GAP: Entre dois mundos

mon e Phon

[...] Casa da avó.
Phoom chegou e foi recepcionado pela funcionária.
Ela contou os detalhes do que o médico havia dito no dia anterior.
"E como ela está?" -Phoom.
"Ela está bem melhor que ontem, está no quarto... Suba" -Funcionária.
Phoom foi até o quarto.
*Toc, Toc*
"Com licença... Sou eu Avó" -Phoom.
"O que veio fazer? Me ver morrer?" -Avó.
"Porque não contou sobre seu coração.?" -Phoom.
"Para que? E você... Porque veio?" -Avó.
"Eu vim ver como estava..." -Phoom.
"Deveria se envergonhar... Isso é por culpa sua e de Sam!" -Avó.
"Você causou isso vovó." -Phoom.
"Saia Phoom!" -Avó.
Phoom obedeceu, não queria fazer ela passar estresse. Ele pegou algumas coisas no quarto e foi embora.
[...] Casa da Tee.
"Realmente fofinha, dessa vez sua avó passou dos limites... Mas, tudo ficará bem. Falarei com algumas empresárias para indicar a advogacia da mon." -Tee.
"Obrigada Tee" -Mon.
"Estamos resolvendo, vai ficar tudo bem sim..." -Sam.
"Sim... Eu estava tão preocupada" -Yuki.
*Barulho de celular tocando*
"Licença meninas, é meu pai" -Mon.
[...]
["Oi pai"] -Mon.
["Oi querida, está melhor?"] -Aon.
["Sim... Estou resolvendo tudo"] -Mon.
["Venha conversar com sua mãe, ok?"] -Aon.
["Tá bom pai, irei em casa a noite."] -Mon.
["Ok, ela está muito chateada"] -Aon.
["Ela te falou isso?"] -Mon.
["Ela não parou de chorar querida"] -Aon.
[...]
"Como sua mãe está coelhinha?" -Sam.
"Meu pai disse que ela não parou de chorar... A noite irei em casa, tentar conversar com ela" -Mon.
"Essa parte sempre é complicada..." -Tee.
"É verdade... Pelo menos o pai dela nos apoia, se não estaria mais difícil... E aliás vocês duas, não se assumem nunca para nós?" -Sam.
Tee e Yuki se olharam e sorriram e fizeram-se de desentendidas.
"Hã?" -Yuki.
"Assumir? Que? Não entendi" -Tee.
"Não se façam" (risos)-Mon.
Ficamos mais um tempo com as meninas e fomos para casa da Sam.
[...] Casa da Sam.
"Daqui a pouco vou ir em casa querida" -Mon.
"Você prefere ir sozinha? Para sua mãe se sentir mais a vontade?" -Sam.
"Sim querida... Acho melhor ir sozinha dessa vez" -Mon.
"Voltará para dormir?" -Sam.
"Sim querida" -Mon.
[...] Algum tempo Depois, casa da Mon.
Assim que entrei em casa senti um calafrio, um medo. Logo, papai veio até a mim.
"Oi querida... Dia cheio? Venha ela está lá fora" -Aon.
Fomos até a área externa, e quando minha mãe viu que era eu virou a cara.
"O que está fazendo aqui? Foi você que a chamou Aon?" -Phon.
"Acalme-se e converse com sua filha" -Aon.
Ele saiu nos deixando a sós. Sentei ao lado dela e comecei a falar.
"Alguns clientes já estão entrando em contato para voltar... Estamos resolvendo tudo mãe. Fomos a delegacia... O nosso relacionamento não foi o problema, e sim o preconceito da avó dela, porque é tão difícil mãe? Difícil de vocês entenderem nosso amor?" -Mon.
"Eu imaginava te ver casar e ter filhos..." -Phon.
"E ainda pode ver, se eu quiser fazer essas coisas eu posso." -Mon.
"Como Mon? Casamento entre mulheres aqui é proibido... E filhos... Não seriam seus biológicos." -Phon.
"Se eu e Sam quiser, casaremos. E os filhos, adotados ou não, ainda sim seriam meus filhos mãe!" -Mon.
[...] Silêncio.
"É isso que voce realmente escolheu para sua vida?" -Phon.
"Não é escolha mãe... Foi algo que aconteceu, eu amo a Sam." -Mon.
"Mas, e o Nop?" -Phon.
"Nop? Eu e Nop nunca fomos nada além de amigos, você sabe mãe!" -Mon.
[...] Silêncio novamente.
"Eu não concordo com isso mon... Mas te amo muito, e quero entender tudo sobre vocês." -Phon.
Meus olhos encheram de lágrimas e eu a abracei.
"Obrigada mãe, por estar tentando entender." -Mon.
[...]