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Sem revisão

Brenda

Depois dos dias que passei fora de Pedaço do Céu, voltamos e já fomos recebidos por grandes surpresas. Soraia invadiu a casa de Assuero e Silva com essa história absurda.

- Como foi lá com ela? - perguntou minha tia assim que cheguei.

- Estranho como sempre, mas deixei bem claro que não a quero em minha vida.

Tia Nena nem conseguia esconder o quanto ouvir me dizer isso a deixava satisfeita, pois temia que uma possível aproximação com Soraia me afastasse dela.

- É o melhor, Soraia não é uma boa pessoa.

Assuero estava trancado em seu escritório conversando com seu tio. Tito fez questão e vir pessoalmente conversar com o sobrinho e ao que tudo indicava, existia muita coisa que Assuero não sabia.

- Eles nem ao menos almoçaram. - comentou minha tia.

Por mais curiosa que estivesse, não me sentia no direito de ir até e saber o teor da conversa. Teria que esperar a conversa deles acabar.

- Vou até a fazenda de Luna, pretendo voltar ao trabalho ainda essa semana. - avisei para ela.

- Assuero achar melhor esperar mais alguns dias.

- Assuero não manda em mim. - disparei a encarando. - E o fato de estarmos juntos não vai mudar minha autonomia.

- Brenda...

- Nem ao menos comece tia. Não sei que horas vou voltar.

Quando comuniquei na noite anterior durante o jantar que queria voltar a trabalhar, tanto minha tia quanto ele foram totalmente contra. E claro isso gerou uma discussão. Estava me sentindo bem e queria trabalhar e ninguém iria me impedir.

- Teimosa como uma mula. - escutei minha tia resmungar antes de sair.

Liguei para Luna avisando que estava indo, assim como os outros disse que deveria ficar mais alguns dias descansando, mas afirmei que estava bem.

- Brenda, fico feliz em vê-la aqui. - disse Maria ao me ver.

- Pronta para voltar a trabalhar. - afirmei para ela.

- Que ótimo, está sendo bem ruim ficar aqui sozinha.

Luna logo chegou e ficamos conversando ali no escritório. Me deixando por dentro de tudo que tinha acontecido em minha ausência.

- A mulher do falecido veio me procurar, pediu ajuda para ir embora da cidade. - me contou Luna. - Lhe dei um bom dinheiro e acredito que já tenha ido.

- A polícia ainda continua investigando se foi ele o responsável por meu ataque, mas sem me lembrar de nada fica complicado responder algumas perguntas.

- Se tiver sido ele, teve um fim merecido. - comentou Maria.

- Só a polícia vai poder afirmar isso.

Mudamos de assunto e acabei perdendo a noção do tempo, olhei pela janela e já era noite. Meu celular começou a tocar e era Assuero.

- Ficam para jantar? - nos convidou Luna.

- Aceito. - disse Maria.

Olhei para o celular e então para elas que esperavam por minha resposta.

- Eu aceito também.

Pedi licença para ambas e me afastei para atender.

- Brenda...

- Não precisa gritar! - reclamei voltando o aparelho para perto de meu ouvido.

ASSUERO BRANDÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora