𝐒𝐊𝐘. lee minho

27.

   MARGARETH NÃO MENTIU.

Nós tínhamos nos forçado — Minho e eu, é claro — a levantar de madrugada e o marido dela, para dispensar Minho no trabalho por questões conjugais, o que ele achava que não era problema desde que um de seus colegas cobrisse seu turno da manhã; algo que ela considerava natural, devido à influência e status do marido.

Agora, nós estávamos andando na carruagem da família com Jaehyun como sempre dirigindo. Margareth sentada, abanando o rosto ao meu lado, ocasionalmente lançando olhares para Minho, que estava à nossa frente, obviamente incomodado.

— Está cansada, querido? - perguntei para aliviar o clima.

Margareth imediatamente se virou para olhar para mim.

Minho com um pequeno sorriso respondeu: — Um pouco, a guarda estava um pouco pesada. - Eu balancei a cabeça, compreendendo. Quando fui dormir, Minho ainda nem tinha chegado em casa.

— No entanto, parece-me prudente cumprir primeiro a suas responsabilidades. - Margareth apontou para mim com o leque e por um momento, ey me senti envergonhada. — Você tem uma jovem esperando para ser casada, você não pode mantê-la nesse estado a vida toda por causa do seu trabalho.

— Eu negligenciei muito isso, não é? - Minho comentou incomodado, começando a brincar com os dedos.

— Demais, eu diria. - Ela sabia perfeitamente bem quando uma mulher deixava cair algo com veneno, e oh, Margareth tinha. Nem pouco, nem muito.

— Eu não tenho queixas com ele. - Eu entrei. — Entendo a importância do trabalho do Minho e eu apoio-o. - Olhei para ele segurando um sorriso e ele me deu a oportunidade de continuar falando:n— Gostaria de ser uma mulher que se orgulhasse da dedicação e paixão do marido pelo que faz. Embora estejamos apenas noivos, tenho orgulho de ser a noiva de um homem assim. - E por fim, Minho mostrou o sorriso, tentando fugir do detalhe com os olhos na janela.

— Muito amor! - comentou Margareth — Vê, Minho? Qualquer homem ousaria roubar uma mulher dessas de você, deveriam se apressar e se casar de uma vez por todas, antes que chegue outra e-

— É impossível Madison me deixar. - Ele falou com confiança.

Realmente, não o deixaria.

— Sua garantia é ousada demais para mim. - Margareth mordeu a língua, abanando-se novamente — O que te faz acreditar que uma mulher como ela não vai conseguir te deixar?

— Porque eu esperaria uma vida inteira por ela. - Ele respondeu, fazendo com que o calor começasse a se sentir em meu rosto e orelhas. — Eu sei que ela gosta de mim tanto quanto eu. E se isso mudar, lutarei para recuperá-la.

Limpei a garganta, sem saber onde me esconder ou o que fazer, enquanto Margareth balançava a cabeça em aprovação, genuinamente impressionada com os valores de um homem que seu marido treinou e viu crescer.

— Tudo bem, mas vão ter que confessar aos pares com o pároco da aldeia, não aceito um não. - Nós dois assentimos — E pedimos a benção do rei para o relacionamento deles. Ah e as alianças, Minho!

— Eu tinha planejado ir sozinho com Madison para escolher algumas que servissem ao gosto de ambos. - Fiquei impressionada com a rapidez com que ele reagiu as perguntas.

— Bem, se você quiser. - Margareth deu de ombros, mas depois de um minuto, ela bateu o leque fechado na palma da mão e apontou para Minho. — E a casa, Minho! Como você pode esquecer a casa!

Que casa.

— Precisamente na minha última viagem entrei em contato com um dos meus amigos para esse assunto. - Ele relatou. — Aguardo sua resposta, porém, acho que não vai demorar muito; ele tende a responder rapidamente.