de mal a pior 2

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[...] Na casa da avó.
"mon foi a farmácia comprar algum calmante para você... Quer conversar sobre o que me disse lá?" -Sam.
"Desde que você conseguiu não deixar mais a vovó controlar sua vida... Ela passou a colocar mais pressão sobre mim. Dizia que você era traíra e que se tornaria uma mulher mundo, como Cher..." -Phoom.
"Vovó..." -Sam.
"Ela sempre me controlava, até o que comer muitas vezes... E eu pensava que era amor, ela me dizia que tudo aquilo era pra eu não ser como as netas que a deixaram." -Phoom.
"Eu sinto muito Phoom... Eu imagino como deve ter sido horrível ficar esses anos todos com ela te manipulando" -Sam.
"Quando passei ser amigo do kirk tudo pirou... E foi então que desejei aquilo" -Phoom.
"Porque piorou?" -Sam.
"Foi quando ela começou falar de casar e me empurrou para Nita... Creio que ela sentia que eu podia gostar dele de outra forma" -Phoom.
"Imagino que sim... A gente pensa que esconde mas fica na cara... Mas olha, vai ficar tudo bem ok? Nada do que está acontecendo é culpa sua. A vovó já estava mal e a própria maldade dela com todos ao redor levou ela a piorar" -Sam.
"Você acha que ela merece isso?" -Phoom.
"Não sei... Eu não acho que ninguém mereça coisas tão ruins mas que tudo é consequência de algo." -Sam.
[...]
"A mon chegou... Você quer o remédio?" -Sam.
"Sim eu preciso dormir..." -Phoom.
Phoom tomou o remédio e foi aos poucos se acalmando e logo dormiu.
"Querida mais uma vez, me desculpa por isso tudo!" -Sam.
"Querida você não precisa se desculpar com nada! Eu sou sua namorada, eu vou estar ao seu lado em qualquer ocasião" -Mon.
Eu agradeci a ela e a abracei e beijei.
"Você é incrível." -Sam.
Fomos deitar um pouco enquanto Phoom descansava.
"Você falou com seus pais querida?" -Sam.
"Sim... Expliquei a situação, e falei que assim que resolver irei para casa ver eles" -Mon.
[...] Uns dias depois.
Estávamos indo hospital, a avó teria alta.
[...] No hospital.
"Bom como eu disse da última vez que estiveram aqui, os ataques cardíacos provocaram um AVC nela... Então esse estado é irreversível" -Médico.
"Ela não vai andar e nem falar nunca mais?" -Phoom.
"Infelizmente não senhor... Agora ela não é mais uma pessoa independente, precisará de companhia para o resto da vida dela" -Médico.
O doutor saiu e Phoom me olhou com os olhos marejados.
"Calma Phoom... Podemos contratar alguém e você vai sempre está com ela, e eu sempre virei vê-los ok?" -Sam.
"Vamos levar ela para o carro!" -Mon.
A gente levou eles até a casa da avó e eu conversei mais umas coisas com o Phoom, a funcionária dela agora seria a cuidadora.
[...] Sam e mon voltando para casa.
"Você acha que ela vai viver muito tempo assim Coelhinha?" -Sam.
"Não sei querida... Tem casos que os pacientes ficam anos nessa situação e outros morrem em dias ou meses." -Mon.
"Essa situação é horrível" -Sam.
Eu sabia que podia contar tudo para Mon sem ser julgada, então desabafei.
"Eu acho que isso é o karma dela... Vovó fez mal para todos da família. Meu pai sempre me contou uma história de quando ele era pequeno..." -Sam.
"Qual história?" -Mon.
"Meu pai e a tia Mhee tem três anos de diferença, tia Mhee é a mais nova e uma vez meu avô foi viajar... A tia tinha uns 6 e meu pai 9 anos, eles brincavam na sala e quebraram um objeto que a vovó gostava muito. Então ela amarrou eles, como a tia era menor ela apertou mais e o pulso ficou muito machucado..." -Sam.
"Meu deus querida! E aí?" -Mon.
"Quando o vovô chegou, ele ficou indignado e perguntou como aconteceu aquilo e ela disse que tinha sido meu pai que machucou a tia... E sugeriu para o meu avô deixar meu pai de castigo trancando no quarto..." -Mon.
"Meu deus querida! Estou em choque com isso... Continue" -Mon.
[...]

GAP: Entre dois mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora