Três dias era o tempo que se tinha passado desde o primeiro serviço digno, rotulado como digno pois desta vez Felix teve direito ao dinheiro todo 1 066,90$ (1 000€/5 526,01 R$), vindo com a reprimenda do tempo que na próxima seria também descontado no seu pagamento.
Atualmente, segunda-feira, três e meia da tarde, Felix pegou ao serviço, com destino a servir no bar "Taste" no edifício da companhia de eventos.
O "Taste" é um bar das catacumbas, assim dizendo, é o bar subterrâneo de acesso restrito (com restrito referimo-nos aos ricos, influentes, rudes, bêbados e drogados da alta qualidade e sociedade).
Está aberto todo o dia e hoje aquelas quatro paredes abarrotavam de gente.
Um homem de negócios qualquer decidiu reunir todos os que lhe dão jeito para o seu negócio na mesma sala, não perdendo tempo para engrachar os sapatos de uns atrás dos outros.
Geralmente este bar específico, de aspeto vintage, não é alugado para eventos nem nada do género, limita-se a ser aquilo que o nome diz: é um bar, mas esta gente de dinheiro sabe o preço de cada pessoa e para saciarem os seus caprichos, não lhes custa nada alargar a bolsa e pagar às pessoas certas o valor certo.
A sua primeira tarefa do turno era repor bebidas no bar e gelo, tinham chegados uns líquidos novos de cores chamativas, nomes que o loiro nunca tinha ouvido falar, mas estava ansioso para na primeira oportunidade provar estes novos sabores.
Estava agachado no chão, o braço esticado para alinhar as garrafas dentro do armário quando foi chamado por uma voz grossa, um fumante diria ele, e das pesadas.
Os anos passam e a experiência ganha-se, Felix sabe distinguir perfeitamente os efeitos de quais bebidas e quais drogas nas pessoas, muitas noites de estudo a aturar gente desse mundo levam a algo.
-Eu queria uma bebida!
A voz emainava superioridade e Felix detestava, como todos os empregados de negócios de atendimento ao público, pessoas deste género.
O género que entra num local, dirigindo-se a ti como se fosse teu patrão ou pior ainda alguém que tens de lamber as botas e concordar sempre 100% do tempo, um Deus do qual tens que aceitar a sua divindade e aclamar... conclusão pessoas picuinhas e de dinheiro a mais.
-Oh, Felix! Não parecias tu aí em baixo. -o homem surpreendeu-se quando o loiro se levantou.
Sr.Arnold, conhecido como o Sr.Vestes de seda, é o mais recente conquistado de Felix, o homem que à meses tenta levar a cabo uma aproximação ao loiro, completamente apaixonado pelo jovem que tem idade para ser seu filho, é um louco é o que este é, um desesperado por amor (não correspondido).
-Sr.Arnold... -Felix forçou um sorriso.
Como é que não o tinha reconhecido pela voz peculiar?
-Gregory por favor. Já te disse para deixares as formalidades... -algo impossível na mente de Lix que olha para o velho e só se lembra do seu pai do outro lado do mundo. -Há semanas que não te via. Como estás?
-Bem. E voc... tu? -fingiu a cortesia.
-Estou ótimo. Melhoraste o meu dia numa forma inexplicável! -riu-se solitário. -O que tens para hoje? -referiu-se às bebidas.
-Posso fazer-lhe um Cosmo...
-Isso é o que sempre bebo. -o homem interrompeu a fala, rude como sempre. -Que tal fazeres algo novo para eu provar?
-Que tal um Sex On The Beach? -propôs receoso.
-Pode ser.
Com rapidez preparou a mistura e em dentro de 3 minutos entregava o copo de cor amarelo alaranjado ao Sr. Arnold.
Pousou-o no balcão e quando ia a tirar a mão do copo sentiu a palma do outro abranger a sua, um toque subtil que Felix se despachou a cortar, demonstrando pela face a insatisfação que tinha deste tipos de gestos que o homem cada vez mais insistia.
-Então... -começou tema de conversa quando o loiro se baixou para continuar a arrumação. -... já resolveste as coisas com o teu namorado? Ou...
Com resolver as coisas significa que ele está a perguntar se já acabaram, para saber se têm uma margem de manobra mais larga.
-Não. Continuamos juntos. -Felix respondeu curto.
-Tu sabes que tens-me a mim. Eu posso ajudar-te financeiramente e dar-te aquilo que sempre quiseste e merceste...
Enquanto o discurso prosseguia, Lix aproveitou a sua posição revirando os olhos de frustação.
Sempre o mesmo discurso de que estaria melhor com ele e que não há motivos para temer a perda de Timóteo pois ele nunca lhe conseguiria fazer mal se estivesse sobre a sua alçada...
-Gregory... eu já lhe disse que estou bem, não preciso de si ou do seu dinheiro.
-Mas eu amo-o... -o homem insistiu.
-Mas não é recíproco. -Felix levantou-se para encarar o homem. -Não force a barra mais porque ela já foi dobrada o máximo que pode. Eu não o quero a si, ao seu dinheiro, à sua proteção e o seu alegado amor. Eu sei manter-me em pé sozinho.
"Mesmo que isso implique ser fudido por Hyunjin." -acrescentou mentalmente.
-Não tens noção do que perdes. Muitos quererão estar no teu lugar. -começara o jogo psicológico seguido de um revirar de olhos do loiro. -Felix, reconsidera.
O desespero de aceitação era tanta que por impulso o Sr.Arnold agarrou no pulso do loiro, puxando-o para si.
-Deixa-me ajudar-te. Abre-te para mim e eu mostro-te que sou merecedor do teu amor e que precisas dele para viver.
As palavras soavam tão errado, qualquer um gostaria das ouvir da boca do seu amado, mas vindo deste velho rico não passava de letras envolvidas por repugnância e medo.
-Felix. Pára de ficar com aquilo que não te merece. Junta-te a mim...
O aperto no pulso começava a magoar, os dedos do outro pareciam forçar uma fundição com o pulso do loiro.
Os olhares na mesma linha, encontravam-se em um só, os lábios mordidos por Felix, queria desvencilhar-se do homem, mas não conseguia, era como se a mente tivesse parado até que...
Uma voz grossa e autoritário do seu conhecimento encheu o espaço.
"-Largue-o, agora..."
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Wrong Service-Hyunlix
FanficHyunjin é um homem casado com filhos, dono da grande construtora civil "Hwang Build". Rico, jovem, perverso, frio e inconsequente era como muitas pessoas o descreveriam, se não fosse pelo facto de trazer um anel naquele dedo específico, ele teria o...