Hyunjin é um homem casado com filhos, dono da grande construtora civil "Hwang Build".
Rico, jovem, perverso, frio e inconsequente era como muitas pessoas o descreveriam, se não fosse pelo facto de trazer um anel naquele dedo específico, ele teria o...
Estava ali, o verde escurecido, empilhado de forma certa e perfeita, masso em cima de masso, era tirar alguns que a falta era notória, mas apesar disso a ideia não sai da cabeça.
Era pouco tempo para muito dinheiro, mesmo que trabalhasse no duro nunca conseguiria cobrir a dívida a tempo.
Uma posição tão merdosa que Felix propunha-se a deixar os seus valores de lado e talvez levar dinheiro de Hyunjin, claramento dito, roubar do mais velho.
Um impasse enorme aumentava a cada segundo, era só fechar a mão para agarrar o primeiro masso que os restantes seriam fáceis de roubar, mas o cérebro era trapaceiro, levando-o a refletir demasiado das futuras ações.
Cansado da mão erguia, pouso-as no papel, tateando a textura típica se nota, rugosa em certos pontos e lisa em outros.
Estava demasiado perto, frustado só conseguiu fechar os olhos inspirando profundamente, sustendo o ar, dizendo a si mesmo que quando expiração teria de ter uma decisão tomada.
-Quanto é que precisas? -a voz profunda ecou pelo quarto, disparando o batimento cardíaco de Felix não por um lado muito positivo.
-Eu... ahm... -procurava uma desculpa, mas não surgia nenhuma.
Com medo, tinha recolhido-se no chão, a mão que antes tocava no dinheiro contra o peito como sinal de arrependimento, as pernas cruzadas e levantadas na defensiva.
-Foi por isso que ficaste neste estado? Dívidas?
Disparava perguntas simples e certeiras, algo que o mais velho sabia perfeitamente terem uma resposta afrimativa.
Caminhou para dentro do quarto, deixando a batente da porta na qual estava encostado e caminhou até estar a meio metro de distância do outro.
Baixou-se e com as mãos envolveu as mais pequenas que estavam trémulas de ser apanhado a meio do ínicio de uma provável vigarice.
-Quem é que te fez isto, Felix? -questionou uma segunda vez.
Desta vez não negou a importância da questão, permanecendo neutro.
-Felix, eu quero ajudar-te. E digo-te que se não disseres ou fizeres nada as coisas não vão melhorar. Quem quer que ele ou eles sejam, o estado em que eles te deixaram é bem mínimo para o que conseguem fazer. Eu sei do que falo.
"Como é que ele sabe?" -pensou Felix, baixando a cabeça. -"Será que ele alguma vez se viu na minha posição ou algo parecido?"
-Por favor, Felix. -recitou as palavras pausadamente, a mão esquerda deslizando a cabeça do loiro para cima.
-São dívidas, preciso de muito dinheiro. -falou o que já estava óbvio pela metade, não querendo entrar em detalhes.
-Quanto?
-21980$ (20.000€/11.0974 R$).
Levantou-se de reação neutra, agachando-se perto do cofre e sem hesitação criou um monte organizado de notas no chão.
-Hyunjin, por favor. Não tenho dinheiro para te pagar uma dívida destas.
-Felix, essa devia ser a menor das tuas preocupações neste momento. -falava enquanto procurava pelo quarto algo em concreto.
-Eu só quero meter a minha vida nos eixos...
-Felix! 21980$ (20.000€/11.0974 R$) não chegam nem perto da quantidade de denheiro que eu devia de ter pagado por ti durante este mês.
"Ele está a dizer que o meu sexo é bom¿?" -questionou o mais novo cerrando as sobrancelhas.
-Não era bem isto o que queria expressar. -suspirou frustado pelas suas palavras tortas. -É mais do género que não me importo dar-te o dinheiro porque eu importo-me contigo.
-Obrigado... -sussurrou, lisonjeado pelas palavras.
Uma mala era o que procurava, quanto encontrou o que queria começou a colocar os maços de notas do interior, sem pensar duas vezes no que fazia.
Acabado o serviço olhou para o loiro de cabisbaixa.
A sua boca desenhava uma linha murcha nos cantos, os olhos vazios tendo por baixo um tapete de cansaço e tristeza, até o nariz parecia rebaixado, toda a sua junção era de um semblante perdido no mundo.
Sentou-se no chão e como se se tratasse de uma criança, puxou o mais novo pelos braços até ao seu peito abraçando-o.
Afundou o seu nariz nos cabelos loiros e emaranhados, absorvendo o cheiro doce do mais baixo, apertando-o com uma boa camada de compreensão e conforto.
-Felix. -chamou, elevando a cabeça a baixo de si. -Sabes que pagar-lhe não vai ser suficiente. Dar o dinheiro vai ser só um sinal de que consegues arranjá-lo e apartir daí nunca mais te vão largar.
Engoliu a seco, apercebendo-se da verdade das palavras de Hyunjin.
-Felix. -desta vez o nome soava diferente, como se as palavras seguintes não fossem agradar Felix. -Eu consigo ajudar-te, só precisas de me dizer o que se passou e quem são...
-Hyunjin, por favor. Eu não quero falar sobre o assunto. -cortou as palavras do maior.
Sem mais insistência deixou o mais novo ficar na sua, acariciando o seu rosto com o dedão, erguendo outra vez a face na sua direção.
Com delicadeza depositou um beijo nos lábios frouxos, fazendo-os ganhar vida. Não esperava nada mais, só um toque de consolo e puro afeto, se é que Hyunjin colocasse-o por tais palavras.
Os segundos passavam e sentiu o mais novo afirmar uma profundeza no beijo, as línguas rolaram, abragendo-se num embalo no qual só pode deixar-se absorver o toque doce dos dedos contra a sua face.
Era uma forma muito peculiar de sensações, ambos se contentavam com um beijo e toques discretos, de alguma forma não queriam mais nada, não precisavam mais nada.
Podia ser das circunstâncias e de vários fatores alheios a eles, mas bem lá no fundo sabemos que neste momento algo no meio daquela trapalha e tralha toda de sentimentos, há um que fala mais alto.
"✊️✊️✊️✊️"
O barulho de alguém a bater à porta da entrada fez-se presente, terminando o assunto entre os dois.
Estranhando de alguém só conseguir entrar no prédio se ligar para o apartamento na entrada, por isso bater à porta do apartamento não é algo dito normal, levantou-se e deixou o loiro no chão.
No chão do corredor, de frente à porta, estava um envelope branco escrito a marcador na parte de fora.
"황현진"
Foi como se o oxígenio parasse, sendo incansável para a constante respiração do outro.
Em passos curtos, juntou o objeto do chão, analisando-o de olhos arregalados, desconfiado olhou para trás tendo a certeza que Felix não o tinha seguido.
Rasgou o papel, rasgando um pedaço do seu nome, tirando de lá de dentro uma fotografia e um papel.
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