II. Prazeres e Risos

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— Não Simone, é a hora da minha. — a empurrei e coloquei meu pé em seu peito enquanto me escorava com as mãos no mármore.

Ela sorriu para mim de forma sugestiva e começou a beijar meus pés, traçando uma trilha fina e molhada de beijos por cada pedacinho da minha pele, meus ralos pêlos entregava o quanto o toque dela me fazia estremecer. Simone e eu tínhamos uma relação muito boa, até chegar nesse momento que bom, foi a melhor coisa que poderia me acontecer. Ela era tão linda, a sua pele alva, branquinha como a neve; as suas curvas acentuadas; seus seios fartos, branquinhos e rosa; a maciez da sua pele; seu cheiro doce; a pequena marca de nascença que eu tanto adorava; seus dedinhos gordinhos e talentosos, levemente enrrugadinhos e lindos; mas a coisinha que eu mais adorava era seu rosto, suas bochechas redondinhas e levemente corada; suas marcas de expressão que deixava tudo maravilhoso; a marquinha em seu queixo que ficava ainda mais visível quando sorria; seus olhinhos pequenos e brilhantes; seu nariz perfeitamente esculpido; suas pintinhas; suas sobrancelhas, que hora está certinha e hora está uma bagunça, confesso; a olheira, ah essa olheira de quem não dorme é um charme, eu sou apaixonada nesse detalhe fofo; até as falhas que existe em seus cabelos me cativam; Ela era tudo isso e muito mais, eu não me cansava de olhá-la e contemplá-la e dizer-lhe isso sempre que eu podia.

Agora encarando-me ela sorrir mais uma vez antes de colar nossos corpos e me beijar, um beijo calmo, delicioso. A forma que sua língua procurava espaço e puxava a minha para seu encontro, adorava quando ela me beijava assim, podia sentir todas as sensações inimagináveis, ela era tão minha.
A minha Simone.

A forma que ela balançava a cabeça, mexia em seus cabelos e umedecia seus lábios era a visão que eu amava com todas as minhas forças, era tão lindo que eu perdia completamente o rumo de qualquer coisa que eu estivesse fazendo. Ela sabia disso e se aproveitava, antes mesmo que eu pudesse recobrar os sentidos, ela dava uma gargalhada rouca e falha me fazendo viajar mais ainda em pensamentos antes de me trazer a vida novamente em um beijo quente e novamente calmo.

Agora, Marisa Monte tomava conta do ambiente, ainda sentada no mármore gelado, sentindo o corpo quente dela colado no meu, suas mãos passeando hora por minhas costas, hora por minha cintura. Segurava seu rosto, perto do maxilar e aprofundava ainda mais o beijo, calmo como no início.

Me separei do beijo, a encarando com um sorriso, seus lábios inchados e avermelhados, seu rosto corado e sua respiração ofegante me fazia sentir borboletas.

Lembro quando ela me enviou a música - Quem sabe isso quer dizer amor - e aqui estamos, juntas, apaixonadas e o que eu mais queria naquele momento era amá-la e era o que eu iria fazer.

Desci do mármore ainda colada em seu corpo, a guiei até o tapete da sala, deitei seu corpo devagar e admirei por alguns segundos. Voltei à cozinha e peguei mais vinho; Voltando, eu não a avistei no tapete e quando me virei novamente ela surgiu, me abraçando pela cintura e me puxando para uma dança, toda sem jeito a minha menina.

Hoje eu sonhei que ela voltava

E vinha muito mais que linda

À meia luz me acordava

Cheirando a flor de tangerina


Eu lhe amava e mergulhava

No seu olhar de onça menina

E docemente me afogava

Em suas águas cristalinas


AMOR & SEXO - [ Simone x Soraya ]Onde histórias criam vida. Descubra agora