pensamentos

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[...]
Ficamos em silêncio depois da pergunta de Mon, ela tentou novamente se aproximar.
E eu fui para outro canto.
"Não se faça mon! Não minta mon! É a única coisa que eu te peço..." -Sam.
"Sam, porque está se afastando de mim? Eu não menti, porque está falando essas coisas?" -Mon.
Mon estava com os olhos marejados, ela segurava o choro, assim como eu.
"Você não estava no shopping com seus pais?" -Sam.
Eu falei em um tom grosso e irônico.
"Eu estava..." -Mon.
"E simplesmente parou no restaurante... Novamente com aquele idiota! Eu já entendi mon!..." -Sam.
Eu falei quase em cima da fala dela.
Mon me interrompeu.
"Que? Sam! Você entendeu tudo errado... Como sabe disso? Me deixe explicar..." -Mon.
Eu a interrompi de volta.
"Você não precisa! Eu vi com meus próprios olhos! Agora entendo porque sua mãe quis ter certeza sobre o noivado! Eu sei que sua mãe te quer com o Nop..." -Sam.
"Sam! Você está falando muitas besteiras... Me escute" -Mon.
"Não! Eu não quero! Eu vi ele pegando em suas mãos, eu vi o sorriso... As taças de vinho! Eu vi... E seus pais chegando lá... Eu vi tudo!" -Sam.
Nesse ponto, nós duas já chorávamos e as nossas emoções estavam a flor da pele.
"Eu não vou brigar com você Sam... Sua prima está aqui, vou ir dormir em casa... Você está insinuando coisas sérias, eu pensei que confiasse em mim" -Mon.
Eu virei as costas para ela, enquanto ela dizia aquilo.
"Pelo menos lá vai poder responder as mensagens que ele te enviar sem se preocupar! Agora eu entendo porque na praia não quis respondê-lo!" -Sam.
"Eu não acredito que está falando isso! Eu não vou ficar aqui ouvindo isso, não vou brigar... Não acredito que está desconfiando de mim..." -Mon.
Mon virou as costas e saiu do quarto. Nesse momento meu choro foi compulsivo. Estava me sentindo, traída, ignorante, estava me sentindo insegura e com medo de todo aquele diálogo que tinha acabado de acontecer.

[...]
Ao me retirar do quarto, as lágrimas desciam intensamente pelo meu rosto, desci rapidamente e entrei no carro. Fiquei por alguns minutos chorando ali e pensando se estava fazendo o certo em ir embora daquele jeito, mas Sam não queria me ouvir e precisávamos esfriar a cabeça.
Dirigi até a minha casa, quando cheguei meus pais se assustaram ao me ver voltar e ainda mais por estar chorando.
"O que houve querida?" -Phon.
"Eu e Sam brigamos... Ela nos viu no restaurante, entendeu tudo errado... Ela não quis explicações... Eu vou subir, não quero falar sobre isso" -Mon.
Dei uma breve explicação para meus pais, e subi imediatamente para meu quarto, eu ainda chorava muito.
Me afundei nas cobertas e comecei a chorar ainda mais.
Saber que Sam desconfiava de mim, do meu amor por ela... Aquilo me machucou muito. Estava sentindo tanto medo de toda aquela confusão.
Depois de algum tempo eu fui até o banheiro e tomei um longo banho, voltei para a cama mais calma... Mas, quando me deitei e lembrei de tudo, vi que ela não estava ao meu lado... Eu voltei a chorar muito, em meio a tantas lágrimas e pensamentos intrusivos, eu peguei no sono.

[...]
Depois que Mon saiu de casa, eu me deitei e chorei ainda mais.
Peguei meu celular e o encarei por muito tempo, enquanto as lágrimas percorriam meu rosto. Eu queria mandar mensagem, mas eu estava com raiva e com muito medo.
Eu tomei um banho e deitei novamente, os pensamentos que invadiram minha mente, todos ruins, me fizeram chorar por horas... Até eu pegar no sono.
[...]

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GAP: Entre dois mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora