egoísmo

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"me perdoa pequena... Eu estou tão envergonhado e arrependido, me perdoa por favor" -Phoom.
Phoom disse isso e as lágrimas começaram a rolar pelo seu rosto.
[...]
"Eu sei que fui horrível... Eu sei que você não vai confiar em mim depois disso..." -Phoom.
"Eu sinceramente, não entendo porque agiu tão grosso comigo." -Sam.
"Nem eu Sam. Eu me senti encurralado. Na verdade eu gosto da Nita e quando você falou aquelas coisas eu fiquei com medo..." -Phoom.
"Você gosta da Nita? Você está mentindo para mim ou para si mesmo?" -Sam.
"Você não sabe dos meus sentimentos Sam... Eu estou olhando ela com outros olhos e estou gostando dela." -Phoom.
"Ok Phoom. É a sua vida... Eu só não quero participar dessa mentira, estou indo..." -Sam.
"Sam..." -Phoom.
"Que?" -Sam.
"Me desculpa!" -Phoom.
"Está tudo bem." -Sam.
Virei as costas e me retirei do cômodo, mandei uma mensagem dizendo para Mon ir me pegar. Desci as escada e a avó estava lá.
"Onde está indo?" -Avó.
"Embora" -Sam.
"Sam quando você vai pensar na sua família? Somos os únicos que você tem" -Avó.
"O que tá querendo dizer?" -Sam.
"Você é egoísta Sam... Eu estou doente, eu posso morrer a qualquer minuto, seu primo vai se casar e você parece que não apoia. O kirk é um ótimo rapaz e..." -Avó.
Eu a interrompi, não acreditei no que havia escutado.
"Egoísta? Eu nunca faço nada por mim! A única coisa que eu quero fazer é não me casar e você quer me forçar?" -Sam.
Nessa hora eu aumentei o tom da voz.
"Não aumente o tom para mim Sam! Eu só quero o melhor para você! Não queira ser a responsável por fazer minha saúde piorar..." -Avó.
Nesse momento eu não tive força para responder, olhei para cima e Phoom estava lá na ponta da escada, fazendo um gesto negativo com a cabeça quase que pedindo para eu não continuar a discussão.
Eu virei as costas e corri de lá, só escutei a Avó gritar meu nome umas duas ou três vezes.
Eu fui para o posto que ficava próximo da casa da Avó e pedi para Mon vim o mais rápido possível, eu estava chorando novamente.
[...] Minutos depois.
"Ainda bem que você chegou" -Sam.
Eu abracei Mon com tanta força, o abraço, a presença dela me dava força.
"Estou aqui querida. Venha entre no carro." -Mon.
A gente entrou no carro, mon me acalmou e me deu água.
"Eu sou uma péssima pessoa." -Sam.
"Que? Jamais repita isso! Você é incrível!" -Mon.
Eu contei para Mon tudo que havia acontecido, cada palavra que minha avó direcionou a mim.
E Mon como sempre me trazendo conforto, suas mãos acariciavam minha perna gentilmente enquanto seus olhos me davam total atenção.
"Querida, não importa o que sua avó diz... Eu sei que devemos repeito aos mais velhos, mas isso não quer dizer que eles não erram e não mitam. Isso que sua avó te disse é uma grande mentira... Você não é egoísta..." -Mon.
"Eu me sinto péssima..." -Sam.
"Querida olhe para mim... Não chore" -Mon.
Ela pegou meu queixo fazendo com que nossos olhos se encontrassem.
"Você é incrível! Você cuida da floricultura porque era o sonho de sua mãe, você continuou com a casa porque era o sonho do seu pai. Você ter se afastado da sua avó, foi para continuar o sonho dos seus pais... Como você acha que isso é egoísmo? Você é incrível Sam!" -Mon.
[...]
"Você não querer se casar ou apoiar uma coisa que você não concorda não é ser egoísta amor..." -Mon.
As palavras de Mon me deram um conforto e uma certa paz no coração. Eu consegui parar de chorar e pensar.
"Obrigada coelhinha, você é tão incrível" -Sam.
Ela me deu um abraço apertado e ficamos nele durante alguns minutos.
"Vamos para casa?" -Sam.
"Vamos querida" -Mon.
[...]

(Capítulo bônus para hoje)

GAP: Entre dois mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora