O que vem depois.
Quase caí no chão, quando ele me chamou para ir a casa dele, foi tudo tão rápido, mas vi uma determinação no seu olhar que eu nunca tinha visto, e confesso que o "gelo" que ele estava me dando me incomodava mais do que eu gostaria de admitir.
Quando me dei conta, não só estava aceitando, mas também já estava em seu carro.
Sua mansão era linda, e o lugar era tranquilo, o jardim de inverno me deixou de "boca aberta", principalmente por ficar logo no começo da sala, que também era linda, ainda estava "babando" quando ele me trouxe uma taça de vinho, eu amo vinho, e como estava nervosa, aceitei para me ajudar a relaxar.
Eu reconheço que leio muitas novels e mangás/ manhua para dar aquele sinalzinho de que não deveria tomar...
hahaha! isso é vida real, sem chance.
Mas como eu disse, por estar nervosa acabei bebendo antes de pensar nessa possibilidade, agora é aguentar as consequências.
Ele ligou o som, e começou a tocar um jazz suave.
- Então, e desse tipo de música que você gosta?
- Principalmente, sim... Sou estranho né?
- Não é isso! Na verdade explica o porquê você disse aquele dia que não curtia muito dançar, na verdade é o ritmo que não era do seu agrado, e do porquê você dançou algo mais lento.
- Na verdade, nunca tinha dançado daquele jeito.
- D-daquele jeito?
Nisso, ele já estava na minha frente.
- Então, eu me pergunto se... Eu dançar novamente daquele jeito vou sentir a mesma emoção?
Quando ele terminou de falar, já estávamos do mesmo jeito que da outra vez, mas dessa vez já estava olhando nos olhos dele, não sei se foi o vinho que me deu essa "força" mas no fundo, estava com saudade de olhar para os seus olhos, e sua mão na minha cintura...
AAAH COMO EU TÔ FERRADA!
- Você só quer dançar uma música comigo?
Me arrisquei a perguntar.
- Não te traria aqui só por uma música.
Ah minha nossa senhora da bicicletinha motorizada, acho que vou ter um ataque.
- Quantas então?
Ele deu um sorriso "torto"
(definitivamente muito ferrada).
- talvez, continuar o que eu queria fazer naquele dia.
Não deu tempo de formular uma pergunta estúpida de tão óbvia, estava perdida, sou uma verdadeira tapada nesses assuntos, o Beto tem toda razão...
Mas dessa vez, ele levantou o meu queixo com um dedo e me beijou.
No começo o beijo foi suave e delicado, mas depois se aprofundou mais, foi abrindo a minha boca, e eu dei permissão, aquilo foi me deixando sem ar, me deixando sem direção, foi longo e perfeito.
- Acho que não posso mais.
Ele disse depois de um suspiro, assim que terminou.
- N-não pode mais?
Ele sorriu.
- Pretendia te levar pra sua casa hoje, mas não vai dar, pois tudo o que eu quero, é te beijar a noite toda.
Eu fiquei sem reação, mas meus olhos se encheram de lágrimas e de novo me lembrei das palavras do Beto: "você está sob um terreno perigoso".
Mas também percebi, que não só já estava nesse terreno, como estava atolada nele até o pescoço.
Não foi como no caso do Flávio, isso é diferente, então por que não aproveitar?
- Então, por que não continua?
Ele sorriu e me beijou de novo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Encontro ao Acaso
Storie d'amoreUm romance leve, que envolve duas pessoas de mundos opostos Abgail Tomazetti, recém formada, procurando seu primeiro emprego... pode ser que encontre algo mais.... Edward Wirming, CEO de uma multinacional que nunca levou um relacionamento a sério, m...