Nas trocas e baldrocas daquele papel em suas mãos, Felix finalmente tinha chegado a uma conclusão que era: certos sítios do cartão brilhavam quando a luz incidia nele, de facto fora isso que o intreteve enquanto ficava 10 minutos a olhar.
Tinha colocado sobre a mesa todos os papéis das contas que tinha por pagar e chegara à conclusão que estava enterrado, não só até à cabeça, mas até ao último fio de cabelo.
2 025,30$ (1 900€/10 508,70 R$) era a despesa atual das cinco rendas, as duas contas da luz e uma de água, mas o outro abatido tinha noção que seria mais, pois com certeza o senhorio iria pedir-lhe um extra para continuar no apartamento, isso se ele deixasse tal.
Agora, aquele cartão parecia-lhe tentador, uma tentação que escondeu à pressa quanto Timóteo entrou na cozinha para ir buscar outra cerveja.
-Amor, tudo se resolve. -diz com um abalo de amorosamente, parando ao lado do mais novo.
Era isso o que mais irritava Felix, as mudanças de humor, num minuto irritava-se no outro era um amor, tudo falso era o que repetia para si.
-Não te martirizes. -beijou a testa do outro que fechou a cara tentando não dar nas vistas.
Falava ele assim porque não se matava a trabalhar para pagar os vícios dos outros e no final do mês continuar na merda.
Mal saiu, não foi preciso mais incentivo, as mãos pequenas marcaram o número e rapidamente fugiu para a mini varanda no fim do corredor, tendo a certeza de fechar a porta de vidro atrás de si.
-Estou sim? -questionou Felix por a chamada ser atendida, mas ninguém falar.
-Eu sabia que ias ligar...
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Frio ou medo? Não sabia, mas tremia... tremia e não era pouco.
Mesa do canto? Qual canto? Seria suposto ser aquela que está ocupada por um casal ou a do outro canto de 4 lugares?
A sua mente estava afogada em questões, mas lá se dirigiu para a mesa vazia, rezando para ser a certa.
Não muito depois a empregada apareceu, angustiado pediu só uma água e um pacote de açúcar, sentia que desmaiaria naquele momento, talvez ir embora tornava-se uma opção neste momento.
Estava a tomar muitos riscos por dinheiro, a sua imagem estava em jogo e os restos dos seus morais internos também, apesar de tal, aqueles papéis, as contas e os números ecoavam na sua cabeça, não havia escolha martirizava-se e ficava ali sentado encolhido.
Tinha chegado mais cedo 10 minutos e após 9 minutos de tortura, quando faltava 1 minuto para bater a hora do encontro, um homem de roupas pretas e vincadas, feitas a medida, transpôs a porta da hamburgueria, o cabelo negro amarrado num mini ponytail as feições esculpidas e rígidas... era bonito aos olhos de todos, não havia dúvida.
Não que Felix já não o soubesse, mas a falta de luz naquele evento com certeza não tinha favorecido o alto.
Sentou-se sem dirigir uma palavra e analisou o loiro, rindo-se de sua figura.
-Água com açúcar, ãhm?
Não obteve resposta, só Felix que bebeu um último gole de água de forma demorada.
-Só tens de ter medo para quando formos nós entre quatro paredes e sem espectadores.
Ao que parece a saliva também serve para engasgar, afinal Felix conseguiu tal proeza.
-Agora falemos de negócios. Como sabes eu quero foder-te e pago por isso 1 066,90$ (1 000€/5 526,01 R$) a cada vez...
-Só? -Felix tomou atitude.
-Só?! Não és profissional e não trabalhas para um local destes serviços. Estou-te a pagar bem para quem nunca trabalhou neste ramo!
-Ramo do sexo?! Não tem magia que o distinga de ser merecedor de ser bem pago ou mal pago! É só sexo!
-É uma arte prazerosa na minha perspectiva e sexo tem sim uma distinção no dinheiro. Para mais, creio que não estas numa posição para exigir muito...
Apanhado no pulo, não é mesmo Felix?
-Temos negócio feito?
-Não podes esperar que me contente só com essa informação...
-É informação mais que suficiente... -o homem inclinou-se sobre a mesa, alterado. -... eu pago-te, fodo-te, tu tens prazer, eu tenho prazer nada mais.
As coisas envergavam por um caminho no qual o loiro não queria, precisava de tempo, de fazer contas, tudo o que menos precisava era uma espada contra o pescoço.
-Preciso de tempo... -sussurrou, implorando.
-Já o tiveste antes de me ligares e digo-te, se chegaste ao ponto de me ligar é porque precisas do dinheiro desesperadamente, por isso para de enrolar e aceita a tua realidade. Tu vais aceitar... o dinheiro chama mais alto.
Detestava como o de cabelo negro o lia tão bem, com tanta experiência tinha a certeza que não era o primeiro.
Uns minutos e a impaciência ganhou, num movimento brusco Hyunjin levantou-se da cadeira, fazendo o seu sobretudo preto caro expandir-se de forma elegante.
-Espera! -Felix berrou, levantado. -Eu aceito. Já que não me vais dar mais tempo...
-O tempo foram os minutos em que passámos em silêncio, mas ainda bem que já chegaste a uma conclusão. Acompanha-me.
Não esperou pelo outro, fazendo o loiro correr uns metros para o alcançar.
-Posso saber o teu nome ao menos?
-Hyunjin.
-Idade? -Felix experimentou mais uma pergunta, com medo de estar a esticar a corda, não podia negar que o mais alto lhe metia medo.
-Para que precisas de saber?
-Curiosidade... -respondeu rápido pela rudez do outro.
-Tenta adivinhar.
Felix analisou o outro, parecia estar na casa dos 20 com certeza, bonito, rico, provável ter herdado a fortuna toda dos papás...
-Vinte e dois.
-Vinte e oito.
Uau! Felix pensou, nunca ninguém daria uma idade destas a um tipo daqueles, quer dizer, o tempo passou, mas Hyunjin parou na flor da idade.
-Entra! -ordenou o de cabelos negros despertando o loiro para a realidade.
O carro era um Range Rover vermelho, limpo, sem mossa alguma e sem uma única fina camada de pó.
-Vamos onde, mesmo?
-Ao paraíso meu doce....
Doce?
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Wrong Service-Hyunlix
Hayran KurguHyunjin é um homem casado com filhos, dono da grande construtora civil "Hwang Build". Rico, jovem, perverso, frio e inconsequente era como muitas pessoas o descreveriam, se não fosse pelo facto de trazer um anel naquele dedo específico, ele teria o...