Eai meus amores, uma ideia aproveitando o hipe de hogwarts legacy, já jogaram? Já zeraram? Qual a casa de vocês?
Enfim, espero que gostem.
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Sai de casa o mais rápido que pude. Eu precisava de uma distração, e rápido. Minha visão estava começando a escurecer e eu estava a segundos de perder o controle, só Deus sabe o que eu seria capaz de fazer com aquele saco de bosta que se diz meu tio. Tentei acender o cigarro, notando só agora o quanto minhas mãos estavam tremendo.
-S/n? Dia difícil?
Soltei uma lufada de ar pelo nariz, " filho da puta, que susto do caralho". Era óbvio que Sett estaria aqui, eu estava tão fora de mim que nem notei sua presença.
-Cara, se alguém faz ideia da merda que eu tô passando, esse alguém é você - Sett era um amigo de infância, praticamente um irmão. Sua família era tão problemática quanto a minha, e como não tínhamos ninguém para olhar por nós, um olhava pelo outro. - Me vê um de dez, vai, chegou na hora certa.
Ele abriu a mochila me entregando a erva enrolada em um saquinho comprido, junto com alguns pedaços de seda. Rasguei o pacotinho com os dentes, separando um pouco na palma da mão e ajeitando no papel, não que eu queira me gabar, mas eu era a mestra suprema em bolar um baseado. Acendi dando o primeiro trago, passando para Sett enquanto procurava o dinheiro em meu bolso.
-Por conta da casa. - falou empurrando minha mão com o dinheiro -Como a tia ta?
-Tá cada dia mais impossível de aguentar, não mudou muito- falei com um sorriso triste no rosto - Ela não levanta nem pra comer, não me olha no rosto porque eu sou " uma copia dele" - falei imitando a voz da minha mãe. - fala sério.
-Ela não tá mentindo - falou me empurrando com o ombro - Qual é s/n, se olha no espelho. Sem contar essa sua personalidade de cachorra sem dona.
Sentei no meio fio rindo um pouco, essa parte eu não tinha como negar.
-Sabe... Algumas vezes, antes de dormir, eu imaginava como seria a nossa vida se ele simplesmente sumisse, ou morresse. - senti meu peito doer, era a primeira vez que eu falava isso pra alguém, eu me envergonhava tanto desses pensamentos, eles faziam com que eu me sentisse culpada, mesmo sabendo que eu não tinha culpa de nada - Várias vezes na verdade. Eu só não esperava que quando isso acontecesse ele levaria minha mãe com ele. Mesmo ela estando aqui, ela não está, faz sentido?
-Mais sentido do que imagina... Seu pai era gente boa, mas eu sei que ele era outra pessoa dentro de casa. Não te culpo por ter esse tipo de pensamento, e você também não devia... - falava enquanto se sentava do meu lado - Eu vi o jeito que você saiu lá de dentro. Seu tio?
Traguei do cigarro de novo, lembrando do que tinha acontecido minutos atrás.
-Eu juro que um dia eu mato ele. - Minha cabeça estava baixa, encarava minhas mãos sem entender ao certo o que eu tinha feito para merecer isso tudo. As vezes esperamos que a vida tire algo do nosso caminho, ou nos de algo específico. Agora eu vejo que a mudança da minha vida tem que vir de mim. -Eu tô falando sério Sett, é a última vez que esse cara encosta em mim. Me segurei até agirá pela minha mãe, mas adivinha. Ela não se importa - senti meu corpo começar a tremer de raiva.
A família da minha mãe nunca se deu bem com a gente, digamos que larga-los por um alcoólatra, viciado não era bem o que eles esperavam dela. Isso porque eles não sabiam nem da metade.
Pra eles eu era um fruto podre que não devia ter acontecido, a porra da ovelha negra da família. Não que eu fizesse questão, na verdade eu daria de tudo pra me mandar desse inferno.
-Se precisar de ajuda, sabe que te arranjo a peça, a gente acaba com ele. Sabe que eu tô contigo- empurrei meu ombro contra o dele - Mas é um caminho sem volta s/n. Se eu pudesse te dar um conselho, seria para não fazer isso... Quer dizer, você tem uma vida, o que diria pra Alice?
-Ela não sabe de nada da minha vida, até parece que eu mudaria por um rabo de saia- Falei um pouco incomodada, eu gostava de Alice era uma amiga muito especial, mas eu nuca fui apaixonada por ninguém e provavelmente nunca serei. Alice era aquele tipo de pessoa que tem seu próprio brilho. E eu sou do tipo de apaga o brilho das pessoas aos poucos - Além de que ela não merece esse mar de bosta.
-Pois eu já tinha sentado a vara.
Revirei os olhos. Esse era Sett, tinha o dom de pegar uma conversa séria e acabar com ela em segundos.
-Porque você é um bosta... E quem disse que eu não sentei a vara nela? Talarico do caralho. - falei socando seu ombro - falando em bosta, posso dormir na sua casa de bosta?
-Mi casa, su casa, princesa. E tecnicamente, Talarico seria se eu pegasse ela, eu não peguei, só imaginei. - Falou enquanto esfregava o braço que eu havia socado. - Porque é tão violenta comigo? Um dia ainda caso com você bebê.
-Se sabe que eu tenho rola né? E bem maior que a tua.
-Infelizmente um fato que eu nunca vou esquecer, a mulher da minha vida tem uma vara maior que a minha.
-Boa noite Sett.
Me levantei rindo, começando a andar em direção a sua casa, assim que virei a esquina percebi algo esquisito, como se as luzes da rua se fossem se apagando aos poucos. Cocei os olhos e forcei na mesma direção. Elas realmente estavam apagando.
Olhei para trás apenas para notar que estava completamente sozinha naquela porra. Corri na direção oposta, esperando encontrar Sett no mesmo lugar, mas ele não estava mais ali.
-Que merda tinha naquele baseado? - Falei bufando. E como se não estivesse estranho o suficiente notei a porra de um gato começar a se transformar na minha frente. - Tá de sacanagem.
Cai no chão tendo certeza que em uma hora dessa eu já devia tá toda cagadinha.
-S/n, calma, não estamos aqui pra machucar você. - a senhora/gato me estendeu a mão - Vejo que temos muito a conversar.
-Eu acho que não tenho nada pra conversar com você.
-Minerva? O que faz aqui? - posso dizer que nunca estive tão aliviada em ouvir a voz do meu tio - S/n, levante antes que eu te dê um real motivo para estar no chão. Imprestável.
Ok, o alívio passou bem rápido. E antes que eu pudesse dizer qualquer coisa ouvi um estrondo e logo em seguida um pedaço do telhado começou a desabar. A tal Minerva rapidamente tirou algo de suas vestes, repetindo uma frase, fazendo a maior parte do telhado ficar flutuando por instantes. Digo a maior parte porque um pedaço de telha acertou a cabeça do meu tio antes de voltar a flutuar.
-Por isso precisamos conversar.
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Espero que gostem, foi apenas uma ideia, me digam se vale a pena ou não continuar, bjinhos
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Novo começo (g!p)
RomantiekS/n vivia em uma família totalmente desestruturada. Após a morte do seu pai, (que a abalou emocionalmente muito mais do que gostaria de admitir), havia percebido que estava sozinha. Sabia melhor do que qualquer outra pessoa que quando nos sentimos d...