Treze: Lírio Stargazer

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Estou de volta com coisas grandes! Obrigada pela paciência e apoio, aproveite o capítulo!

Sim, sim, sou Faberry fã (e Faberrittana crew)

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Os primeiros raios de sol entraram pela janela, e bateram, calmamente, em seu rosto.

Santana sentiu um calor repentino quando dedos calmos passaram por sua bochecha. Seu corpo se contorceu, trêmulo, com a sensação nova, e ela levantou as costas para se ajeitar melhor de bruços, virando-se para o outro lado.

Quando seus olhos se abriram, Santana enxergou a silhueta angelical de Brittany, sorrindo, sem graça. Seus olhos cristalinos brilharam mais, e ela fez carinho em seu queixo quando Santana acordou.

Seus olhos escuros estavam pesados, as lágrimas antigas ainda pingavam em seu travesseiro, seus olhos lacrimejaram quando ela piscou. O sono a abraçou outra vez, quando os dedos de Brittany acertaram sua testa e começam a tracejar um caminho lento e calmo até a ponta do seu nariz.

- Bom dia, meu amor - Brittany sussurrou, limpando os fios escuros do seu rosto.

Santana ajeitou a cabeça em seu travesseiro. Seus olhos inchados encaravam os cristais brilhantes, tristes, de Brittany. Seu cabelo loiro estava bagunçado, sua bochecha esquerda estava marcada. Brittany acariciava a testa de Santana com o polegar, calmamente, como em um sonho. Santana demorou a pensar, ficou parada, encarando com o sorriso calmo, observando os movimentos calmos de Brittany, apenas admirando sua beleza, como se nada mais importasse no mundo.

O momento da dor abalava seu coração, mas ver a calmaria de Brittany, a deixava mais calma também. Santana assistia, repetidamente, o carinho que absorvia, era como a realização de um sonho.

- Britt-Britt - ela chamou, com a voz rouca e trêmula. Brittany fungou atenta. - Vá até minha mala e pegue o papel enrolado.

O silêncio preencheu a sala quando Brittany caminhou até sua mala. O piso de madeira tremia em um baque surdo, e Brittany media todos os seus passos com cuidado. Santana analisou, rapidamente, para verificar, cegamente, se encontraria outras cicatrizes em seu corpo, além da marca em sua bochecha.

- Não, San - Brittany riu -, eu não estou com outros hematomas.

Santana sorriu da inteligência de sua namorada, ajeitando-se na cama, um pouco mais aliviada. Sua respiração escapava, levemente de seu peito, e seu sorriso cresceu mais quando Brittany deitou-se ao seu lado e abriu a pintura para analisar. Seu sorriso envergonhado deixava as borboletas se agitarem no estômago de Santana. Suas asas davam voltas completas e batiam, suavemente, em seu coração. Santana deitou-se para abraçar a cintura de sua namorada, olhando para sua própria pintura.

O lírio dos sonhos... Santana sorriu. Ela apertou os olhos, cobrindo seu sorriso envergonhado, batucando no ombro de Brittany com a outra mão. Seu ombro estava quente, confortável, um sonho real.

Santana não tinha escrupulos para pensar no que gostaria de ter no futuro. Suas ambições eram confusas, tentando sabota-la o tempo inteiro. Brittany era um sonho, o sonho real que Santana não se importava em ter. Um sonho em que ela não precisasse fechar os olhos para perceber o quão belo era. Um sonho do futuro.

- O que significa? - Santana piscou, olhando para o azul calmo de Brittany.

- Você pode me perguntar isso depois, Britt-Britt? - Santana corou. - Me conta o que aconteceu, por favor.

Brittany balançou a cabeça em negação, dando um suspiro pesado antes de se virar com um sorriso e beijar seus lábios. Santana sentiu seus lábios rachados, ao mesmo tempo em que sentia o tecido leve e quente de seus lábios calmos. O beijo não fora como os outros. Brittany a beijara sem medo, dessa vez.

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