noite passada eu não consegui dormir direito, às vezes me bate a insônia por isso deitei o banco do carro e faço o que meu amigo sugere.
S/n – on.
(S/2I = sua segunda irmã, s/s = seu sobrinho, s/sa = sua sobrinha)
S/n: ai finalmente vou conseguir meu celular de volta. – falo olhando pela janela do carro.
S/2i: credo s/n, é tão viciada assim no celular? – diz enquanto segura seu cigarro eletrônico com uma mao, e a outra segura o volante do carro.
S/n: olha quem fala, fica jogando a noite toda com os amigos, e depois reclama que tá muito cedo pra acordar. – digo com ironia.
S/sa: mamae, quero fazer xixi. – diz pequena no banco de trás.
S/2i: ai s/n, leva ela lá no banheiro, eu vou parar naquele konbini (loja de conveniência) ai você desce e leva ela.
S/n: por que eu?
S/2i: por que eu to mandando. – fala com indiferença na voz.
S/n: ta mas eu vou cobrar mais tarde.
S/2i: s/s ainda ta dormindo? – se refere ao seu filho mais novo.
S/n: ta sim. – olho para trás para ter certeza, e encontrei o mesmo em um sono profundo no banquinho para crianças. – por que? – volto a olhar ela.
S/2i: então acorda ele, se nao depois a noite eu nao dorme. – estaciona o carro no konbini.
Nijiro – on.
Nijiro: chegamos? –me levanto depois de um longo cochilo no banco quente do carro.
Suzuki: ainda não, faltam mais uns 5 minutos.
O ponto de encontro era no mesmo lugar onde ela "perdeu" o celular, o mesmo que eu estava encarando novamente, até ter uma ideia.
Nijiro: será que tu consegue a senha do celular? – pergunto inocentemente.
Suzuki: TU TÁ FICANDO LOUCO? - freia bruscamente o carro.
Nijiro: o carai, ta doido? dirige essa merda direito cara.
Suzuki: tu quer que eu dirija como? pra que tu quer a senha do celular dela? – volta a dirigir "normalmente".
Nijiro: calma lá, eu não quero mexer nas coisas dela não, só queria fazer uma surpresinha pra ela.
Suzuki: Que surpresa? – revira os olhos sem se importar.
Nijiro: queria salvar meu numero no celular dela.
Suzuki: pra que? – ri ironicamente.
Nijiro: tu sabia que eu nao sei. – digo sem mentir.
Suzuki: ah pelo amor de deus. – diz baixo se ajeitando no banco com uma mão no volante e a outra na cabeça com o cotovelo na janela do carro. – tenho uma ideia melhor.
Nijiro: que ideia? – falo enquanto tiro a capinha do celular da garota.
Suzuki: o que que tu tá fazendo? – tira o celular da minha mão ainda olhando a estrada, fazendo cair umas fotos que estavam na capinha, quando isso acontece nós dois olhamos pras fotos, o que faz o carro de trás buzinar irritado, já que estamos parados no sinal verde. – presta atencao ai seu idiota. – dou um leve tapa na nuca dele, que volta a dirigir o carro.
Suzuki: quem são nas fotos?
Nijiro: não sei, acho que são amigos dela.
Suzuki: e esse cara aqui? – aponta na foto onde tinha um garoto alto.
Nijiro: acho que um amigo. – digo meio ignorante.
Suzuki: mas ele tá bem próximo dela nessa outra foto aqui. – olha pra mim aparentemente tentando fazer ciumes?
NIjiro: a cala a boca.
S/n – on.
S/2i: ou, acorda tamo chegando. – diz me balançando.
Levanto o banco sem dizer nada, eu só queria meu celular, não sabia que era tão obcecada com meu celular assim.
S/s: mamãe, olha o trem. – o menorzinho fala enquanto estamos parados em frente ao trilho do trem, com um trem passando em nossa frente.
S/2i: e filho e o trem.
S/n: falta quanto tempo?
S/2i: uns 6 minutos.
S/n: hm, tô com dor de cabeça tem remédio?
S/2i: no porta luvas. – Pego dois comprimidos e tomo com a garrafinha d'água que eu tinha ali.
Eu vendo que tem gene que não tá votando:
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