🐺 𝐄𝐍𝐕𝐎𝐋𝐓𝐎 𝐄𝐌 𝐎𝐔𝐑𝐎 ─ 𖥻sterek

14.

"Alguém me falou há muito tempo
Que há uma calmaria antes da tempestade
Eu sei, vem vindo há algum tempo
Dizem que quando terminar
Choverá num dia ensolarado"
— Have You Ever Seen The Rain? by Creedence Clearwater Revival.
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Ele acorda com a cabeça apoiada no peito nu, e parece tão quente, seguro e certo que ele nem registra onde está ou a posição em que está, apenas vira a curva do nariz para a garganta da pessoa, enganchando suas pernas. juntos com mais segurança. Um braço está pendurado em sua cintura, o calor de uma palma larga penetrando em sua camisa de dormir. Uma de suas próprias mãos está quente, a única parte dele sob as cobertas, mas em concha ao redor de um quadril nu. É apenas a sensação de pêlos ásperos roçando o interior de seu pulso com cada uma das respirações constantes do corpo debaixo dele que faz Stiles abrir os olhos.

Ele esperava que Derek ainda fosse um lobo quando acordou, então ele leva um momento para registrar como ele chegou aqui quando ele tira sua bochecha do ombro nu de Derek e olha para seu peito nu, seu estômago, seu...

Ele suspira. A ponta dos lençóis foi puxada do outro lado da cama para cobrir mal a virilha de Derek, onde ainda estão deitados em cima das cobertas. É para lá que a mão de Stiles de alguma forma migrou, uma trilha feliz roçando seu braço. Ele para de respirar, olhando de olhos arregalados para Derek, que felizmente ainda está com os olhos fechados, os lábios entreabertos no sono e completamente inconsciente da posição em que estão.

Ele levanta a mão da pele de Derek e a solta, ainda prendendo a respiração, mas Derek não se mexe. Ele deveria se levantar, mas tentar mudar de posição fez com que o braço de Derek se apertasse ao redor de sua cintura, um rosnado baixo soando em sua garganta.

Ele hesita, raciocinando que seria rude acordar Derek do que é obviamente um sono tranquilo, e deita a cabeça para trás. Não queria te acordar. Essa é a desculpa dele. Nada a ver com viver uma fantasia milagrosamente entregue a ele em uma bandeja.

Ele não pode ver o Soulbite no pescoço de Derek deste ângulo. Isso torna tão fácil fingir, apenas por um momento, que é sua própria marca ali. Aquele Derek foi feito para ele. Mas esse pensamento apenas o torna vazio, um desespero amargo pesando em seu peito. Ele nunca deveria ter concordado em segui-lo até aqui. Agora ele sabe como seria acordar com ele todos os dias. Valeu a pena?

Ele levanta a cabeça, forçando-se a olhar para a mordida em seu pescoço, para o entalhe de cada presa que pode muito bem ter sido mordida em sua carne, e decide que não, realmente não valeu a pena. Mas era tão fácil não pensar nisso quando Derek era um lobo, insistente e brincalhão. Foi fácil sucumbir a essa desconexão. Mas agora já passa da meia-noite, o feitiço foi quebrado e ele voltou a ser uma abóbora – ou como quer que seja.

A saudade sufoca sua garganta com tanta força que ele quase vomita, e ele levanta a mão trêmula para tocar dois dedos sob as presas inferiores da mordida...

Ele afasta a mão enquanto um pulso vibra em sua visão, o brilho temporário de uma teia, veias em uma folha. Encantamento de Deaton.

Um arrepio percorre sua pele, não por usar a Centelha, mas por reconhecê-la.

Ele se senta, olhando para o Soulbite.

Ele experimentou essa assinatura antes, ou pelo menos parcialmente. Ele toca os dedos na pele de Derek, lançando a Centelha dentro dele para revelar os detalhes da teia, o emaranhado cruzado daquela linha contínua ziguezagueando para frente e para trás como um fio esticado e brilhante. Ele pode ver sua origem um pouco abaixo do lóbulo da orelha, o ponto mais escuro, o brilho aumentando à medida que se aproxima do final, até culminar em um ponto brilhante em sua clavícula.