Capítulo 16

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Abgail Tomazetti

— Huuummm....

Foi a minha "primeira" palavra assim que ele saiu da sala, é claro que eu acordei com o celular tocando, mas a vergonha foi maior e então decidi fingir que ainda estava dormindo.

Depois que ele saiu, fiquei pensando no que fazer a seguir, esse tipo de coisa nunca aconteceu comigo e aquele "sininho" na minha cabeça me lembrando de que ele era o meu chefe não estava me ajudando.

De repente, senti um cheiro, simplesmente delicioso e meu ronco de estômago me lembrou de que estava com fome.

Fui seguindo aquele aroma intoxicante e consegui chegar a cozinha... Óbvio.

Não nego que estava com água na boca.
E não só pelo cheiro, que estava bom demais.

Mas a "visão" daquele homem sem camisa... Oh! Meu pai...

Continuei olhando, ou melhor "babando" sem medo de ser feliz, já que ele estava de costas, e muito concentrado.

Mas assim como um "clarão" me lembrei de alguns detalhes.

Um deles, foi de que isso aqui não é um filme, onde a estrela acorda linda e plena e sem mau hálito.

Oláááá, Guaxinim... E ainda fui dormir sem tirar a maquiagem.

É! Interrompemos essa apreciação do Monumento que é este homem, para encontrar urgentemente um banheiro.

Abri diversas portas e finalmente encontrei o lavabo.

Aaaah! E ainda tem enxaguante bucal.
Só em casa de rico para ter esses luxos, mas fiquei feliz, pena que não durou muito, pois logo em seguida, me olhei no espelho.

— Guaxinim do mal!

Fora o cabelo que parecia um ninho de passarinho, tive vontade de sair correndo e voltar para casa ou de cavar um buraco e ir direto para a China.

— Respira, e não pira! fechei os olhos e comecei o trabalho.

A parte do cabelo passei os dedos para dar uma melhorada, não dá para ficar melhor do que isso.

Quando voltei para a cozinha dou de cara com um homem lindo, sem camisa, sorrindo para mim:

— Bom dia!

— É! B-bom dia!

— Conseguiu achar o lavabo?

Não podia dizer que estava bisbilhotando a casa dele, dei uma de desentendida:

— É... lavabo? Eu estava na sala.

— Hahaha! Eu fiquei te olhando dormir por um tempo antes de vir pra cozinha, então...

(Momento "vergonha alheia" on).

— Desculpa, estava medonha!

— Isso é normal, quer dizer, acordar parecendo um panda, mas não estava nem um pouco medonho.

— Como?

— Estava fofa até, haha... Então, acho que você deve estar com fome, né?

— Sim, e muito...

Já estávamos comendo o legítimo "breakfast americano" e estava simplesmente maravilhoso quando a conversa surgiu:

— Quais os seus planos pra hoje?

Em pleno domingo pra uma assalariada, acho que é meio óbvio...

— Ah! Eu não tenho nenhum, quer dizer a não ser voltar pra casa.

Ele me deu uma olhada, e quando eu já estava hipnotizada de novo por aqueles olhos azuis ele deu uma risadinha, o que apenas colaborou pro meu já início de taquicardia.

— Hum! Posso te dar duas sugestões?

— Pode sim.

— Não estou a fim de sair hoje, então a gente pode passar a tarde junto, vendo um filme ou outra coisa e depois eu te levo pra casa, ou podemos fazer tudo isso, e você passa a noite aqui.

Ainda não estou acostumada com esse seu lado tão direto de falar, mas pensando bem, tudo isso é novidade pra mim, em termos de relacionamento.

— acho que está tudo bem passar a tarde aqui, mas será melhor se eu voltar para casa depois.

E lá vai ele com aquele sorriso lindo que me deixa desnorteada, olhando pra mim, e diz:

— Seu desejo, é uma ordem!

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