Seis: Lírio Rosa

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Aviso: Menção à abuso e little smut

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A clareza do inverno trazia algo quente no estômago de Santana. Os dias em que pedia presentes já não eram mais necessários.

Santana Lopez tinha o melhor presente do universo:

Uma vida com Brittany Pierce.

— Sanny — Brittany disse, de repente, escondendo uma risada infantil. Santana virou-se para trás, há tempo de ser atingida com uma, pequena, bola de neve, em seu rosto. O gelo a fez cair sobre o chão macio, e Brittany gargalhou mais alto. — Agora você está derrotada!

Santana sorriu, olhando para o céu meio azulado, e frio, seus braços se esticaram acima da cabeça, e ela imaginou como estava feliz. Brittany a fazia feliz. Santana fechou os olhos quando Brittany caiu ao seu lado, com um baque surdo.

— San! Você está derretendo? — Santana acenou, divertida. — Oh, San! — Brittany exclamou, rolando para cima de seu corpo. Santana sentiu um calor agradável em suas calças de inverno quando Brittany sentou-se sobre sua cintura. Era o calor de ouvir sua voz, apenas mais agradável.

— Britt-Britt... não — Santana implorou, rouca. — Porra! Assim não!

— Não derreta, Sanny! — Brittany sorriu, saltando sobre sua cintura. Santana apertou um gemido em sua garganta, tentando engolir de volta, como fazia com suas lágrimas.

— Britt... por favor... por favor. Assim não!

— Por que não, San? — Brittany debruçou-se sobre seu corpo, aproximando-se de sua orelha quente. Santana sentiu a ponta de suas orelhas corarem, e se encolheu embaixo de Brittany. — O que há de errado?

— N-nada — Santana sussurrou.

Seus olhos se fecharam, quando ela começou a sentir dor em sua vagina, e Santana sentiu-se voar quando sentiu Brittany distribuir beijos suaves em seu pescoço, próxima a sua orelha. Brittany acariciava seu cabelo por debaixo de sua toca, e Santana sentiu-se derreter na neve congelante.

— B-Britt... B-Brittany... — ela gemeu, baixinho.

Shhh... — Brittany sussurrou, segura. — Você está me desconcentrando, Sanny...

Santana engasgou quando os dentes de Brittany brincaram com a ponta da sua orelha avermelhada, e ela segurou seu gemido, sacudindo-se, como um cachorro molhado.

— Agora não — Santana esforçou-se para dizer. — Por favor, Britt... ainda não.

Brittany se levantou, encarando seus olhos antes de rolar para deitar-se ao seu lado. Santana sentia o peso em sua cintura, esquentando por dentro cada vez mais. Ela queria — e precisava — se tocar, mas não agora, não no seu jardim de trás.

Brittany estava em silêncio, abrindo seus braços e suas pernas enquanto fazia um anjo de neve, com a expressão chateada, mas compreensiva.

— Sanny, por que quando você diz não a um homem ele não escuta?

Santana engoliu em seco.

Ela sabia uma ou duas coisas sobre a forma que o Sr. Pierce abusava de Brittany e sua irmã mais nova, mas ela nunca chegou a perguntar à Brittany o que ela realmente sentia quanto a isso. Santana sentia-se enojada o suficiente apenas em saber que o Sr. Pierce a tocava de forma, totalmente, deselegante.

Santana sentiu repulsa quando Brittany precisara de uma internação de urgência — no hospital onde seu Papi trabalhava —, para seus ferimentos na cabeça, e em como a garota loira gritou quando um dos médicos quis tirar sua roupa para um exame. O Sr. Pierce contornou a situação, como o Padre da igreja de sua Abuela fazia.

Lírios - Brittana Onde histórias criam vida. Descubra agora