17.

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    — MALDITA HORA que adormeci na porra do sofá - eu murmurei sabendo que a empregada ao meu lado me olhava de forma estranha.

Acordei sozinha, diga-se de passagem, esparramada no sofá do meu quarto com um torcicolo insuportável e sendo chamada pela empregada que a família gentilmente deixara a meu dispor. Ele veio dizendo que eu tinha que me arrumar para sair porque o Minho tinha me dado a ideia de passarmos um dia juntos.

Depois de literalmente colocar meu corpo em um vestido pomposo e deixar a empregada fazer meu cabelo, me dei ao trabalho de descer lentamente as escadas depois de verificar se as meninas ainda estavam dormindo em seu quarto. Agarrei a saia para não ficar cara a cara no chão e aproveitei para desabafar secretamente.

Estava tão terrivelmente quente.

Eu realmente não entendo como as pessoas dos séculos viveram seu dia a dia no passado, como eu ficaria confortável vestindo shorts simples com o ar condicionado ligado ou comendo sorvete com Keren.

— Bom dia, Madison.

A empregada despediu-se com uma mesura de Minho e de mim.

— Bom dia. - resolvi responder de um jeito simpático para não tornar meu dia mais amargo. — O que você tem em mente? - Descuidadamente me acomodei em um dos sofás individuais da pequena sala de espera, abanando o rosto com a mão.

— Vejo que está um pouco sufocada.

Sufocada fica aquém do maldito calor que estou sentindo.

— Como você sabia? - Eu acidentalmente respondi sarcasticamente, grande coisa que Minho não descobriu.

— Eu estava planejando comer algo juntos ao ar livre no campo. - Ele sorriu galantemente enquanto, com cuidado para não esmagar a saia de meu vestido, ele se sentou de lado.

Ação, que eu já havia aprendido a interpretar graças a Margareth.

A senhora bem me disse que quando um senhor se senta tão perto de você é porque ele quer alguma coisa, o que minha cabeça traduziu na ação ridícula e cafona de colocar o braço atrás dele quando o casal assiste a filmes em um encontro.

E todos nós sabemos como termina.

Mordi o lábio, não querendo rir.

Em vez disso, aproximei-me da extremidade oposta da mobília, procurando ver se isso o incomodava de alguma forma.

O sorriso confiante de Minho diminuiu, mas não desapareceu. Era apenas menor acompanhado por sua carranca.

— Por que você franze a testa? - Movendo-me um pouco mais perto para brincar com seus nervos, usei meu polegar para relaxar sua testa. — Você não sabe que vai parecer mais velho fazendo isso?

Sorri quando ele instantaneamente parou de fazer isso e me fiz de louca ignorando as pontas de suas orelhas vermelhas. Foi Minho quem marcou a distância com a separação.

— Em todo caso - ele pigarreou, ajustando o terno que estava vestindo. — Eu organizei uma refeição ao ar livre, considerando que você esteve trancada o tempo todo.

Eu sorri tocada por suas palavras.

— Isso é muito atencioso da sua parte. - Sorri para ele, mesmo que ele evitasse olhar para mim com o rosto corado. — Muito obrigada, Minho.

𝐒𝐊𝐘. lee minhoOnde histórias criam vida. Descubra agora