Capítulo 9

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MARI GAMBINO

Caminhar ao lado desse homem gigante é uma verdadeira humilhação. Não sou uma mulher baixinha, mas Isaac é o dobro da minha altura. Os olhares que estão em torno de nós me deixa desconfortável, estamos em uma empresa organizado de casamento muito famosa. Aparentemente ter um Guttormesen ao lado, ainda continua sendo algo raro.

Não sei porque ele quis vir. Dona Emilie e Aggada, a tia de Isaac, se ofereceram para me acompanhar. Mas o senhor mandão aqui, decidiu vir para dar sua opinião. Não sei porque, mas isso me fez, admirá-lo pelo ato. Mesmo com essa cara de sério e rígido, vejo que ele se importa com cada detalhe, mesmo que seja mínimo.

Amanhã terei a oportunidade de ver meus irmãos, eles já foram realocados para a mansão. Meu coração está à mil, somente por vê-los e poder abraça-los. Já faz anos que nós os vejo, espero que ainda lembrem de mim. Devo minha vida à eles, já que se não fosse por eles, eu poderia nem estar aqui hoje.

Sarinha queria muito nós acompanhar, mas ela tinha duas aulas de ballet agora pela manhã e tarde deveria ir para sua aula de auto defesa. Eu fiquei um pouco preocupada com isso, já que ela somente tem seis anos e já sabe lutar. Mas algo me deixou ainda mais intrigada, foi quando ela disse que estaria em casa antes do sábado de diversão.

— O que é sábado de diversão?

— Sarinha lhe disse? – Isaac me encara, e eu concordo. – Sábado da diversão é quando paramos a noite, para ver filmes da escolha dela, comemos besteira e brincamos. – da de ombros – Aparentemente hoje teremos sua companhia.

— Oh! Não, não. – me apresso – Posso ficar em meu quarto, não quero atrapalhar o momento de pai e filha.

— Se Sara comentou com você, é porque ela quer sua presença. Minha filha é muito apegada com os tios e avós, mas nunca os chamou para o nosso sábado da diversão.

— Eu.. estou lisonjeada, mas não sei..

— Pense sobre o assunto, Mari. – nesse momento, a mulher nos chama e vamos até seu encontro na grande sala.

— Senhor Hérnandez – segura a mão de Isaac e sorri, logo ela vem até mim e segura em minha mão – Senhorita Gambino. Como estão?

— Muito bem, obrigada. – respondo sorridente, já que meu noivo ficou calado.

Esse homem é desconfiado ou ignorante?

Após nos sentarmos, ela conversou conosco e perguntou o que esperávamos desse casamento. Depois de muita conversa, ela nos deu opções de decorações através das nossas respostas. Por fim, optamos por uma cor mais neutra, um creme com branco simples. Muitas flores e lustres pelo local e uma fonte no meio do salão.

Quando chegou na hora do buffet, eu fiquei bem animada. Experimentamos vários sabores de entradas, pratos principais e degustações. Mas devo assumir, amei todas as sobremesas e Isaac percebeu isso, já que ele contratou todas. Eu fiquei em choque, mas de cento e vinte opções de sobremesas e ele escolheu todas. Quero nem imaginar o valor que isso vai dar.

— Eu tenho mais um pedido. – quebro o silêncio que está no carro, enquanto voltamos para a mansão.

— Pois então diga.

— Lá no internato têm uma pessoa que eu desejaria que fosse ao nosso casamento. – ele me olha surpreso – O nome dela é Mara, cuidou de mim como uma verdadeira filha e eu gostaria que ela estivesse comigo nesse momento.

— Irei entrar em contato com o internato, ordenando que liberem ela para o casamento. – me olha, e abre um leve sorriso – Achei legal você querê-la nesse dia, já que muitas não desejariam olhar mais para as pessoas daquele lugar.

— Mara é a única alma caridosa daquele internato, jamais à abandonaria. É como minha segunda mãe.

Amor ao Pecado - Os Hérnandez 03Onde histórias criam vida. Descubra agora