Capítulo 07

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     Emma estava em choque com as palavras de Thomaz. Nem percebeu quantas pessoas os observavam.

— Minha? Foi você que me olhou em desespero por causa da senhora Curtis e sua filha. Só quis ajudar. - Emma deu de ombros e se pos a andar.

—  Precisava do beijo? - Thomaz a alcançou e provocou um pouco. Queria ver até onde poderia ir.

—  Não estou entendendo. Disse que sonhou comigo e está reclamando. Foi tão ruim assim? - Emma estava disposta a seguir altiva.

—  Pelo contrário. - Thomaz parou na frente da jovem. – Ficaria surpresa se lhe dissesse que foi notavelmente bom para um sonho.

— Então não há motivos para reclamar.

Emma entrelacou seu braço no de Thomaz o pegando de surpresa novamente. Fez um pequeno e quase imperceptível movimento com a cabeça e o homem logo notou a presença tanto de Pierre quanto de Mariana.

— Não estou reclamando. - Disse finalmente. – Mas e você. Foi tão ruim sonha comigo?

— Não estou acostumada com esse tipo de sonho. Muito menos ter meu amigo nele.

— Sua sinceridade me confunde Emma, mas admito que isso me deixa ainda mais encantado.

— Cuidado Thomaz, não vá se apaixonar. - Disse brincando.

— Digo o mesmo cara Emma. Seria... Complicado demais.

Thomaz a olhava com tanta intensidade que Emma se esforçou muito para sustentar o olhar. Não queria se acovarda diante dele. Pensou em como deveria responder aquilo, entretanto, antes que conseguisse, foi interrompida.

— Emma Solpel! Passeando com um homem? - Pierre  estava parado atrás de ambos e não estava sozinho. Trazia  Mariana e sua mãe a tiracolo.
Antes de virar para encarar o garoto, Emma revirou os olhos e Thomaz se segurou muito para não rir.

— O senhor não tem nada mais  interessante para fazer que não seja perturbar a minha paz? - A resposta cortante dela fez Mariana a olhar com repúdio. — Senhorita Curtis minha resposta te incomoda?

— Digamos que acho falta de modos responder assim a um cavalheiro. - Emma soltou um riso forçado.

— Interromper o passei de um casal pode ser considerado um ato ainda pior na nossa sociedade. - A resposta de Thomaz pega a todos de surpresa e Emma não sabia ao certo se o repreendia por usar a palavra "casal" ou simplesmente embarcava no plano do homem, seja ele qual fosse.

— O senhor Savói está correto. - Elaine se põe na frente da filha e de Pierre. — Peço desculpas pela indelicadeza. Vamos. - Finalizou puxando a filha, porém Pierre antes de acompanha-las virou-se para Emma.

— Sabe que isso não é correto né?  Devia pelo menos me dar a oportunidade de...

— Garoto,  preciso lhe avisar que é  melhor não completar a frase. Emma é  dona de si mesma e já disse que não está interessada. Deixe ela em paz.

— É  uma ameaça?

— Um pedido gentil, por hora. ‐ Thomaz tinha no rosto uma expressão servera que nunca tinha visto até agora. Parecia estar a um passo de socar Pierre.

— O que está acontecendo? - Marie perguntou, chamando a atenção de ambos.

— Senhora eu só... - Pierre tentou se justificar, porém se deteve ao ver a senhora erguer a mão.

— Não quero suas desculpas. Minha filha já deixou claro sua escolha. Peço que a respeite. — Marie colocou levemente a mão no ombro de Emma e a moça entendeu imediatamente  o que a mãe queria.

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