Capítulo 05| De Volta à Italy

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Brendon Santoro

Londres - Reino Unido


— Sim, vovô, eu sei dos meus compromissos para os próximos dias, não se preocupe. — Falo com meu avô pelo celular, tentando tranquilizá-lo.

Já faz algumas horas que meu avô, Donatello Santoro, chegou na Itália, levando consigo meus irmãos mais novos. Desde que chegou ao país, ele não para de me mandar mensagens ou fazer ligações, perguntando a que horas eu também irei embarcar. Leon e Alec resolveram os assuntos pendentes da Camorra, mas como eu sou o Don, ainda tenho alguns para resolver.

Toda essa pressa do meu avô para que eu fosse no mesmo avião que ele se deve ao fato de que amanhã a princesinha da máfia Cosa Nostra chegará dos EUA. Já fazia um longo tempo que ninguém a via, desde o funeral de sua mãe. A princesinha que, dentro de dois meses, será minha esposa.

Desde que ela nasceu, Donatello e o senhor Enrico Bianchi fizeram um contrato de casamento entre nós dois. Estranho, não é mesmo? Uma recém-nascida e uma criança de um ano já estarem praticamente noivos? Para a máfia, não. Quanto mais cedo se faz um contrato de casamento, menos chances outra família terá de fazer um.

Nosso casamento já deveria ter sido realizado há quatro anos, mas ela nunca voltou, e ninguém sabia onde ela estava, exceto eu e seus quatro irmãos. Só contei onde ela estava e a fiz voltar para Verona para evitar uma guerra entre nossas duas famílias.

— Vovô, depois eu falo com o senhor, tenho alguns assuntos pendentes agora. — Olho para minha mesa, ocupada por papéis.

— Ok, Brendon, se você não aparecer, irei eu mesmo te buscar. — Sua voz era de autoridade, deixando claro que não aceitava desculpas.

— Sei disso, vô, não se preocupe. — Mesmo sendo o Don, obedeço suas ordens, afinal, ele é meu avô e tenho respeito por ele.

— Senhor Santoro, aqui estão os documentos que me pediu.— Minha secretária coloca os papéis em cima da minha mesa.

Como todas as outras, ela me seduzia e fazia de tudo para chamar minha atenção.

— Pode deixar em cima da minha mesa e sair. — Dou-lhe a ordem, e isso não a deixou nem um pouco feliz.

— Senhor, desculpe me intrometer nos seus assuntos, mas quem seria essa mulher no seu porta-retrato?. — Ela queria saber quem era Aelin para mim.

— Já se intrometendo, ela é minha noiva.

— Sua noiva, senhor?. — Ela refaz a pergunta, abalada com o que acabo de dizer.

— Sim, minha noiva. Já pode sair. — A porta é fechada com violência. Nenhuma das moças que trabalhava aqui como secretária gostava de saber que eu tinha uma noiva.

Olho para a foto à minha frente, lembrando do passado. No aniversário de 43 anos do meu avô, Aelin e eu brincávamos de casamento, e vovô dizia que, quando crescêssemos, nos casaríamos de verdade. Pegamos uns anéis de plástico e colocamos dentro de uma caixinha de madeira, junto com o buquê feito de gipsofila e minha gravata.

Essa caixinha só seria aberta quando estivéssemos noivos de verdade.

Essa caixinha só seria aberta quando estivéssemos noivos de verdade

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A Falha da Máfia - A Obsessão: 1° Novos HerdeirosOnde histórias criam vida. Descubra agora