma mulher alta, forte, cabelos negros presos em um penteado, muito bonita e com o porte dos Kardakos, abriu a porta. Seus olhos azuis transmitem tranquilidade e carinho.
— Meu Deus! Que alegria! — disse ela com um sorriso enorme no rosto, abrindo os braços.
— Oi minha Tia, como você está? — falou Dimitri dando um beijo nela e um abraço carinhoso.
— Ah, meu querido, que saudades. Sua Tia está bem como você pode ver, e você como tem passado?
— Também estou bem, Tia. Você não mudou nada, está sempre bela.
Ela deu uma batidinha no braço dele, e colocou o cabelo atrás da orelha, toda delicada.
— Minha Tia. — disse Tasos a abraçando e a erguendo. — Você não envelhece nunca.
Ela o abraçou de volta. Dava para ver o quanto ela estava feliz em revê-los.
— Você e essa sua lábia. Como vocês podem ficar tanto tempo sem vir aqui!
— Tia, me deixe apresentá-la. Essa é a Senhorita Agnes Montgomery, minha protegida.
— Muito prazer, Dona Vanda. — falei lhe cumprimentando com um beijo no rosto.
— O prazer é todo meu, querida. Já ouvimos falar muito da Senhorita. — disse amável, passando a mão em meu rosto.
— E essa a Chrisoula Kouklakis...
— Eu sou a noiva dele muito prazer. — disse a Pomposa estendendo a mão.
— Oh, você está noivo, querido, que alegria. O prazer é todo meu, Senhorita. — disse a Tia apertando a mão dela. — Vamos entrar, vocês devem estar cansados e com fome.
Dois rapazes vieram para levar os cavalos e pegar as nossas coisas. Entramos na casa que parecia uma mansão. Era incrível a decoração, a arquitetura, os móveis, objetos, tapetes... era tudo de muito bom gosto.
— Minha Tia, e nosso tio onde está? — perguntou Tasos.
— Páme Páme (vamos, vamos), ele está na sala.
Eu não conseguia parar de olhar cada detalhe, cada louça, cada quadro...
— Den pistévo (não acredito)! — disse o Tio deles.
Ele tinha os cabelos negros grisalhos, olhos castanhos atentos, a barba grande e muito bem feita, charmoso e bem vestido. Estava lendo o jornal e tomando um copo com uísque. Se levantou da poltrona com um enorme sorriso.
Os rapazes o abraçaram e beijaram. Tia Vanda se juntou a eles e a alegria estava completa. Ver uma família assim tão unida, que todos se davam bem, enchia meu coração de amor. Sequei algumas lágrimas.
— Meu Tio, essa é Chrisoula Kouklakis.
— Sou a noiva de Dimitri. Muito prazer senhor.
— O prazer é todo meu, Senhorita Kouklakis. — disse ele beijando a mão dela. — Que boa notícia, temos que comemorar o noivado dos dois.
![](https://img.wattpad.com/cover/314919303-288-k432246.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Koúkla Mou - Livro 4 - Encontros e Desencontros
Lãng mạnEsse livro ainda está em processo de criação. Gostaria que vocês comentassem para eu saber se estão gostando. Muito obrigada bjs