Memória Física

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• Pov Dulce •

Ucker: Não vai querer saber o que estou pensando em fazer com você agora.
Dul: Mostre-me.
Ucker: Tem certeza disso?
Dul: Tenho.

Ele segurou firme a minha cintura e me beijou. Suas mãos deslizavam pelas minhas costas nuas e me puxavam para mais perto dele. Eu podia senti-lo pulsar por cima da calça. Eu o queria. É fato. Não sei por quê, nem como cheguei até aqui, dado que há poucas horas mal podia suportar sua presença, mas ele me prendia e eu não conseguia mais ir contra isso. O jeito que ele olhava pra mim, o desejo em seus olhos, me causava arrepios. O cuidado em seu toque, sua preocupação com os sentidos que estava despertando em mim, a forma com que meu corpo reagia e vibrava em suas mãos...
Ele desceu de leve uma das mãos até minha bunda e deixou sua marca nela.
Mordi os lábios e seguei-me pra não gritar.
Estímulos de dor e prazer facilmente se confundiam em minha mente e eu queria mais disso, mais dele... Era a medida perfeita entre o toque suave e o extremo exagero. Eu podia sentir a segurança com que ele o fazia. Parecia saber a exata dose de satisfação que aquilo me proporcionaria, como se dominasse meu corpo. E pela primeira vez, eu gostava de estar fora de controle.
Seus próximos passos eram um mistério e eu estava exposta e entregue, permitindo, sem pensar, que me conduzisse. E ele não me decepcionava. Parecia ler minha mente, decifrar minhas vontades, antes que eu mesma pudesse reconhecê-las em meio àquele turbilhão de sensações.
Ele pressionou-me ainda mais em seu colo e sabia que aquilo estava me deixando louca... Tinha vontade de implorá-lo pra me foder de uma vez, mas sabia que quanto mais adiássemos o ato, mais demoraríamos pra terminar e eu não queria que aquele momento acabasse. Há tempos não me sentia tão molhada.
O sexo com ele sempre foi incrível, nossa sintonia sempre esteve além da minha compreensão. Mas agora... A vontade reprimida por tanto tempo, o reencontro dos nossos corpos após anos sem se tocarem, tornava tudo diferente... mais excitante... Memória física...
Ele deslizava seus dedos sob minha coxa e alternava o foco entre meus olhos e minha boca. Um frenesi de pensamentos invadiam minha mente e o presente fundia-se com lembranças passadas. Como uma sequência de deja'vis descontrolados, que nos passava de completos desconhecidos à amantes intrinsicamente ligados, com milhões de sentimentos e sensações resgatados de uma só vez em curtos espaços de tempo. Como se ele nunca tivesse partido.
Era uma droga. Por mais que eu quisesse recusá-lo, mais eu cedia ao seu toque e quanto mais ele me tocava, mais eu desejava que me tocasse.
E ele o fazia com tal destreza que parecia identificar copiosamente cada centímetro sensível do meu corpo. Sabia exatamente onde estavam meus pontos fracos e os explorava com inteligência.
Ele levantou-se, com minhas pernas ainda acopladas a sua cintura e eu apoiei os braços ao redor do seu pescoço. Ele me levou até a cozinha e me colocou em cima do balcão. Se posicionou entre as minhas pernas e me agarrou enterrando o rosto em meu pescoço. Inclinei-me para trás derrubando o que acredito ter sido algum arranjo decorativo.

Dul: Merda... -Disse virando-me para tentar pegá-lo.
Ucker: Ei, não importa. - Disse passando o braço ao redor do meu corpo e jogando o arranjo no chão.

Ele dirigiu-se aos meus peitos e eu não podia me conter de tanto prazer. Os chupava com tanta vontade e os estimulava de um jeito que me fazia perder a cabeça. Deslizei as unhas pelas suas costas e desci até sua cintura. Coloquei uma mão por dentro da sua calça e a deslizei pela sua cueca. Seu membro parecia uma pedra e se descontrolara com meu toque. Eu não estava suportando mais, precisava senti-lo.

Ucker: Candy...

Me agarrei em seu corpo e pressionei minhas pernas contra ele, puxando-o para mim. Ele parou e levantou-se me encarando.

Ucker:  Hey... - Disse passando delicadamente a mão pelos meus cabelos - É isso mesmo que você quer?
Dul: Sim...

Ele inclinou-se e deslizou o polegar sobre os meus lábios. Introduziu os dedos em mim outra vez, me fazendo suspirar. Seus dedos saíram encharcados e ele os levou até a boca se deliciando com a língua entre eles. Conferindo se era seguro avançar. Mal sabia ele que sentia minha vagina ceder a cada vez que se aproximava dela...
Ele me puxou para si e segurou minhas pernas acima da sua cintura. Apoiei as mãos sob o balcão enquanto ele se ajustava.
Eu rebolava sob ele, quase que involuntariamente. Ele sorriu. Segurou-me com mais firmeza e me adentrou. O fez devagar enquanto se mantinha fixo nos meus olhos.
Ele estava louco desejo, podia senti-lo espasmar freneticamente dentro de mim. Rebolei para que me adentrasse mais e essa foi sua deixa para que perdesse o controle... Ele me fodeu como nunca. Era... inexplicável... Ele me segurava com força pela cintura e metia num ritmo perfeito. Por um instante, parecíamos um só.
Meus seios se demanchavam colados em seu corpo. Ele deslizava com tal facilidade que me fazia perder a cabeça. O barulho dos nossos corpos chocando-se contra o mármore ecoava em minha mente e só tornava tudo ainda mais excitante. Eu queria gritar de prazer, mas me contive com as mãos sob a boca.
Num movimento simples, ele as puxou, entrelaçando-as nas suas.

Ucker: Eu quero ouví-la. Não ouse a tapar a boca outra vez. Entendeu?

Confirmei com a cabeça. E ele penetrou ainda mais fundo.

Dul: Aahhhhhhhhhh.
Ucker: Seria um castigo me privar da delícia que é te ouvir gritar assim.

Meus olhos reviravam-se. Saber que sentia prazer ao me ouvir gritar, me dava mais vontade ainda de fazê-lo, os gemidos escapavam como o ar pelos meus lábios.
Nossa conexão fazia tudo parecer tão tão simples, descomplicado... A forma com a qual nossos corpos se entendiam sem que disséssemos sequer uma palavra, bastava para que eu me sentisse segura. Eu não estava nem um pouco preocupada com as horas seguintes, já havia me desmanchado em euforia em seus braços e a essa altura não havia mais como tentar esconder o que estava sentindo.
Ele estava completa e totalmente focado em mim e isso me impressionava e até me assustava um pouco. Não estava acostumada com esse tipo de atenção. Mais do que o simples ato, ele lia meus movimentos, cada um deles. E cuidadosamente interpretava o que eu queria que fizesse a seguir. Apertei suas mãos com força, numa tentativa de fazê-lo ir mais fundo.
Ele parou por um instante, puxou minha cintura e com seu membro ainda encaixado, virou-me de quatro. Subiu com uma trilha de beijos molhados pelas minhas costas e eu abaixei a cabeça, extasiada.
Ele tirou meus cabelos do rosto e beijou meu pescoço.

Ucker: O que você quer de mim, Candy? Me diz...
Dul: O quê é que você precisa tanto que eu fale?
Ucker: Preciso que seja clara comigo. Estou entregue, como sempre estive. Devoto a você. A cada respiração sua, eu te desejo ainda mais. Nunca deixei de desejá-la, você me deixa louco e acho que isso está mais do que claro.

Seu membro pulsava dentro de mim. Ele continuava depositando beijos molhados pelos meus ombros como se sua boca se desmanchasse ao encostar em meu corpo.

Dul: Ucker...

Ele enlaçou um dos braços em minha cintura e começou a me masturbar, lentamente, mas num ritmo suficientemente prazeroso pra me tirar do sério. Inclinei-me para que me adentrasse mais, mas ele permaneceu parado.

Ucker: Só quero que diga, que quer isso tanto quanto eu. Que quer a gente.
Dul: Ucker...

Ele continuava a provocar-me e eu senti meus joelhos fraquejarem. Filho da puta. Tinha que achar um jeito de me recompor.
Segurei sua mão interrompendo os movimentos e respirei fundo.

Dul: Apenas quero que me foda como se fosse a última coisa que fosse fazer na vida.

Ele sorriu enquanto eu o encarava de costas pra ele. Um sorriso malicioso  e pretensioso que sabia onde eu queria chegar. No fundo ele sabia que não iria me ouvir dizer desesperadamente que o queria. E o jeito que revirou os olhos ao ter minha resposta confirmava isso.

Ucker: É suficiente. Por hora...

Ele me puxou colando minha bunda em sua cintura. Curvou minha coluna, segurando meus seios por baixo e meteu com força. Outro deja'vi invadiu minha mente naquele instante e mergulhei no momento, me permitindo sentir o prazer que há tempos não sentia. Delícia de memória física...

Continua...

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