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📍ℝ𝕚𝕠 𝕕𝕖 𝕁𝕒𝕟𝕖𝕚𝕣𝕠, ℝ𝕁
📆 21 de novembro de 2022

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Já se passara da meia-noite quando Anna bocejou e anunciou estar com sono, já havia assistido vários filmes e Gabriel adorou Orgulho e Preconceito - tem como não amar? -, deu vários beijinhos nela ao fim do filme. Ambos subiram para o andar de cima, tomaram banho separadamente e deitaram na cama, mais uma vez ela pediu para que ele dormisse com ela, só que dessa vez, estavam no quarto dele.

Era grande, espaçosos e cheiroso. Tudo milimetricamente organizado, tinham vários quadros dele nas paredes e tudo tinha a cara e jeitinho dele. Um santuário de Gabigol, Gabi e Lil Gabi em um só lugar.

O jogador estava agarrado a ela, suas costas estavam grudadas no peitoral dele, um dos braços estava sob sua cabeça e o outro sobre sua cintura, a mantendo ali. Anna fazia desenhos aleatórios na mão dele, repousando em su barriga um pouco a mostra. Estavam em silêncio, esperando o sono vir mas até então, nada.

— Posso fazer uma pergunta? — Gabriel quebrou o silêncio, e ela girou na cama, para olhá-lo, assentiu assim que voltou a se aconchegar ali. — Porque não se dá bem com seu pai?

— É complicado. — Respondeu, pensando se valia a pena tocar no assunto. — Ele foi babaca com a minha mãe no divórcio, e hoje em dia ele é casado com a amante dele. — Fez uma careta.

— Puts gatinha, sinto muito. — Disse de forma sincera, acariciando o rosto dela com cuidado.

— Nós dois brigamos muito, e as vezes ele fala como se eu não fosse filha dele ou como se não importasse muito. — Aquilo fez o coração dela apertar. — São raros os momentos que a gente se dá bem, mas acontece. No primeiro dia do ENEM, foi super de boa, ele me levou pra fazer a prova, a gente descontraiu, mas se eu precisar dele agora, ele vai me xingar de vários nomes, e me chamar de interesseira. — O nó na garganta, falhou um pouco sua voz e ela desviou o olhar de Gabriel, deitando a cabeça no peito dele.

Se ela a chamava de interesseira, sem nem precisar dele para quase nada, imagina se soubesse que ela estava na cama de um jogador de futebol. Não nua, não por dinheiro e nem nada, mas só por estar lá.

— Desculpa mas, se um dia ele fizer mal a você de novo, posso bater nele? — Perguntou tentando quebrar o clima tenso, e ela riu elevando o rosto a ele de novo. — Sério, eu tô igual aquele meme, pra matar ou pra morrer.

— Não fala besteira. — Resmungou, e com a tentativa de mudar de assunto, se não desabaria em choro ali, ela se aproximou devagar e ficou bem mais próximo do rosto dele.

A mão de Gabriel seguia em seu rosto, e agora a puxava pra selar suas bocas outra vez. Dessa vez, Anna moveu os lábios devagar, cedendo passagem a língua do jogador, que segurou em sua nuca, afastando os fios de cabelo que pudessem atrapalhar. Ela arfou com o choque de suas línguas, sentindo cada célula do corpo esperar por mais. Devagar, foi criando intensidade, e agora, ele a deitava no colchão, se encaixando entre as pernas dela.

A morena passou as unhas nos braços tatuados — que se apoiavam na cama para segurar o próprio corpo —, em seguida pelas costas, arranhando devagar as tatuagens desenhadas ali, por debaixo da blusa. Já tinha perdido os sentidos, quando um volume no shorts de dormir dele tocou contra sua intimidade, gemeu sem querer contra os lábios dele, o puxando para mais perto. Gabriel sorriu contra o beijo, os girando a deixando por cima do seu colo.

Sorte no Amor¹ ━━ GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora