TRUE LOVE - ZURENA

32. O reencontro.

Quem esperava que eu atualizaria aqui depois de mais de 6 meses, não é? Nem sei se ainda tem pessoas que irão ler, mas mesmo assim estou aqui atualizando e não abandonando a história sem fim, como prometido. Ainda terão alguns capítulos pela frente só pra finalizar a história, espero que gostem. Foi sofrido pra voltar aqui porque eu nem sabia mais como fazer isso, nem sabia se ainda escrevia como antes...

[...]

MACARENA POV

Em meus pensamentos só se passam as memórias que eu e Zulema tivemos, do dia em que nos conhecemos na prisão até o dia de hoje no qual ela disse as três palavras que eu mais ansiava em ouvir. "Eu te amo". Ela salvou minha vida e eu não sei como poderei seguir sem ela a partir de hoje. As lágrimas continuam a rolar pelo meu rosto e eu sinto uma dor inexplicável no meu coração, minha vida nunca mais será a mesmo depois de hoje. Nas minhas mãos tenho um de seus moletons com seu perfume e claro, com seu cheiro forte de nicotina, o cheiro que eu jamais irei sentir em sua pele de novo... Enquanto aconchego meu rosto em seu moletom, fecho meus olhos e deixo minha mente viajar em cada memória que construimos desde o dia em que a busquei na prisão, em todo o nosso convívio na caravana que durou quase dois anos. Zulema era meu lar e minha família, a pessoa com quem eu gostaria de construir um futuro, eu só quero que isso seja um pesadelo e que ela entre por essa porta de novo.
Após alguns minutos pensando em toda a vivência entre eu e Zulema, escuto alguns passos leves na porta dos fundos e olho para a mesma, lá estava ela, Zulema entrando pela porta como eu desejei. Eu estou sonhando? Eu só posso estar num sonho. Sem nem pensar, larguei o moletom no sofá e corri até o seu abraço, a apertando forte no mesmo instante, iniciando um beijo lento e com um misto de sentimentos e emoções, nossas línguas agiam em sincronia como todas as vezes que nos beijamos, o beijo era intercalado com selinhos. Um beijo apaixonado. Como eu senti sua falta, Zahir...

- Eu achei que tivesse perdido você. — disse logo após encerrar o beijo.

- Não perdeu, não vai me perder. — ela afirmou abrindo um sorriso. E que lindo sorriso.

- Eu te amo, Zulema. — disse enquanto lágrimas rolavam pelo meu rosto e logo abri um sorriso largo e sincero.

- Eu te amo, rubia. — pronunciou e logo em seguida depositou um beijo demorado em minha testa e me envolveu em um abraço.

- Eu estou sonhando? — questionei enquanto me aconcheguei em seus braços.

- Não, Maca. Eu estou aqui em carne e osso. — ela afirmou enquanto se afastava um pouco para olhar em meus olhos.

- Como? Como você está aqui? — a questionei ainda sem acreditar.

- Eu sou Zulema Zahir, você sabe. Eu sempre tenho um plano. — afirmou com um sorriso de canto estampado em seu rosto.

- Que sorte eu tenho de ter você, Zulema Zahir. — abri um sorriso enquanto a admirava.

- Eu que tenho sorte de ter você. Sorte de ter nosso pequeno escorpião. Sorte de ter essa família. — dizia em meio a um sorriso.

- As meninas precisam saber que você está aqui. — lembrei enquanto ela falava.

- Vamos esperar elas descerem. — Zulema disse enquanto se sentava no sofá. — Vem, deite aqui. — ela disse enquanto dava batidas leves em suas pernas.

Obedeci a mais velha e logo caminhei até o sofá, deitando minha cabeça em suas pernas e esticando as minhas no sofá. Zulema olhava em meus olhos com um olhar que poderia significar mil coisas, enquanto isso ela passava seus dedos suavemente por todo o meu rosto, abrindo um sorriso. Eu nunca vou me cansar do seu olhar, do seu toque em minha pele, de seu cheiro exalando em minhas narinas.