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Sem revisão

Assuero

Saber que alguém havia tentando invadir a fazenda e nem ao menos entender o motivação. Ficar esperando reforço policial e  impedido de levar Brenda para sua casa. Não era o final de noite que estava esperando. O jantar havia sido agradável e a companhia dela me surpreendeu. Além de ser muito bonita, tínhamos muito em comum.

- Ela acabou dormindo na cadeira. - me avisou Maria.

Brenda foi teimosa em não aceitar ir se deitar.

- Vou cuidar disso.

Com cuidado para não acordá-la a peguei no colo e a levei para meu quarto.

- O que foi?

Maria me olhava com espanto e só então percebi que havia trazido Brenda para meu quarto e a colocado em minha cama. Escutei o barulho de carros chegando e saí antes que me questionasse sobre minha atitude.

- Assuero, viemos o mais rápido possível. - disse o delegado. 

Contei novamente sobre o incidente e logo começou a dar ordens para meus homens.

- Assuero. - me virei para me deparar com Silva.

- O que faz aqui?

Silva era um mistério para todos na cidade. Sempre discreto quanto a sua vida passada. Apenas apareceu na cidade e ficou.

- Vim oferecer minha ajuda. A notícia já se espalhou pela cidade.

Os primeiros raios de sol não demorariam para aparecer e a cidade já estava ciente do que havia acontecido.

- Tenho meios de encontrar essas pessoas de forma mais rápida que a polícia. - continuou ele.

O delegado tinha se afastado para convervar com meus funcionários e não ouviu o que Silva me ofereceu.

- Quem realmente é você?

- Isso não vem ao caso. - disse ignorando minha pergunta. - Quer minha ajuda ou não?

O encarei por um tempo era realmente tentadora sua proposta. Sabia que a polícia era despreparada e acabaria dando em nada. Ficaria com esse questionamento por muito tempo.

- O que quer em troca?

- Sua amizade e no momento certo um favor.

Escutei de longe algo que parecia ser tiros. E então uma movimentação maior da polícia.

- Tudo bem, resolva o problema e depois conversamos. - digo aceitando sua oferta.

Voltei para dentro da casa e peguei minha arma. Não era um adepto de armas, mas sabia usar uma quando necessário. Silva havia simplesmente desaparecido e fui atrás do delegado para saber o que estava acontecendo.

- Encontramos uma homem ferido e atirou ao perceber a presença de meus homens. Ele está sendo levado para a delegacia e lá vamos interrogá-lo.

- Os outros conseguiram fugir?

- Sim e devem estar longe. Por enquanto o perigo passou, mas aconselho a reforçar a segurança e vamos patrulhar as estradas por alguns dias.

E foi apenas isso, esperei todo aquele tempo para a polícia não fazer obsolutamente nada. Duvidava que esse homem fosse contar alguma coisa.

Aos poucos todos foram embora e meus funcionários voltaram para seus afazeres. A fazenda não podia parar. Rafael me ligou já ciente do acontecido e se prontificou a me ajudar no que precisasse.

- Silva me ofereceu seus serviços. Nem sei ao certo o que aceitei dele.

- Aquele homem é perigoso.

- Estou ciente disso, mas preciso descobrir quem tentou invadir minha fazenda. Não vou voltar atrás sobre minha decisão.

ASSUERO BRANDÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora