ISAAC HÉRNANDEZ
— Você é um corno! Fui informado que você iria se casar pela minha tia. – Iago reclama novamente, através do celular.
— Eu já lhe disse, fui informado que iria me casar com a mulher na minha sala de estar! – esbranjo, virando uma dose de uísque. Volto até minha cama e me jogo na mesma.
— Não sei o que é pior, você não saber que iria se casar ou se casar!
— Me casar agora não estava nos meus planos, mas compreendo o porquê é necessário. – me levanto da cama, caminhando até o closet e pegando minha camisa preta e colocando a mesma.
— Realmente não há o que fazer! Espero que essa no mínimo tenha caráter. – ouço alguma chamá-lo, e ao seu aproximo, reconheço como a de Gio. – Oh! Sim, amor. Já vou! Isaac..
— Já sei, cara. Vai lá, tenho que ir ter uma noite de diversão com a Sarinha e Mari.
— Olha lá se já não está apegado a ela. Bom, diversão à vocês! Até.
Ligação off.
Encaro o relógio digital na parede que marca sete e vinte e oito. Me retiro do quarto, caminhando pelos corredores e descendo as escadas. Sempre fazemos essa noite de diversão já sala de vídeo, o famoso cinema, e por isso eu gosto de deixar esse local exclusivo para mim e minha filha. Quando abro a porta, me deparo com vários colchões, mantas, travesseiros e brinquedos pelo local.
Sarinha está pulando em um dos colchões e me surpreendo ao ver Mari de costas pra mim, usando mais um conjunto de pijama igual ao da minha filha. Dessa vez é um short e uma blusa de frio, de flores rosas e roxas. Não posso evitar olhar para as pernas torneadas de Mari, que estão exibidas pra mim por ela estar agachada.
— O papai chegou! – Sarinha grita, ainda pulando no colchão ao perceber minha presença. Abro um sorriso e entro na sala de cinema que está mais fria.
— Se comportou em minha ausência? – Mari se levanta, arrumando sua roupa e me olhando de forma tímida.
— Mas é claro, né papai! Eu já tenho seis anos, não sou mais criança. – Sarinha põe a mão na cintura, fechando a cara na tentativa de se mostrar brava.
— Claro que sim, princesa. – me aproximo delas, observando que Mari arrumava as comidas e colocá-la alguns sucos, refrigerantes e achocolatados no refrigerador. – Como está, Mari?
— Muito bem, senhor.
— Tia Mari, por que você não chama meu papai pelo nome, assim como ele faz com você? – Sarinha questiona, fazendo a pobre moça corar na hora.
— Sara! – a repreendo, mas a pequena só dá de ombros.
— Vocês serão namorados, não é? Não precisa dessa formalidade toda. – insiste.
— É apenas um modo de falar. – Mari se aproxima de Sara, se abaixando e tocando em seu rosto. – Eu tenho um grande respeito pelo seu pai, então prefiro chamá-lo assim, mas quando me sentir melhor o chamrei de Isaac.
— Tá bom – responde, sorrindo. Minha filha se afasta de Mari e vai pegar o controle remoto. Aproveito o momento e falo 'obrigado' sem emitir nenhum som, e ela somente sorri e se senta em um colchão distante de mim. – Vamos assistir barbie escola de princesas.
— De novo, minha filha? Já assistimos esse a dois sábados seguidos.
— Que tal, barbie as três mosqueteiras? – Mari propõe, fazendo minha filha negar com uma careta no rosto.
— Barbie sereia? – arrisco, arrancando risadas de ambas e eu fecho a cara na hora.
— A ideia do papai é boa!
— Então pode ser, barbie vida de sereia?
— Pode sim! – Sara da um pulo, ficando no meio de mim e Mari. Ela mesma dá o play no filme, que começa a rodar. Pegamos várias coisas pra comer no inico de filme.
Depois de comer, Sara se agarra à mim e assisti o filme enquanto come uma fini. Mas com alguns minutos de filme, percebemos uma movimentação e vimos Mari pegar um cobertor e se encolher sozinha. O meu cérebro me manda deixar pra lá, e continuar assistindo o filme. O meu coração me diz para chamá-la para mais perto, assim compartilhando do mesmo calor.
Deixo meu cérebro de lado, aliás, é só uma ajuda. Não há o que dá errado, não é? Olho para Sarinha que já pista de forma lenta, e tenho certeza que não irá durar muito. Me estico um pouco, tocando no braço de Mari a fazendo olhar pra mim. Balanço a cabeça duas vezes e ela entende o recado, ainda cautelosa, ela se aproxima ficando ao lado de Sarinha e se agarrando à mesma.
Sara sente e se vira na direção de Mari, o rosto de Mari está aproximo ao meu peito e isso me faz engolir seco. A mesma se remexe um pouco e ainda continua focada no filme e tenta lutar contra o sono. Não dá sete minutos e ambas já estão apagadas, o filme já está pela metade então desligo o mesmo e me ajeito, deixando o sono me vencer também.
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Amor ao Pecado - Os Hérnandez 03
RomanceVol.3 Os Hérnandez - Série da Máfia. Isaac, à mais de oito anos no poder da Máfia Norueguesa. Mas após à morte precoce de sua esposa, ele se vê no direito de cuidar de sua filha, que aos seis anos se vê somente com o amor do pai e dos avós. Mari é...