Capítulo 10

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ISAAC HÉRNANDEZ

Você é um corno! Fui informado que você iria se casar pela minha tia. – Iago reclama novamente, através do celular.

— Eu já lhe disse, fui informado que iria me casar com a mulher na minha sala de estar! – esbranjo, virando uma dose de uísque. Volto até minha cama e me jogo na mesma.

Não sei o que é pior, você não saber que iria se casar ou se casar!

Me casar agora não estava nos meus planos, mas compreendo o porquê é necessário. – me levanto da cama, caminhando até o closet e pegando minha camisa preta e colocando a mesma.

Realmente não o que fazer! Espero que essa no mínimo tenha caráter. – ouço alguma chamá-lo, e ao seu aproximo, reconheço como a de Gio. – Oh! Sim, amor. vou! Isaac..

— Já sei, cara. Vai lá, tenho que ir ter uma noite de diversão com a Sarinha e Mari.

Olha se não está apegado a ela. Bom, diversão à vocês! Até

Ligação off.

Encaro o relógio digital na parede que marca sete e vinte e oito. Me retiro do quarto, caminhando pelos corredores e descendo as escadas. Sempre fazemos essa noite de diversão já sala de vídeo, o famoso cinema, e por isso eu gosto de deixar esse local exclusivo para mim e minha filha. Quando abro a porta, me deparo com vários colchões, mantas, travesseiros e brinquedos pelo local.

Sarinha está pulando em um dos colchões e me surpreendo ao ver Mari de costas pra mim, usando mais um conjunto de pijama igual ao da minha filha. Dessa vez é um short e uma blusa de frio, de flores rosas e roxas. Não posso evitar olhar para as pernas torneadas de Mari, que estão exibidas pra mim por ela estar agachada.

— O papai chegou! – Sarinha grita, ainda pulando no colchão ao perceber minha presença. Abro um sorriso e entro na sala de cinema que está mais fria.

— Se comportou em minha ausência? – Mari se levanta, arrumando sua roupa e me olhando de forma tímida.

— Mas é claro, né papai! Eu já tenho seis anos, não sou mais criança. – Sarinha põe a mão na cintura, fechando a cara na tentativa de se mostrar brava.

— Claro que sim, princesa. – me aproximo delas, observando que Mari arrumava as comidas e colocá-la alguns sucos, refrigerantes e achocolatados no refrigerador. – Como está, Mari?

— Muito bem, senhor.

— Tia Mari, por que você não chama meu papai pelo nome, assim como ele faz com você? – Sarinha questiona, fazendo a pobre moça corar na hora.

— Sara! – a repreendo, mas a pequena só dá de ombros.

— Vocês serão namorados, não é? Não precisa dessa formalidade toda. – insiste.

— É apenas um modo de falar. – Mari se aproxima de Sara, se abaixando e tocando em seu rosto. – Eu tenho um grande respeito pelo seu pai, então prefiro chamá-lo assim, mas quando me sentir melhor o chamrei de Isaac.

bom – responde, sorrindo. Minha filha se afasta de Mari e vai pegar o controle remoto. Aproveito o momento e falo 'obrigado' sem emitir nenhum som, e ela somente sorri e se senta em um colchão distante de mim. – Vamos assistir barbie escola de princesas.

— De novo, minha filha? Já assistimos esse a dois sábados seguidos.

— Que tal, barbie as três mosqueteiras? – Mari propõe, fazendo minha filha negar com uma careta no rosto.

— Barbie sereia? – arrisco, arrancando risadas de ambas e eu fecho a cara na hora.

— A ideia do papai é boa!

— Então pode ser, barbie vida de sereia?

— Pode sim! – Sara da um pulo, ficando no meio de mim e Mari. Ela mesma dá o play no filme, que começa a rodar. Pegamos várias coisas pra comer no inico de filme.

Depois de comer, Sara se agarra à mim e assisti o filme enquanto come uma fini. Mas com alguns minutos de filme, percebemos uma movimentação e vimos Mari pegar um cobertor e se encolher sozinha. O meu cérebro me manda deixar pra lá, e continuar assistindo o filme. O meu coração me diz para chamá-la para mais perto, assim compartilhando do mesmo calor.

Deixo meu cérebro de lado, aliás, é só uma ajuda. Não há o que dá errado, não é? Olho para Sarinha que já pista de forma lenta, e tenho certeza que não irá durar muito. Me estico um pouco, tocando no braço de Mari a fazendo olhar pra mim. Balanço a cabeça duas vezes e ela entende o recado, ainda cautelosa, ela se aproxima ficando ao lado de Sarinha e se agarrando à mesma.

Sara sente e se vira na direção de Mari, o rosto de Mari está aproximo ao meu peito e isso me faz engolir seco. A mesma se remexe um pouco e ainda continua focada no filme e tenta lutar contra o sono. Não dá sete minutos e ambas já estão apagadas, o filme já está pela metade então desligo o mesmo e me ajeito, deixando o sono me vencer também.

Amor ao Pecado - Os Hérnandez 03Onde histórias criam vida. Descubra agora