casa da vovó

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[...]
[Você estava com ciúmes?]
*Celular vibra*
[Hum... Quem te disse isso?]
[☺️]
*Celular vibra*
[Figurinha como resposta mon?]
[Hum já comeu?]
*Celular vibra*
[Mudando de assunto? Mas, sim já comi... E você doutora?]
[Você me chama assim para provocar? Estou comendo com Yuki agora]
*Celular vibra*
[Hum... A mesma de ontem? Hum, amigas?]
[Não seja tão ciumenta, Yuki é como uma irmã... Aliás, é você quem está viajando com um primo misterioso]
*Celular vibra*
[Hã? Ele é um primo distante...]
[Mon cheguei na avó, depois conversamos]
[Ok querida.]
[...]
"Sam não fique tão atenta no celular, irão pensar que está namorando..." -Phoom.
"Hum... Não ligo para o que pensam de mim..." -Sam.
"Ok, vamos entrar..." -Phoom.
"Vovó não tem com o que gastar dinheiro não é? Fez outra reforma?" -Sam.
"É você sabe... Depois que ela herdou o dinheiro do Tio avó, ela virou uma riquinha padrão..." -Phoom.
"Vovó é tão amarga, tantos parentes precisando de ajuda e ela prefere viver sozinha... Por exemplo a Cher" -Sam.
"Ela tem os motivos dela Sam... E não cite Cher aqui, vamos entrar de uma vez" -Phoom.
[...]
Depois que a minha avó herdou um bom dinheiro do irmão mais velho ela mudou de vida, antes muitos moravam com ela, por ela morar em uma enorme casa mas, com um tempo ela afastou todos... E só ficou Phoom com ela. Phoom era muito grudado com vovó, ele foi criado por ela desde bebê. Quando meus pais morreram vovó pediu para eu morar com ela mas eu não quis abandonar a floricultura, ela me julgou e pediu para eu vender a loja e alugar a casa, mas eu me mantive firme e passei a morar sozinha. Depois disso vovó vivia me julgando dizendo que eu não podia ser uma solteirona, me perguntava sobre namorados e sempre me pressionava. O dia que decidi me afastar foi quando ela tentou vender a floricultura sem minha permissão e quando o Homem chegou com os papéis para eu assinar eu fiquei incrédula, e muito brava, foi quando parei de visitar ela e também parei de informar sobre os negócios da loja. Agora diante dessa casa gigante, sabendo que ela está enferma e deitada em uma cama, eu me sinto angustiada, não sei como vai ser vê-la depois de tantos anos.
[...]
"Vamos subir Sam... O quarto de vovó fica no último andar" -Phoom.
"Quem são essas pessoas?" -Sam.
"Sao contratos da vovó para fazer os serviços da casa" -Phoom.
"Dois não seria o bastante?" -Sam.
"Vovó é exagerada, e nunca me ouve" -Phoom.
Continuamos a subir aquelas longas escadas, até chegarmos a última porta, grande e chique...
"É aqui Sam..." -Phoom.
Phoom abriu a porta e entramos. Tinha uma cuidadora com a vovó e ela estava acordada olhando quem entrava...
"Phoom, você a trouxe! Obrigada meu querido" -Avó.
Vovó disse aquilo quase sussurrando de tão fraca que sua voz estava. Me aproximei e segurei em sua mão.
"Oi vovó... Estou aqui agora..." -Sam.
"Obrigada por vim, eu estava com saudades, tinha medo de morrer e não te ver antes" -Avó.
"Não diga essas coisas vovó... Você ficará melhor logo!" -Sam.
Phoom e a cuidadora se retiraram do quarto, para que eu e vovó conversasse a sós.

GAP: Entre dois mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora