estamos juntas

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[...]
Depois da sobremesa, fomos até a área externa. Mostrei para Sam a área de lazer e a área da piscina.
"Poderemos fazer alguma festa aqui com as meninas" -Mon.
"Sim, sua casa é linda e muito grande" -Sam.
Depois meus pais foram para sala e eu fui mostrar o resto da casa para Sam.
"Agora quero ver seu quarto coelhinha" -Sam.
"É no último andar... Venha" -Mon.
"Porque tão longe de todos?" -Sam.
"Silêncio e privacidade querida." -Mon.
Chegamos ao meu quarto.
"Nossa coelhinha é exatamente como pensei... Tudo tem seu jeitinho e sua cara, eu amei. Ali é o closet?" -Sam.
"Na verdade o banheiro... O closet é aquela outra porta" -Mon.
"Humm... Estou amando, mas voltando no assunto da privacidade, você tem dinheiro suficiente para ter outro lar, porque mora com seus pais?" -Sam.
"Na verdade, eles me pediram. Quando eu comecei a ganhar muito, a gente vendeu nossa antiga casa... A princípio eu compraria uma casa mais simples para eles e um apartamento no centro para mim, mas me pediram que morassemos juntos. Aí vimos essa e eles gostaram e eu simplesmente aceitei" -Mon.
"Você é ótima querida. Uma filha excepcional" -Sam.
[...]
Eu caminhei até a grande porta do closet.
"Posso?" -Sam.
"Deve querida" -Mon.
Mon sentou na ponta de sua cama e passou a me observar de lá, enquanto isso eu explorava sua grande variedade de bolsas, sapatos, acessórios entre outros.
"Olha quem está aqui! Os brincos de safira" -Sam.
"Ele foi nosso cupido" (risos)-Mon.
"Estou amando ver suas coisas... É engraçado como tudo é tão você" -Sam.
"Deveria dormir aqui hoje... Para experimentar a cama, a minha banheira... Meus pijamas, meu lanchinho da noite" -Mon.
"Hum... Seus pais não acharia ruim?" -Sam.
"Não querida. É minha casa também!" -Mon.
[...] Silêncio e troca de olhares.
"Seu olhar tá meio triste..." -Sam.
"Estou um pouco cansada querida" -Mon.
Eu sabia que Mon estava preocupada com alguma coisa, mas eu não queria insistir. Então eu fui até ela e fiquei algum tempo acariciando ela.
"Você sabe que estou aqui para você a qualquer momento né coelhinha?" -Sam.
"Eu sei sim querida... Estou apenas cansada e com uma dorzinha de cabeça." -Mon.
"Você tem remédio aqui ?" -Sam.
"Na minha bolsa tem um..." -Mon.
Primeiro fui até o frigobar que ficava no canto do quarto e peguei uma garrafinha de água e entreguei para ela.
"Tome querida, vou pegar o remédio" -Sam.
Fui até a bolsa.
"Ach-..." -Sam.
Peguei a primeira cartela de comprimidos e quando falei que tinha achado vi o nome, era um calmante.
"Mon... Calmante?" -Sam.
[...]
"O que está acontecendo? Somos um casal... Você pode me falar os problemas. Estamos juntas, esqueceu?" -Sam.
"Eu não queria te preocupar de novo..." -Mon.
"Mas Mon... Não quero você tomando esses remédios! Não importa o que seja, pode desabafar comigo!" -Sam.
"É... Pegue esse envelope na minha bolsa." -Mon.
"Sim... E o que tem?" -Sam.
"Abra e leia." -Mon.
Quando li aquilo, meu corpo ardeu de raiva. Minha principal vontade era ir até a casa da minha avó e fazer qualquer coisa.
"Sam? Está bem?" -Mon.
"Eu não estou acreditando nisso mon! Eu não reconheço mais ela, eu não sei o que fazer!" -Sam.
"É por isso que eu não queria te contar..." -Mon.
"Mas estamos juntas nisso querida. Você não deve e não vai passar isso sozinha." -Sam.
"O que acha que ela pode fazer?" -Mon.
"Não sei... Eu vou precisar ir até lá" -Sam.
[...]

GAP: Entre dois mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora