[...]
Chegamos no quarto, Sam sentou-se no sofá que ficava pertinho da janela e ficou olhando a vista.
"Sua família me faz lembrar dos meus pais... Eram cuidadosos e gentis igual a eles" -Sam.
"Quer falar deles? Eu gostaria de saber mais" -Mon.
"O que você quer saber querida?" -Sam.
Deitei no colo de Sam e fiquei a olhando de baixo.
"Hum... Me conte alguma história que você sempre lembra" -Mon.
"Tá ok... Hum... Teve uma vez, que eles foram para outra cidade para mamãe fazer alguns exames, e eu fiquei com a avó. Eu tinha uns 7 ou 8 anos, e ficamos eu, Phoom e Cher.
O pai de Cher visitava ela as vezes, e ele trouxe uns doces, quando ele viu que eu e Phoom estava lá... Ele escondeu todos e deu apenas um para Cher..." -Sam.
"Quem faz isso com crianças!" -Mon.
"Ele era um grosso... Cher foi na cozinha e quebrou o pirulito para dividir (risos). Esse dia já era o terceiro dia que eu estava lá, nesse dia meus pais chegariam, quando eles chegaram... Phoom foi contar tudo pro meu pai, Phoom tinha meu pai como um pai também... Meu pai ficou indignado, ele foi até o centro na mesma hora, mamãe não entendeu nada... Quando voltou, estava cheio de doces, salgadinhos e frutas..." -Sam.
"Seu pai é incrível (risos) e aí?" -Mon.
"Ficamos muito felizes e fomos pro quintal da vovó brincar e comer, Cher disse 'o tio é o melhor pai, o meu é ruim', e Phoom falou assim 'eu queria ter um pai igual ao tio'... Meu pai era um homem tão bom, senhor Aon me lembra muito dele, ainda mais ele indo até o Nop te defender (risos) meu pai faria isso" -Sam.
"Eu quero muito ter conhecido ele... Imagino o quão incrível seus pais eram, você é o espelho deles!" -Mon.
"Vou te contar uma sobre a mamãe... Quando eu estava no ensino médio, eu me sentia mal em relação a minhas amigas, porque elas sempre tinham dinheiro para os passeio e roupas da moda, eu como era bolsista não podia ter isso tudo. E uma vez uma menina fez um tipo de bullying comigo, Tee estava por perto e bateu na menina(risos)..." -Sam.
"Tee fez isso?" (Risos)-Mon.
"Sim, ela fez(risos)... Mas mesmo assim fiquei muito mal com o que a menina falou, cheguei em casa muito triste e mamãe percebeu... Ela veio até a mim, sem pergunta e sem saber o que tinha acontecido e começou a falar comigo... Disse coisas lindas e super inteligentes, no fim da conversa eu já ria igual um boba e nem me lembrava porque estava mal" -Sam.
"Que lindo querida" -Mon.
"E no final ela falou, 'não esqueça que você está onde deveria estar... Não esqueça o quanto mereceu isso, não esqueça que seu sorriso é lindo e brilhante... O seu caráter está em você pequena e não no seus bens materiais'... Ela saiu do quarto e eu fiquei refletindo. Eu nunca contei sobre o bullying mas, de alguma forma ela sabia certinho o que me falar" -Sam.
"Caramba querida... As mães sempre sabem né? Sua mãe foi perfeita, tenho certeza que as palavras dela mudaram tudo na sua cabeça" -Mon.
"Mudou sim... Nunca mais me importei com o que eu não tinha, e sabia valorizar o que eu já tinha... Mas enfim querida. Você ficou dois dias sem ir ao escritório, não tinha coisas importantes? E o caso do cliente que vai processar a Phailin?" -Sam.
"Bom, ontem tinha duas reuniões... Yah remarcou. Hoje eu tinha que conversar com um cliente para abrir um processo e tinha que analisar algumas coisas, mas posso fazer amanhã... Sobre o caso do meu cliente, vai ter uma audiência com eles e as testemunhas..." -Mon.
"Quando é? Essa briga te desconcentrou não foi?" -Sam.
"Eu precisava esfriar a cabeça antes de ir para o escritório... A audiência será semana que vem." -Mon.
*Celular toca*
"É o Phoom!" -Sam.
["Alô?"] -Sam.
["Sam conversei com a Akemi... Iremos para aí amanhã"] -Phoom.
["Ok... Estarei esperando vocês"] -Sam.
"Phoom virá com Akemi amanhã... Irá conhecê-la..." -Sam.
"Sim querida." -Mon.
"Kirk vai ir conversar comigo amanhã... Sobre a floricultura" -Sam.
"Que bom querida! Isso vai ser incrível!" -Mon.
[...]Não esqueçam de votar e comentar, beijinhos da autora!!!
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GAP: Entre dois mundos
RomanceFanfic criada com inspiração em Gap the series. Na fanfic, Sam passa a ser dona da floricultura dos pais quando os mesmos morrem. Mon é uma advogada que tem sua própria advocacia. A partir do dia que Mon entra na floricultura pela primeira vez, o ro...