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meta de comentários: 60 🔒
né que deu certo
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📍ℝ𝕚𝕠 𝕕𝕖 𝕁𝕒𝕟𝕖𝕚𝕣𝕠, ℝ𝕁
📆 17 de dezembro de 2022

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— Não sei se te agradeço, ou se te dou uma bronca. — Anna resmungou.

Estavam sentados nos bancos do balcão da cozinha, enquanto ela o ajudava a fazer um curativo na mão, que estava só um pouco inchada e avermelhada, não tinha machucado tanto quanto a cara de Marcos. Gabriel enfaixava a mão, com um sorriso no rosto, como se tivesse acabado de ganhar uma final de Libertadores.

— Não ia deixar aquele babaca falar assim com você. — Respondeu, passando um esparadrapo na faixa que colocou. Moveu os dedos e viu que estava bem firme, isso já tinha acontecido antes, já estava acostumado com a mão precisando e curativos.

Minha mulher. — Repetiu tentando imitar a voz dele. — Muito possessivo, você não acha? — Não escondeu o sorriso quando ele a olhou.

— Não, não acho. — Respondeu, descendo do banco que estava sentando, e se aproximando mais dela. — Sou um pouco territorialista. — Deu de ombros.

— Defeito do Lil Gabi?

— Defeito do Gabriel. — Fez uma careta. Segurando no rosto dela, com a mão livre de machucados, respirando fundo. — Não vou deixar que nada machuque você, ouviu? — Disse. — Aquele cara pode ter te machucado, mas isso nunca mais vai acontecer. Prometo.

— Obrigada. — Sussurrou. — Obrigada por me defender, por cuidar de mim quando eu preciso. — Sorriu, pra esconder os olhos meio marejados. — Sorte a minha ter quase perdido aquela prova.

— Sorte a minha ter quase te feito perder. — Ressaltou, gravando cada detalhe do sorriso dela, do rosto dela. — Sorte a minha ter te conhecido, gatinha.

— Meu jeitinho. — Piscou um dos olhos, repetindo a frase dele.

O jogador negou com a cabeça, e selou suas bocas em um beijo delicado, arrancando um suspiro de Anna.

— Você não pode sair batendo em ninguém, viu? — Quebrou o beijo, encarando o jogador com seriedade. — Os sites de fofoca já falam maravilhas a seu respeito, imagina se isso vazar.

— O Fabinho sempre da um jeito. — A tranquilizou.

— Eu seu que da Gabriel, mas vamos evitar sempre que pudermos? — Inclinou um pouco a cabeça o vendo assentir. — Pelo menos, sei que ele não vai dar parte de você.

— Como assim?

— Tenho provas de todas as agressões, vídeos, fotos e exame de corpo de delitos. — Respondeu. — Não prestei queixa, porque o pai dele ameaçou me tirar minha mãe do emprego dela, ela trabalhava em uma das clínicas dele. — Explicou. — Então eu guardei tudo, por isso ele não vai denunciar, ou vai ser preso.

— Você deveria ter denunciado isso também Anna, onde já se viu? — Falou indignado.

— Tudo o que eu quero dessa família, é que apodreça. — Deu de ombros, descendo d ei de estava sentada. — Sei que não está certo, mas quando não tem muita opções, a gente abraça as únicas que não dão.

— Amanhã vou falar com meu advogado, e vamos prender esse filho da puta. — Cruzou os braços, bufando em irritação.

— Não! — Murmurou, tirando as sandálias de salto dos pés e carregando-as. — Vamos deixar isso debaixo de um dos muitos tapetes dessa casa, e fingir que nossa vida é um morango.

Sorte no Amor¹ ━━ GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora