Capítulo 21

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MARI HÉRNANDEZ.

— Não gosto de aviões! – resmungo, rodando na cama do avião e tentando não vomitar.

A festa terminou já faz algumas horas, Isaac avisou que iriamos voltar junto com seu primo, apenas em jatinhos diferentes. Desde que decolamos, Isaac não sai da frente do notebook, e isso é uma situação complicada. Estou no quarto do jatinho, tentando não vomitar tudo que comi na festa. Já retirei o vestido de baile e tomei um banho, colocando um babydoll.

— Droga! – me sento na cama, desço meus pés e fico de pé. Respiro fundo, e caminho em direção à sala ontem está Isaac concentrado. Me sento em um dos sofás e fico encolhida.

— Por que não está descansando? – questiona, sem ao menos desviar o olhar da tela.

— É.. eu, estou enjoada com esse balançar.

— É normal. Está prestes à ter uma tempestade, pode dar turbulência, não há com o que se preocupar. – ele desvia o olhar da tela, me encarando por alguns segundos e voltando ao que estava fazendo. – Algo além lhe incomoda?

— Não. Por que se preocupa?

— Apesar de não estar contente com esse matrimônio, eu preciso mantê-la em segurança com um estado decente. Não quero e nem preciso de mais problemas.

— Você fala como se eu fosse a pior coisa que já te aconteceu – resmungo, mordendo meu lábio inferior. Isaac nada responde, isso dói no fundo da alma. – Okay, eu já entendi. Não queria ser um encosto na sua vida.

— Isso não estava nos meus planos e nem nos seus. Não precisa se culpar, Mari. – ele fecha o notebook, deixando toda a sua atenção focada em mim – Já estamos casados, não há o que fazer.

Dou um leve balançar de cabeça, apenas não querendo prolongar essa conversa. Na maioria das vezes, Isaac é uma pessoa verdadeira, que não omite ou esconde o que pensa sobre tal assunto. Eu poderia dizer que fico muito feliz por ele ser assim, mas estaria enganado à mim mesma com isso.

Não que eu sonhava que teria um casamento de contos de fadas, eu sabia bem onde estava me metendo e como seria. Devo admitir que a melhor coisa que esse casamento me trouxe foi Sarinha, a menina é um anjo e infelizmente sofre com a repentina perda da mãe, mas eu sinto que poderemos fortalecer essa amizade que temos e ajudá-la um pouco.

Eu não quero roubar o lugar e nem a importância que a ex primeira-dama têm na vida da menina, apenas quero ajudá-la a lidar com essa dor. Sarinha ainda é bem pequena, mas possui uma inteligência muito grande. É realmente como dizem, ela é uma princesa de ouro, e merece poder ter uma vida normal.

— Como era o desenvolvimento da Sarinha com a mãe?

— Por que a curiosidade? – Isaac questiona.

— Eu vejo nos olhos dela a falta que a mãe faz, imagino que tenham sido muito próximas. – respondo, me colocando de pé no avião e indo até ao lado dele na mesa.

— Aurora é, era uma mãe maravilhosa. – ele volta a olhar os papéis que estão na mesa – Quando ela descobriu a gravidez, ficou radiante, todos conseguiam ver a felicidade estampada em seus olhos. Logo quando Sara nasceu, Aurora mostrou-se a mãe protetora que sempre foi.

— Imagino que amava muito ela.

— Eu? – pergunta, apenas concordo com a cabeça. – Por que diz isso?

— Seus olhos brilham quando fala dela, mas também vejo mágoa e dor em cada fala que o senhor dá. – fixo meu olhar nele. – Às vezes o luto não é fácil, muito menos quando é alguém que nós amamos incondicionalmente.

— Aurora fez a escolha dela, não tenho o que fazer.

— Não entendo.. há boatos que ela morreu de..

— Problemas de saúde!? – afirma com uma voz de deboche, me fazendo concordar – Aurora traiu a máfia Espanhola e Norueguesa. A ambição tomou conta da mulher que eu me apaixonei, eu havia percebido como ela estava mudada, mas eu me fiz acreditar que eu estava vendo coisas.

— Eu sinto muito. – toco em suas mãos, em forma de conforto. Isaac foca suas íris azuis em mim, me fazendo engolir seco e dá um leve sorriso – Saiba que pode contar comigo.

— Agradeço – ele puxa a própria mão, retornando a atenção nos milhares de papéis.

Me ponho de pé, caminho até a mesa cheia de petiscos, doces e comidas deliciosas. Pego um croissant de Nutella e levo até a boca, mordendo e em seguida sentindo a explosão de sabores na minha boca. Sem perceber, solto um gemido desejoso, fazendo Isaac me olhar curioso.

— O que tanto conversava com Gio na festa?

— Oh! – ponho o croissant no pratinho, passo a língua nos meus lábios para limpar qualquer vestígios de chocolate. Isaac não desvia o olhar de mim, se levanta devagar se aproximando.

— Aqui ainda está sujo – com um paninho em mãos, ele passa no canto da minha boca, ficando com o olhar focado mim – Me diga, Mari. O que estava conversando com Gio?

— Não posso lhe dizer! É assunto de mulher.

— Sabe que não pode esconder nada do seu esposo, não sabe? – suas mãos agora tocam minha cintura, precionando os dedos na minha carne.

— Me perdoe, realmente é algo particular dela. – Isaac se curva, depositando um beijo em meu pescoço sensível. Uma das suas mãos sobe pela lateral do meu corpo, agarrando-se ao meu seio esquerdo, enquanto a outra acaricia minha cintura. – Se..senhor.

— Sei que você quer me contar, então vamos, estou lhe ouvindo. – ele se afasta do meu corpo, ficando de joelhos na minha frente, pegando minha perna esquerda e colocando em seu ombro. Isaac levanta a saia do meu babydoll e põe a calcinha de lado.

— Isaac.. – travo, quando ele suga meu clitóris inchado e inicia uma sequência de movimentos. Ele é bom no que faz, me deixando mais excitada do que ei estava. Meus dedos adentram nos cabelos negros dele, e o meu gemido aumenta gradativamente. – Quero gozar, me faça gozar!

Isaac nada diz, continua fazendo os movimentos lentos e torturante em meu ponto sensível. Minhas mãos estão ansiosas, agarrando-se nos cabelos dele, nos meus e até em meu seio. As minhas pernas começam a das espasmos de que irei gozar, meu coração acelera. O desejo de gozar é grande, principalmente agora que Isaac aumenta a velocidade.

— Ah.. não! – ele para, os movimentos. Isaac se afasta da minha carne necessitada e me encara com os seus olhos brilhantes, seu polegar toca meu clitóris e se move bem lentamente.

— Me conte, querida. Assim eu lhe darei o que você tanto quer. – pressiona o dedo no meu clitóris, me fazendo gemer alto.

— Giordana..ela.. – engulo seco.

— Ela.. – me insentiva, circulando meu clitóris e aumentando meu prazer.

— Ela está grávida!

Amor ao Pecado - Os Hérnandez 03Onde histórias criam vida. Descubra agora