Capitulo 15

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    Thomaz puxou Emma para um canto e logo foi falando.

— Se tivesse tirado suas luvas e dado com elas em Mariana, teria causado menos estragos. Ainda assim conseguiu se elegante e altiva. Estou muito inclinado a lhe beijar agora.

— Apenas deixei claro que não sou boba e que ela não vai conseguir me enrolar. Quanto ao beijo, realmente tentador, mas pela cara de seu pai, se fizermos isso é  capaz de nos atirar daqui para fora. Não que isso iria de fato me afetar. Só acho que causamos demais por hoje.

Enquanto conversavam, Thomaz percebeu a aproximação de sua mãe.

— Emma minha querida, quero deixar registrado que não concordo com a atitude de Lorrence. Achei um disparate. Mas...

— A senhora não está em posição de enfrentá-lo. - Emma percebeu o hematoma que Edithe tentou disfarçar com maquiagem. – Não precisa se preocupar. - A mulher observou Emma por alguns segundos e com os olhos cheios de lágrimas, virou-se para o filho.

— Meu filho. Estou verdadeiramente feliz por você. Entendo por que a ama.

Thomaz  apenas fez um breve carinho no rosto da mãe e a viu se afastar assim que Lorrence voltou a sala.

— Acho que devemos partir. Realmente não estou com estômago para lidar com seu pai meu amor. Não agora pelo menos.

Sem muita cerimônia, Thomaz anunciou que estavam de partida. Os convidados estranharam, mas, vindo de Emma logo deixou de ser uma surpresa.

    Thomaz acompanhou Emma e sua família de volta ao casarão Solpel, sentado ao lado dela na carruagem.

Emma estava quieta, parecia estar distraída, mas Thomaz não se importava muito. Ele estava feliz em simplesmente observá-la calmamente.

— Você está linda Emma. - Thomaz disse finalmente.

Emma virou o rosto para ele sorrindo. — Obrigada, Thomaz. Você é um cavalheiro incrível.

Thomaz sorriu, tocando suavemente a mão dela.

— Você é a mulher mais linda que já conheci. - Ele olhou para ela novamente e deu um sorriso calmo.

— Estamos aqui sabia? Se continuar com essa melação toda, mamãe irá virar uma pimenta bem picante e ardida. - Lola disparou a falar.

— Não diga essas coisas menina. Antonie,  fale algo, homem. - Marie repreende a filha e o marido.

— Não posso fazer isso. Meu amor, você está realmente muito vermelha.

Emma e Thomaz começam a rir.

— Queria que a noite tivesse sido mais agradável, mas meu pai... Bom. Pelo menos agora estamos realmente sorrindo. - Thomaz Pontuou.

— Ele é um homem impiedoso e ganancioso. - Disse Lola, simplista.

 Marie beliscou a filha que soltou um – 'Aí assim vou acabar toda roxa.' ‐  Mas Thomaz concordou com ela.

— É verdade, minha sogra. Meu pai é realmente um homem frio e egoísta.

Thomaz olhou para Emma, e tentou  oferecer um sorriso caloroso.

— Mas não se preocupe, estou sempre aqui para ajudar. E Emma parece tirar de letra no quesito botar ele e qualquer um em seu devido lugar.

    Finalmente, a carruagem chegou ao casarão da família Solpel e Thomaz ajudou Emma e sua família a sair do veículo. Ele se despediu de cada um deles, prometendo visitá-los todos os dias e assim ajudar sua noiva com os preparativos para o casamento.

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