Capítulo 14.

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ʙʀᴇɴᴅᴏɴ

- Me sinto na obrigação de avisar a vocês que não quero gracinha e nem nada assim do tipo, principalmente vindo de você Brendon, ela é sua noiva. Diz vovô com uma cara séria.

- Quem fica com essas coisas é Leon e não eu. Respondo entrando na mansão Bianchi's.

Ao chegar vejo duas garotas, devem ser as filhas mais nova de August, e ao lado dele deve ser a esposa, pelo o menos eu conheço os filhos dele com a falecida Miryan, a antiga esposa.

Dizem que a morte ela foi culpa de Aelin, não se sabe ao certo. Me sento ao lado de Nan o filho mais velho, passo alguns minutos conversando com ele, até que o mordomo anuncia a chegada dela.

Não dei muita atenção a isso, fico mexendo no celular terminando de analisar alguns documentos, só escuto vovô se apresentando e apresentando meus irmão. Logo chega minha vez, e Alec me dá uma cotovelada discreta para que vovô na veja.

Olho pro lado e vejo meus irmão de boca aberta, quando olho para frente, a-vejo deslumbrante, realmente ela passou da água pro vinho.

Com isso, ela fica de frente a mim, olhando no fundo dos meus olhos, aqueles olhos da cor de mel, mais escuro que ele, me encarando, sinto que não seria tão ruim tê-la como minha esposa.

Assim vovô vem em minha direção também ficando parado na minha frente. E antes que ele terminasse ela se pronuncia.

- Esse deve ser o neto mais velho do senhor.

- Isso mesmo.

Olho um sorriso debochado e sarcástico, aparecendo em seu sorriso, mesmo encantado por ela, não poderia deixar aquele sorriso ficar sem resposta.

- Não posso dizer que é um prazer em conhece-la, afinal no primeiro encontro não foi tão agradável assim.

- Digo o mesmo senhor Santoro, afinal o senhor quase colidiu com o meu carro.

Como o mundo pode ser tão pequeno assim, encontrei ela no cemitério, quase colidimos o carro e agora aqui. Quando isso acontece dizem que é o destino.

Seus olhos muito das vezes encontraram com os meus, ela me olhava com desprezo, eu podia afirmar com toda certeza que ela me odiava, não era de se esperar isso.

Desde que cheguei aqui escuto que a neta de Enrico, não era aquela menina que um dia saiu de Veneza. Suas atitudes eram totalmente diferentes do passado, como sei de tudo isso?. Bom... eu já a conhecia a muito tempo, e posso dizer que isso era verdade.

Afirmo também que ela era a mulher que eu amei na minha adolescência, desde da minha festa de doze anos. E ao longo desses anos eu vim tentando esquecê-la, tendo a fama de pegador, me afundando no trabalho, nos assuntos da Camorra.

Muitas das vezes tentei dizer a ela que eu tinha sentimentos por ela, anos se passaram depois que ela decidiu ir embora de Veneza me deixando de lado, e assim eu pude esquecê-la totalmente. Com o amor de outra, mas isso não durou muito tempo, afinal a mulher que eu amava decidiu me trair, e me entregar ao meu inimigo.

Não tem como parar de pensar no passado, ainda mais se o meu passado é voltado a ela.

Somente a ela...

- A quanto tempo você não veio para Verona?. Pergunta a esposa de Enrico. - Já faz um tempo que eu queria vê-lo bambino.

- Acho que uns dez ou mais anos. Digo soltando a faca na lateral do prato, que tinha uma massa italiana e ao seu lado uma taça de vinho tinto suave.

- Como se passou o tempo... e como você cresceu, e agora é um advogado excelente, você deve ter muito orgulho de seus netos Donatello, por eles terem se tornado esses grandes homens. Completa a mesma, soltando um belo sorriso.

- Realmente minha filha me deu três grandes netos.

Eu não me orgulhava cem por cento da pessoa que eu me tornei, com apenas um olhar eu poderia desencadear o medo em qualquer pessoa. Me tornei o homem que meu pai sempre sonhou, afinal era isso que todo mundo esperava do filho mais velho, mesmo eu tendo minhas falhas. Eu virei um cafajeste, e o porquê disso?.

Eu dormia com uma e assim que o sol nascia eu já estava com outra, eu não conseguia ter uma conversa básica com uma mulher que em menos de segundo ela já estava deitada sem roupa na minha cama.

Não era só disso que eu não me orgulhava também, por muitos anos, eu sempre fui conhecido como ceifeiro. Brendon Death Santoro, era assim o meu nome na máfia, e a qual eles se referiam a mim, afinal todos diziam que a morte pareava de mãos dadas comigo, por onde eu chegassem. Eu me considerava frio, eu tinha o sangue frio.

- E você criança, a quanto tempo não vinha para seu país?. A pergunta de vovô dessa vez se direciona a mulher que estava sentada ao meu lado. - E por onde você esteve todos esses anos?. Faz mais uma pergunta.

- Onze anos, não venho aqui desde do dia em que minha mãe foi enterrada.... Ela faz uma pausa para depois continuar respondendo às outras perguntas. - Eu estive no Brasil, fiquei um tempo lá, e nesse tempo eu estudei um pouco de medicina, depois fui pra New York, onde comecei a fazer perícia criminalista.

- Entendo, você cresceu criança, está a cópia da sua mãe, tão linda como ela, seus irmão deve ter muito ciúmes de você. Gargalha vovô, que logo foi acompanhado por seus amigos.

- Sim, e o que tem mais ciúmes é o Thomas. Fala Matteo.

- O sujo falando do mal lavado. Retruca Thomas com um tom sarcástico. - Não é só eu que tenho mais ciúmes dela, tanto você como o Nael também tem. Completa.

- E os outros não tem ciúmes dela?. Pergunta a Gael, que permanecia calado.

- Sim, todos nós temos ciúmes da nossa irmã, só que eles três tem mais. Explica o mesmo.

- Entendo, agora Aelin vai ser quatro que terá ciúmes de você criança. Vovô acabava de dizer realmente aqui olhando nos olhos de Aelin.

- Não entendi o que o senhor quis dizer. Ela diz um pouco confusa, tentando não entender o que ele acabava de dizer.

- Meu neto também é ciumento. Diz olhando para mim.

Depois que vovô disse isso a ela, seus olhos voltam a mim, me fazendo fica com uma ponta de vergonha. O bom é que ninguém conseguia ver isso, já que consegui contro-la isso.

- Não sabia que seu neto era ciumento. Seus lábios se contorceu em um sorriso.

- Não liga pro que meu avô diz, as vezes ele não sabe o que fala. Murmurou minha resposta.

Realmente aquilo não era mentira, eu tinha ciúmes, mais ciúmes do que era meu, e eu não podia afirma que ela era minha ainda, só quem podia afirma era o tempo, o tempo que eu passaria com ela, poderia ser que despertasse de novo aquele velho amor na infância.

A Falha da Máfia - A Obsessão: 1° Novos HerdeirosOnde histórias criam vida. Descubra agora