As Árvores.

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Noah/Jason acorda assustado! Como pode? Fiz ter um sonho tão bom! Sonhou comigo afinal! Talvez não tenha gostado da audácia de... "Filipe".

- O que...???? - se assusta ao ouvir minha voz narrando tudo em sua cabeça. - CADÊ VOCÊ?! - se levanta rapidamente e pega sua Kar-98 - Não me faz de palhaço cacete.

Hahahaha, perdão. É legal narrar, me sinto naqueles programas de vida animal!

- O que você quer?!

Saber o que achou do seu sonho incrível com a minha pessoa!

- E eu quero saber o porquê me mostrou tudo isso.

Para te preparar! Afinal, essa noite você realmente irá enfrentar meu mascote, e irá perder, óbvio.

- Tá me preparando pra morrer?!

Não, tolinho. Para o que vem depois da luta.

- Tem relação com a Akiro, não é?

Afff! Nem tudo é sobre ela, Jason. E nós? Nunca pensou nisso?

- Eu penso sim, em várias maneiras de tirar a sua vida.

Que crueldade, meu bem.

- Fala logo o que quer de mim, isso já tá ficando repetitivo.

Ei, dessa vez foi diferente! Eu te contei tantas coisas sobre mim e minha pequena Sarah!

- Mas como sempre, esconde a parte mais importante.

Noah, você sabe que a única pessoa que eu realmente quero é você. Se estivesse ao meu lado, essas torturas não estariam acontecendo com seus amigos.

- Eu não tenho tanta certeza assim. Afinal, eu estou falando com alguém que tortura a própria irmã.

Porque ela tem serventia.

- Doente mentirosa.

Eu estou sendo honesta com você. Sarah tinha uma beleza preciosa demais para alguém como ela. Tão ingênua e desobediente. Então resolvi fazer as coisas por mim mesma.

- Então por que afeta os "sem serventia" e não só a mim?

Porque a única utilidade deles é ser seu ponto fraco. Eu só quero você, Noah. E o senhor complica muito isso.

- Você brinca com vidas, bruxa. Brinca com a sorte sem ter medo de morrer. A Sarah tava certa, você vai causar seu próprio sofrimento.

- Você sabe meu nome, Carter? - interrompe, desta vez de fora de sua cabeça.

Ele olha para trás com a arma em mãos, apontando para a cabeça da garota. Ela começa a caminhar em sua direção.
Noah percebe enfim, que seus amigos continuam dormindo, em um sono pesado, logo atrás dele.

- Não se aproxima ou eu atiro.

"Ela não deve estar aqui de verdade, se por em risco assim é demais até pra ela. Não vou gastar munição, apenas ameaçar."

- Você não vai atirar. - continua indo - Eu estou bem aqui e você não pode atirar. Sabe o porquê, Noah? - para a cinco passos de distância do grisalho, com o cano da arma encostando em seu busto - Por que você tem medo de mim, medo do meu nome, de quem eu sou. Você precisa descobrir, não é? Precisa entender para não temer. - ela o olha de cima a baixo - Eu também sei que já percebeu.

- Do que tá falando?

- Que eu te conheço e você me conhece. Minha voz é familiar para você, sempre foi. "Por que a voz dela me trás uma sensação assim?", pensa o Noah. - começa a andar novamente, dessa vez rondando o garoto - Eu menti meu nome, Noah. Não confio em homens. Porém, você é diferente. - ela se movimenta bruscamente jogando a sua arma longe.

Saliem 1825Onde histórias criam vida. Descubra agora