Sorte no Amor¹ ━━ Gabigol

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📍 𝕋𝕒𝕟𝕘𝕖𝕣, 𝕄𝕒𝕣𝕣𝕠𝕔𝕠𝕤
📆 07 de Fevereiro de 2023

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Anna se mexeu na cama do hotel, bufando ao voltar a encarar o teto, sem mais uma vez conseguir dormir, mesmo que já se passasse das duas da manhã. Seria um dia importante ao amanhecer, finalmente a disputa da semifinal pelo Mundial de Clubes, e o Flamengo jogaria contra o Al-Hilal, pela vaga na final. A semana já tinha sido conturbada para Anna, principalmente com a festa de despedida de João, para ir a Inglaterra jogar pelo Wolves.

Precisou passar horas consolando Gardênia, após a volta do aeroporto, que chorou até dormir, e foi a primeira vez que Anna já a tinha visto assim, apaixonada e demonstrando o que sentia sem medo, João tinha esse poder.

Íris também tinha tudo uma semana ruim, brigou com os pais e disse que sairia de casa, realmente saiu, e comprou um apartamento, próximo a onde morava antes, só sabia que não voltaria para a casa dos pais. Anna apoiava muito, mesmo que soubesse que ela viveria ainda mais na sua casa, do que no novo apartamento. Teve que consola-la e ouvi-la também. Gabriel viajou mais cedo com o time, e ela havia chegado a um dia, mal tiveram um tempinho juntos antes dele viajar.

Mas o que importava era...

— Isso lá é hora. — Resmungou, virando na cama outra vez ao ouvir o telefone tocar. Desfez a carranca, quando leu o nome de Gabriel na tela. — Oi. — Disse, ao atender a chamada de vídeo e quase derretendo como manteiga na frigideira.

— Sabia que insônia é falta de terapia? — Murmurou ele, e ela desfez o sorriso, arrancando uma risada dele. — Oi gatinha.

— Não era pra você estar dormindo? — Indagou, ficando de lado na cama, e imaginando que do outro lado estava ele. Ao invés do celular.

— Sabia que vive no conseguiria dormir, porque não sabe dormir sozinha, e então eu não consegui dormir sem saber se você estava dormindo. — Fez uma careta ao explicar, e Anna riu assentindo.

— Onde você esconde sua bola de cristal? — Franziu o cenho, e demorou só dois segundos, até ele abrir um sorriso malicioso. — Nojento. — Riu.

— São perguntas que se respondem sozinhas, querida. — Deu de ombros, e Anna rolou os olhos. — Mas, eu conheço muito bem você.

— Conhece mesmo. — Fez um beicinho. — Mas e aí, ansioso pra amanhã? — Mudou de assunto.

— Já tá me dando uma dor de estômago, um teto preto. — Gabriel fez drama, e ela quase revirou os olhos, mas ela se encontrava da mesma forma.

Era a primeira vez dela, assistindo uma competição fora do Brasil, junto do seu time do coração e com o cara que amava. Isso era motivo o bastante para surtar, e ela estava surtando. Paloma ficou horas conversando com ela, pra fazê-la aliviar da ansiedade, mas nada pareceu fazer feito. Ela não era o Gabriel, e nos últimos dias, só ele vinha sendo a calmaria dela.

— Estou confiante que vocês irão vencer, e ser os bicampeões mundiais. — Falou, ousando da sua sinceridade e talvez sorte. Bom, tudo que os envolvia era de sorte mesmo.

— Se você estiver lá, já serei um campeão. — Respondeu, também sendo sincero. — Estou nervoso, não vou negar, é o mundial e é meu sonho. Então, eu tô uma pilha.